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Liberdade e razão prática. Immanuel Kant

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Por:   •  22/9/2014  •  Artigo  •  342 Palavras (2 Páginas)  •  390 Visualizações

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Liberdade e razão prática

Immanuel Kant

E, em primeiro lugar, é de observar que por ora me sirvo do conceito de liberdade apenas no

sentido prático e deixo aqui de lado, como coisa já tratada acima, o sentido transcendental,

que não ode ser pressuposto empiricamente como um princípio de explicação dos fenômenos,

mas que é, por si mesmo, um problema para a razão. Efetivamente, um arbítrio é

simplesmente animal (arbitrium brutum) quando só pode ser determinado por impulsos

sensíveis, isto é, patologicamente. Mas aquele que ode ser determinado independentemente

de impulsos sensíveis, portanto por motivos que apenas podem ser representados pela razão,

chama-se livre arbítrio (arbitrium liberum) e tudo o que se encontra em ligação com ele, seja

como princípio ou como consequência, é chamado prático. A liberdade prática pode ser

demonstrada por experiência. Com efeito, não é apenas aquilo que estimula, isto é, que afeta

imediatamente o sentidos, que determina a vontade humana; também possuímos um poder

de ultrapassar as impressões exercidas sobre a nossa faculdade sensível de desejar, mediante

representações do que é, mesmo longinquamente, útil ou nocivo; mas estas reflexões em

torno do que é desejável em relação a todo o nosso estado, quer dizer, acerca do que é bom e

útil, repousa sobre a razão. Por isso, esta também dá leis, que são imperativos, isto é, leis

objetivas da liberdade e que exprimem o que deve acontecer, embora nunca aconteça, e

distinguem-se assim das leis naturais, que apenas tratam do que acontece, pelo que são

também chamadas leis práticas. [...] Pois apenas pedimos à razão, imediatamente, a regra de

conduta [...] na medida em que para o nosso propósito só temos apenas o fazer ou o deixar de

fazer. Conhecemos, pois, por experiência, a liberdade prática como uma das causas naturais, a

saber, como uma causalidade da razão na determinação da vontade, enquanto a liberdade

transcendental exige uma independência dessa mesma razão (do ponto de vista da sua

causalidade a iniciar uma série de fenômenos) relativamente a todas as causas determinantes

do mundo sensível.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura, Fundação Calouste Gulbenkian, p.

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