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O PROBLEMA HERMENÊUTICO EM “O MERCADOR DE VENEZA”

Por:   •  11/4/2018  •  Abstract  •  603 Palavras (3 Páginas)  •  119 Visualizações

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FACULDADE 2 DE JULHO

BACHARELADO EM DIREITO

LÍVIA SOUZA PALMA

O PROBLEMA HERMENÊUTICO EM “O MERCADOR DE VENEZA”

         

                 

Salvador-Ba

2018.1

O mercador de Veneza, de William Shakespeare foi escrito no século XVI entre 1596 e 1598.

O mercador de Veneza é uma história de três homens no qual são: o nobre falido Bassânio, o judeu rico e comerciante Antonio e,o cristão agiota e avarento Shylock.

Bassânio é amigo mercador veneziano Antônio, e, querendo viajar para Belmot a fim de conquistar a mão de Pórcia, uma nobre que estava sendo disputada por outros nobres, recorre ao amigo no intuito de tomar emprestados três mil ducados para apresentar-se bem diante da donzela, assim como para custear as despesas da viagem. Antônio, embora possua monta de grandes riquezas, não podia dispor do dinheiro para o amigo já que seu dinheiro se encontrava em seus navios que estavam em alto mar. Como Antonio era um homem muito conhecido e honrado na cidade, pediu que seu amigo Bassamio pedisse esse dinheiro emprestado a qualquer agiota de Veneza e colocasse-o, como seu fiador.

Ocorre que coincidentemente e por azar, o primeiro a ser interpelado por Bassânio é Shylock, inimigo do mercador, Shylock havia perdido muitos negócios por causa da bondade de Antonio, teria sido insultado por ele publicamente inúmeras vezes, unicamente devido ao fato de ser judeu. Não obstante, aceita emprestar a quantia, sem juros, mas exigindo, para tanto, que Antônio dê como garantia uma libra de carne, a ser reclamada caso haja inadimplemento e sendo prestação insubstituível. Antonio sem saber da intenção de Shylock, querendo ajudar o amigo Bassamio, aceita e assina um contrato com reconhecimento público.

Shylock perde sua fortuna para a filha Jéssica que o rouba e foge com o amante Lourenço que coincidentemente são amigos de Bassamio e Antonio. Antônio também recebe a notícia de que seus navios naufragaram.

Ante o inadimplemento, Shylock reclama sua garantia, e o caso vai parar na corte de Veneza. No Tribunal, Shylock está irredutível, embora contra ele esteja toda a Veneza. Por fim a sentença é decretada e Shylock, tem direito a uma libra de carne de Antônio.

Pórcia que estava disfarçada do jurista seu primo Belário retifica a Shylock que o direito dele não se estende ao sangue, nem pode ser cobrando em falta ou em excesso. O agiota recua, dizendo aceitar a proposta dos devedores, mas Pórcia o impede, pois só pode cobrar aquilo a que tem direito. Diante disso, o credor desiste da causa, mas já é tarde: é condenado por atentar contra a vida de um veneziano – sendo ele estrangeiro – e deve perder não só os bens como a própria vida fica à mercê do Doge magistrado supremo da república de Veneza.

Quanto à análise jurídica, as principais problemáticas observadas na obra no que tange a questão hermenêutica por força das circunstâncias, são o além do problema contratual firmado entre as partes, é também a sede de justiça de Shylock que foi “saciada”, uma vez que fora concedido a ele o cumprimento do pacto que tanto desejava, no entanto, o adimplemento deveria ser feito conforme o pacto, mas este cumprimento acarretaria em descumprimento de outra norma jurídica que atentaria contra a vida de Antônio (católico) o que na época já era considerado crime.

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