CIBERACONTECIMENTO: DINOFAURO

Jeferson Freiry | Morgana Eich

CIBERACONTECIMENTO: DINOFAURO

Recentemente, certo dinossauro azul tem tomado a conta de timelines pessoais de empresas com uma característica muito marcante (além da sua cor) e quase um “dialeto” próprio. Nascido no Facebook e com uma página própria, hoje já podendo ser confundida com outras de nomes parecidos, o Dinofauro (cuja descrição em sua página original é EU FOU O DINOFAURO AFUL OFIFIAL) é o nosso Ciberacontecimento.

E o Dinofauro pode ser considerado, primeiramente, um acontecimento pois, segundo Charaudeau (2009), o acontecimento é sempre construído, sendo necessário que se produza dele três ações fundamentais, partindo da “modificação no estado do mundo fenomenal, geradora de um estado de desequilíbrio, que essa modificação seja percebida por sujeitos (ou que estes julguem que houve uma modificação) num efeito de ‘saliência’, e que essa percepção se inscreva numa rede coerente de significações sociais por um efeito de pregnância” (CHARAUDEAU,2009, p. 99 – 100, grifos do autor).

Ao se destacar os três principais pontos citados acima, a “modificação”, a “percepção” e a “pregnância”, temos no Dinofauro um perfeito exemplar de um Ciberacontecimento, já que este nasceu em uma plataforma digital (Facebook) e modificou o a “linearidade” das postagens com um “fato novo” que, por apresentar uma dificuldade que é motivo de chacota para grande parte da sociedade (a dificuldade de falar alguns fonemas) conseguiu a sua percepção perante outros posts mais “sem graça” e, através da pregnância conseguiu chamar a atenção até de grandes marcas que possuem seu espaço nas redes sociais.

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