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Gnosiologia

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Por:   •  21/4/2013  •  10.098 Palavras (41 Páginas)  •  942 Visualizações

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Introdução

Gnosiologia (também chamada Gnoseologia) é o ramo da filosofia que se preocupa

com a validade do conhecimento em função do sujeito cognoscente, ou seja, daquele que conhece o objeto. Este (o objeto), por sua vez, é questionado pela ontologia que é o ramo da filosofia que se preocupa com o ser. Faz-se necessária algumas observações para evitar confusões. A gnoseologia não pode ser confundida com epistemologia, termo empregado para referir-se ao estudo do conhecimento relativo ao campo de pesquisa em cada ramo das ciências, ainda que às vezes seja usado como sinônimo.

Teoria do Conhecimento

É necessário antes de tudo, esclarecer a relação entre Teoria do Conhecimento e

Gnosiologia, a fim se de evitar equívocos e esclarecer o que seja cada uma. Deve-se ressaltar que gnosiologia não é exatamente a mesma coisa que a chamada Teoria do Conhecimento, embora às vezes possamos encontrar esta identificação em alguns livros de filosofia. A gnosiologia, também chamada por vezes de gnoseologia, ou Filosofia do

Conhecimento, estuda a capacidade humana de conhecer. Desde a filosofia clássica a

gnosiologia constituía uma parte da metafísica, juntamente com a ontologia e a teodicéia. Numa visão de filosofia sistemática mais lógica, podemos classificar a gnosiologia como uma das partes principais da filosofia, como filosofia intelectual, ao lado da ontologia (filosofia existencial) e da deontologia (filosofia comportamental). Assim temos uma divisão da

filosofia em três grandes partes:

• Ontologia – Filosofia Existencial

• Gnosiologia – Filosofia Intelectual

• Deontologia – Filosofia Comportamental

E assim como a filosofia divide-se em partes fundamentais, também a Gnosiologia

divide-se em Lógica, Crítica e Epistemologia:

• Lógica – filosofia da forma e método do conhecimento

• Crítica – filosofia da possibilidade, origem, essência e valor do conhecimento.

• Epistemologia – filosofia da ciência e conhecimento científico

Como se pode constatar, aquilo que se estuda nos cursos de graduação em filosofia

com o nome de Teoria do Conhecimento corresponde mais exatamente à chamada Crítica, estando separada da Lógica e Filosofia da Ciência, como disciplina autônoma. A Teoria do Conhecimento tem por objetivo buscar a origem, a natureza, o valor e os limites do conhecimento, da faculdade de conhecer. Às vezes o termo usado ainda como sinônimo de epistemologia, o que não é exato, pois a mesma é mais ampla, abrangendo todo tipo de conhecimento, enquanto que a epistemologia limita-se ao estudo sistemático do conhecimento científico, sendo por isso mesmo chamada de filosofia da ciência.

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Os principais problemas da Teoria do Conhecimento

Pode-se fazer uma divisão didática da Teoria do Conhecimento, baseada nos

problemas principais enfrentados por ela:

• A possibilidade do conhecimento • A origem do conhecimento • A essência do

conhecimento • As formas do conhecimento • O valor do conhecimento (o problema da

verdade). Se há conhecimento humano, existe a verdade, porque esta nada mais é do que a adequação da inteligência com a coisa (segundo a concepção aristotélico-tomista). Com a existência da verdade, há conseqüentemente a existência da certeza, que é passar a inteligência à verdade conhecida. A inteligência humana tende a fixar-se na verdade

conhecida. Metodologicamente, há primeiramente o conhecimento, depois a verdade, e finalmente a certeza. Tal tomada de posição perante o primeiro problema da crítica, é chamado de realismo , sendo defendida por filósofos realistas, como por exemplo, Aristóteles e Tomás de Aquino. Se, ao contrário, se sustentar que a inteligência permanece, em tudo e sempre, sem nada afirmar e sem nada negar, isto é, sem admitir nenhuma verdade e nenhuma certeza, sendo a dúvida universal e permanente o resultado normal da inteligência humana, está se defendendo o ceticismo.

O problema crítico representa o estudo das implicações e relações do realismo e do

ceticismo. Uma vez que admite-se a existência da verdade (valor do conhecimento), e da certeza, pergunta-se então onde estão as coisas: só na inteligência, como querem Platão, Kant, Hegel (idealismo), só na matéria, como ensina Marx (materialismo), no intelecto humano e na matéria, como dizem Aristóteles, Tomás de Aquino (realismo), ou só na razão, como diz Descartes (racionalismo). Para o idealismo o ente, isto é, o ente transcendental compõe-se somente de idéias. Para o materialismo, somente matéria. Para o realismo, idéias e matéria. Para o racionalismo, é razão. Investigando o fundamento de todo o conhecimento, averiguando o conhecimento do ente transcendental, a Crítica é a base necessária de todo o saber científico e filosófico,

inclusive da própria Ontologia.

Breve exposição de gnosiologia realista

Métodos da Filosofia

Experiência

A experiência nos vai proporcionar muitos dados interessantes para o estudo

filosófico, mas a experiência é mais própria das ciências experimentais que justamente vão proporcionar, a partir de seus métodos conclusões que vão questionar ou certificar nossas certezas filosóficas.

Indução: A indução é um raciocínio pelo qual o intelecto humano, de dados singulares

insuficientes, tira uma verdade universal.

Dedução: é o raciocínio pelo qual a partir de remissas certas, se infere uma conclusão

logicamente resultante delas. Esse é o meio ordinário pelo qual se desenvolve a ciência

filosófica.

Estrutura do processo cognoscitivo

O primeiro processo e de suma importância na Filosofia é o processo de abstração pelo

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