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As Grandes Religiões

Por:   •  7/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.696 Palavras (7 Páginas)  •  200 Visualizações

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CEULP/ULBRA

Acadêmico:

AS GRANDES RELIGIÕES MUNDIAIS

HINDUÍSMO

1. Introdução

        O hinduísmo é considerado uma filosofia de ordem religiosa que engloba tradições culturais, valores e crenças obtidas através de diferentes povos, passando por constantes adaptações até chegar ao que se conhece hoje. É a terceira religião com o maior número de praticantes, a maioria da índia. Seus ensinamentos influenciam bastante a organização da sociedade indiana.

2.  Histórico

        O hinduísmo se originou em meados de 1.500 a.C., quando os chamados arianos ou “nobres”, que vieram da Índia, começaram a subjugar o vale do Indo. As crenças dessas pessoas tinham ligação com outras religiões indo-europeias, como a grega, a germânica e a romana.

        No período dos arianos, ou árias (homens), a explicação de suas divisões sociais era encontrada nos Vedas (hinos védicos – Veda: Conhecimento): da cabeça do deus primordial saíram os brâmanes (casta social dominante), dos braços saíram os guerreiros, das pernas saíram os produtores e dos pés saíram os servos (não árias ou “não homens”). O mundo, conforme a concepção desta época, foi formado a partir da organização, por força divina, de um caos preexistente.

        O nome hinduísmo nasceu devido a problemas com a língua. Um dos países vizinhos, a Pérsia, fazia fronteira com a Índia antiga, que naquela época era conhecida como Aryavarta – a terra dos arianos. A fronteira entre a Pérsia e a Índia antiga era o rio Indus, em sânscrito, Sindhu. Os persas não conseguiam pronunciar a palavra sindhu corretamente, pronunciavam-na hindu, e também se referiam aos arianos que viviam na outra margem do rio como hindus. Assim, a religião dos arianos passou a ser conhecida como Hinduísmo.

3. Deus/Deuses

        A divindade no Hinduísmo é panteísta, ou seja, a divindade não é um ser pessoal, mas uma força, uma energia que permeia tudo, desde objetos inanimados às plantas, animais e aos homens. Há uma infinidade incontável de divindades que com o passar dos tempos as características desses deuses se fundiam para formar uma única divindade.

Segue abaixo alguns deuses hindus:

▪ Brahma: É o pai celestial, criador dos céus e da terra.

▪ Shiva: É a representação do Espirito Santo no hinduísmo.

▪ Kali: É uma das mais importantes divindades. Chamada de “segunda morte”, é considerada a deusa mais terrível do hinduísmo.

▪ Ganesh: Possui a cabeça de elefante. É a sabedoria divina que a todos guia e dá liberdade, prosperidade e triunfo.

▪ Vishnu/Krishna: Para muitos hindus é o Deus universal. Sempre que a humanidade precisa de ajuda, ele aparece na Terra como uma reencarnação.

4.  Homem (Vida/Origem/Destino)

Para o Hinduísmo, o homem tem uma alma imortal. Acreditam que depois da morte de um indivíduo, sua alma renasce em uma nova criatura vivente. Essa reencarnação está ligada ao carma, ou seja, aquilo que o indivíduo fez em sua estadia na Terra, sendo que são os seus atos (carma), que irão indicar como será sua nova vida.

Traz a ideia de que todas as ações têm suas consequências, assim, essas consequências podem aparecer tanto em vida como depois da morte. Assim, todas as ações de uma vida, e somente elas, formam a base para a próxima vida.

5. Visão de mundo

Os hinduístas acreditam que o mundo físico é uma ilusão, sendo que para se ver livre dos sofrimentos e provações daquilo que foi feito em encarnações passadas, a pessoa deve ficar livre da ilusão da existência pessoal e física.

A ioga e a meditação transcendental são elementos importantes para que o indivíduo fique livre da ilusão do mundo físico e se transporte para o mundo espiritual, obtendo a liberação final.

6. Vida religiosa

6.1. Culto no lar e no templo

        Os hinduístas devotos têm em casa uma sala ou um canto especial onde põem estampas e esculturas representando um ou mais deuses. Na frente das estampas e imagens costuma haver um pequeno altar para a família celebrar o serviço divino, que em alguns casos ocorre diversas vezes por dia ou, em outros casos, uma vez por semana, normalmente à sexta-feira.

        O culto varia de casa para casa, mas com frequência compreende o sacrifício, a oração, a recitação de textos sagrados e a meditação. Não é obrigatório que o hinduísta vá ao templo, mas nos templos há muitos serviços populares e existe um templo em cada aldeia na Índia.

6.2. Livros sagrados

        A quantidade de escritos que compõe a literatura sagrada hinduísta é realmente vasta. Porém, dentro desta vasta literatura sagrada, há um conjunto mais importante de livros chamados Vedas, que significam “conhecimento sagrado”, que compreendem quatro samhitas ou coleções de hinos escritos em sânscrito.

7. A vaca como animal sagrado

        A vaca é um animal sagrado na Índia e é adorada durante certas festas religiosas. Nos Vedas há hinos à vaca, pois ela supre tudo o que é necessário para sustentar a vida. A vaca se tornou símbolo da vida e é terminantemente proibido matá-la.

        Em termos de culto, a vaca é considerada mais pura que os brâmanes (casta social dominante), assim acredita-se que as pessoas que tocam em uma vaca estão ritualmente limpas e purificadas.

Os hinduístas tem outros animais sagrados além da vaca, em especial o macaco, o crocodilo e a cobra.

 8. Conclusão

        O subconsciente indiano sofreu diversas invasões ao longo de sua história. Para conciliar as diferentes divindades que cada novo povo trazia ao subcontinente, o povo indiano desenvolveu o conceito de que todos os diferentes deuses seriam apenas expressões de uma mesma divindade suprema e única.

        Esse conceito revolucionário na história das religiões torna-se muito importante no mundo atual, em que a globalização coloca lado a lado culturas e religiões diferentes. Para superar os eventuais choques decorrentes deste encontro de culturas, torna-se muito importante a ideia hindu de tolerância e coexistência pacífica entre as diferentes religiões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

HELLERN, Victor. NOTAKER, Henry. GAARDER, Jostein. O livro das religões. 1º ed. São Paulo: Editora Cia das Letras, 2000.

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