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Agir Moralmente Correto

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Por:   •  9/1/2015  •  595 Palavras (3 Páginas)  •  3.129 Visualizações

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AGIR MORALMENTE CORRETO

Habitualmente consideramos que agir moralmente é agir bem, é fazer o que devemos cumprir o dever ou a lei moral. Para Kant, estas definições são insuficientes ou superficiais. Com efeito, podemos agir bem e, contudo, a nossa ação não ter valor propriamente moral. O que é para Kant uma ação moralmente válida? Vem a ser uma ação determinada ou decidida por uma vontade puramente racional ou desinteressada. Assim, só podemos falar em termos correto de uma ação moral se a vontade que decidiu realizá-la não for influenciada nessa decisão por por nenhum interesse, nenhuma paixão,ou nenhum hábito. Sem a pureza ou a racionalidade da vontade não há ação moral digna desse termo. Não basta cumprir o dever para agirmos moralmente: é preciso ir mais além,ou seja, para que isso aconteça cumprir o dever pelo dever. O dever cumpre-se de uma forma moralmente válida quando o motivo que, em determinado caso, inspira e anima a nossa ação é pura e simplesmente a vontade de cumprir o dever.

As ações por dever e ações conformes ao dever são introduzidas por Kant que a diferencia-las da seguinte maneira: uma coisa é agir em conformidade com o dever; outra coisa bem diferente é agir por dever. Exemplo: se devolveu a carteira com receio de posteriormente ser descoberto ou para ser elogiado pela sua honestidade agiu em conformidade com o dever. Devolveu-se a carteira simplesmente porque essa era a ação correta. Agiu por dever, ou seja, só houve um motivo a influenciar a sua ação: fazer o que deveria ser feito. Tudo depende do motivo ou da razão por que agiu honestamente.

Kant não admite que se cumpra o dever em virtude das desejáveis consequências que daí possa resultar. Seria deixar o cumprimento do dever ao sabor das circunstâncias e dos interesses do momento. Isso resultaria que quando não tivéssemos vantagem ou interesse em cumprir o dever não haveria razão alguma para fazê-lo.

As ações em conformidade com o dever não são ações contrárias ao dever. Contudo, nessas ações, para cumprir o dever precisamos de razões suplementares. Mais importante do que o cumprimento do dever é o nosso interesse pessoal.

As ações feitas por dever são ações em que o cumprimento do dever é um fim em si mesmo. A vontade que decide agir por dever é a vontade para a qual agir corretamente é o único motivo na base da sua decisão. Dispensa razões suplementares, não age como diz o homem comum com segundas intenções.

Do ponto de vista moral, entendido desta forma tão rigorosa, a única razão que existe para cumprir o dever é o respeito pelo dever. O motivo porque cumprimos o dever tem de ser absolutamente independente de interesses pessoais, de desejos – o desejo de agradar aos outros -, de sentimentos-a compaixão e o amor - e de traços de caráter como a generosidade. Consideremos o caso de uma pessoa que sempre que possível ajuda pessoas necessitadas. Age bem, mas se o fizer porque lhe agrada ajudar os outros, porque é próprio do seu caráter ou porque lhe agrada o reconhecimento da sua bondade, a sua ação não é feita por dever. E isso, para Kant, apesar de não ser contrário ao dever, apesar de não ser censurável, não é moralmente valioso. O que nos motiva quando cumprimos o dever é para a ética kantiana o problema decisivo. Não se trata simplesmente de cumprir o dever.

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