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Introdução a Immanuel Kant

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Por:   •  14/9/2014  •  Tese  •  1.216 Palavras (5 Páginas)  •  948 Visualizações

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Introdução sobre Immanuel Kant

Nunca poderemos conhecer o mundo real. Todas as coisas que percebemos como reais não passam de fenômenos. Fenômenos que são percebidos por meio de categorias que usamos na intermediação para vivenciarmos nossa experiência no mundo, como espaço,tempo, quantidade e outras. Categorias que funcionam como óculos irremovíveis e que sem os quais não conseguiríamos dar sentido a nossa experiência. Mas o que provoca esses fenômenos permanece sempre sem poder ser conhecido. Nada garante que a coisa em si deva assemelhar-se a como a percebemos.

Immanuel Kant levou a metafísica a um patamar nunca antes alcançado. Seus pensamentos iniciaram a impactante era da metafísica alemã na filosofia, que teria, além de Kant, as importantes contribuições de Hegel e Schopenhauer. Ele criou o maior sistema metafísico já concebido e fez isso rejeitando a metafísica como existia e estabelecendo uma alternativa.

Kant desenvolveu sua filosofia durante uma vida extremamente tediosa, solitária e rotineira. Emocionalmente bastante reprimido, ele voltou-se para uma vida mental intensa na qual buscou construir uma metafísica que fosse a base real de uma forma de conhecimento universal, que garantisse a verdade do nosso conhecimento. Nas próximas páginas, conheça mais sobre a vida e a obra filosófica de Immanuel Kant.

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Reprodução

Este artigo é um resumo do livro “Kant em 90 minutos”, de Paul Strathern, da coleção “Filósofos em 90 minutos” da Jorge Zahar Editor, publicado em 1997.

Kant e seu sono dogmático

Immanuel Kant viveu toda a sua vida na cidade báltica de Königsberg (atual Kaliningrado, na Rússia), na antiga Prússia Oriental. De lá quase nunca saiu, salvo em raríssimas viagens que não o afastaram muito de sua cidade natal. Ele nasceu em 22 de abril de 1724, numa época em que a Prússia Oriental enfrentava as devastações trazidas por guerras e pela peste. Sua infância foi cercada de pobreza e religiosidade.

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© istockphoto.com / Alex Potemkin

Catedral em Kaliningrado (antiga Königsberg) onde Kant está sepultado

Kant foi educado dos oito aos 16 anos num ambiente fortemente religioso, no qual sua inteligência excepcional logo se destacou. Aos 18 anos ingressou na Universidade local para estudar teologia. Mas seu interesse pela religião logo se esgotou e transferiu-se para a matemática e a física. Em 1746, seu pai morreu e ele e seus irmãos ficaram na miséria. Kant foi obrigado a deixar a universidade e se manteve nos nove anos seguintes dando aulas particulares para as famílias ricas locais. O dinheiro extra que conseguia remetia para suas irmãs menos afortunadas. Apesar do suporte financeiro que deu às irmãs durante toda a sua vida, Kant manteve-se totalmente afastado de seus familiares.

Kant só foi conseguir se formar na Universidade de Königsberg quando tinha 31 anos de idade. Com isso, pôde trabalhar como professor-auxiliar naquela instituição. Nos 15 anos seguintes dedicou-se com afinco no ensino de matemática e física e publicou tratados sobre os mais variados assuntos científicos, da natureza dos ventos à antropologia. Apesar do interesse pelas ciências, o que mais chamava a atenção de Kant, desde que percebeu as implicações filosóficas da obra de Newton, era a filosofia. Outra influência importante sobre Kant foram os textos de Leibniz, que o levou a ver a humanidade como participante da finalidade última do universo.

Nessa época, ele passou a se interessar também pelos pensamentos de Rousseau, que conseguiam sensibilizar as emoções reprimidas de Kant, e pelas ideias do filósofo escocês Hume, que desenvolvia um radical empirismo. E foi justamente quando lia a obra “Investigação sobre o Entendimento Humano”, de Hume, que Kant despertou de seu sono dogmático. Naquele momento, uma inspiração lhe mostrou que poderia construir um sistema filosófico novo que se opusesse ao ceticismo destrutivo de Hume. Já como professor catedrático de lógica e metafísica da Universidade de Königsberg ele iniciou uma jornada mental que construiria sua filosofia.

Kant e a crítica da razão pura

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© istockphoto.com / HultonArchive

A rotina de Kant tornou-se lendária em sua cidade. Seus hábitos se repetiam com uma exatidão surpreendente. Todos os cidadãos sabiam que o relógio marcava três e meia quando Kant saía para seu passeio vespertino pelas ruas de Königsberg, em qualquer condição atmosférica. O único dia em que falhou nesse hábito foi quando começou a ler “Émile”, de Rousseau. A obra o absorveu tanto que ele perdeu seu passeio vespertino. Àquela altura de sua vida, quando estava na casa dos 40 anos, ele tinha também considerado

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