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O Reino do Tartarus

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Por:   •  17/11/2014  •  Resenha  •  1.903 Palavras (8 Páginas)  •  367 Visualizações

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Esta lenda é diferente de todas as que você já ouviu. Tem seu início em uma época tão antiga, que é anterior a todas as outras histórias. Para começarmos a contá-la desde o início, precisamos voltar séculos incontáveis no tempo, que não existe...

Naquela época tão longínqua, vivia (desde sempre!) um deus que se chamava Caos. Esse deus vivia só, isolado, sem que nada existisse à sua volta. Não havia, então, sol, luz, terra ou céu! Não havia nada além de uma densa escuridão e de um imenso vazio sem começo nem fim.

Dessa maneira passaram-se incontáveis séculos, até que, certo dia, o deus Caos se cansou de viver solitário; ocorreu-lhe, então, a ideia da criação do mundo.

O começo veio com o nascimento da deusa Gaia, a Terra. Era uma deusa lidíssima, cheia de força e vida, que cresceu e se alargou, envolvendo imensas extensões e tornando-se a base do mundo.

Em seguida, Caos gerou o terrível Tártaro, a negra Noite e, logo depois, o belo e luminoso Dia.

O reino do Tártaro eram às escuras entranhas da terra, tão profundas em relação à superfície quanta esta distava do céu. Se alguém, do céu, deixasse cair uma bigorna de ferro, esta ficaria caindo por nove dias e nove noites e somente no amanhecer do décimo dia é que atingiria o solo. Se, então, caísse da Terra em direção ao Tártaro, à queda duraria mais nove dias e nove noites, e somente ao raiar do décimo dia a bigorna chegaria lá embaixo! Tal é a profundidade em que o Tártaro está entranhado na Terra. Por isso a escuridão que ali existe é tão densa e negra. Porém, esse reino também é imenso em extensão. Se alguém entrasse lá, prosseguiria incessantemente, sendo arrastado por turbilhões enfurecidos, e nem mesmo em um ano poderia chegar ao outro lado…

No coração desse lugar terrível, temido até mesmo pelos deuses imortais, eleva-se o escuro palácio da Noite, eternamente envolvido em negras nuvens. Lá a Noite permanece durante todo o dia e, quando anoitece, sai para se estender sobre a Terra.

Gaia, mãe de todos.

Depois do Caos, chegou vez da deusa Gaia, a Terra, auxiliar a criação do mundo. Querendo começar com algo bem bonito, gerou Ágape, a Ternura, a deusa que trouxe ao mundo a beleza da vida. Em seguida gerou o imenso Céu azul, as Montanhas e o Mar, todos estes poderosíssimos deuses, sendo o grande Urano, o Céu, o mais forte entre eles.

Dessa madeira, a deusa Gaia, mãe de todos, ao mesmo tempo em que se enfeitava e ficava mais bela, desfrutava do prazer da criação do mundo!

Urano, o céu: Soberano no mundo.

No entanto, o grande deus do universo passou a ser Urano, que envolvera a Terra com seu azul, cobrindo-a de ponta a ponta. Ele se sentava em um magnífico trono de ouro, apoiado sobre nuvens multicores, de onde governava o mundo inteiro e os deuses todos!

Urano se casou com a deusa Gaia e com ela gerou muitos deuses. Doze deles eram os Titãs – seis homens e seis mulheres. Os Titãs eram deuses enormes e de força terrível. Um deles em especial, Oceano teve inúmeros descendentes e todos os rios do mundo eram seus filhos. E ainda tinha três mil filhas, as Oceâniades, que eram deusas das fontes e dos regatos.

Titãs e Ciclopes

Da união entre outro titã, chamado Hipérion, e a titânide Téia, nasceram três belos deuses: o brilhante Hélio, que era o deus-sol, a Aurora, de dedos rosados, e Selene, a Lua prateada.

O último Titã era o astuto e ambicioso Cronos, mas sobre ele temos ainda muito que dizer mais adiante…

Também eram filhos de Urano e Gaia os furiosos Ciclopes, que eram deuses gigantes com apenas um olho, bem no meio da testa. Eram os senhores do fogo e tinham o domínio sobre os relâmpagos e os trovões. Habitavam as altas montanhas e sobre o cume de uma delas havia sempre fogo aceso. Era um vulcão enorme, que eles usavam para fabricar armas e armaduras. Os Ciclopes tinham uma força assustadora. Quando circulavam pelas montanhas, raios e trovoadas abalavam a terra e o mundo inteiro tremia à sua passagem.

No entanto, os mais terríveis entre os filhos de Urano e Gaia eram os três Hecatônquiros eram os mais altos de todos. Cada um deles tinha cem braços e sua força era tamanha que podiam arremessar rochedos grandes como montanhas, fazendo trepidar toda a Terra.

Agora os deuses eram muitos, mas Urano continuava a dominar o mundo e a ditar a ordem. Seu poder era imenso, sua vontade era lei e todos obedeciam às suas determinações. Feliz era a época do reinado de Urano. Naqueles tempos a morte não existia, nem maldade, nem ódio… Mas tudo acaba tendo um fim!

Urano pune seus filhos

Certa vez, Urano ficou muito zangado com seus filhos, os Titãs e os Hecantônquiros, que haviam se comportado mal perante ele, e decidiu castigá-los duramente. Gaia, a Terra, vendo a fúria do marido, ajoelhou-se diante dele e pediu que os perdoasse:

- Meu senhor e senhor do mundo inteiro – disse-lhe -, eu lhe suplico que perdoe nossos filhos e não traga a ruína para a família dos deuses!

A ira de Urano, porém, era desenfreada:

- Mães dos deuses, no dia em que os filhos deixarem de respeitar o pai, deverão desaparecer da luz do dia! Se eu não lhes der o devido castigo eles irão se indispor contra mim novamente e podem até me derrubar do trono dos deuses! – respondeu Urano.

Dizendo essas palavras, o grande deus abriu a Terra e lançou os Titãs e os Hecatônquiros no escuro e profundíssimo Tártaro, aonde a luz do dia não chega, nem o reflexo da noite, mas há somente uma densa, negra e interminável escuridão!

No entanto, a Terra gemeu profundamente por haver encerrado em suas entranhas os Titãs, seus filhos. Então, teve a ideia de falar com eles para incitá-los a uma revolta. Com esse intuito, ela os procurou e disse:

- Pobre de mim, que viverei eternamente tendo meus filhos presos no escuríssimo Tártaro! Quem entre vocês tem ousadia suficiente para se tornar senhor dos deuses? O seu pai já reinou por tempo suficiente! Agora chegou a vez de outro tomar o seu lugar!

Os Titãs, e até os próprios Hecatônquiros, baixaram a cabeça. Urano possuía uma força terrível e essa força era ainda cem vezes maior quando ele se enfurecia. O rosto de um dos Titãs, porém, resplandeceu de alegria: era Cronos, que sempre ansiava por se tornar o senhor do universo. E ele sabia bem que seu pai não deixava de ter razão ao lançá-los ao Tártaro. Mas agora chegava a sua vez.

Com a ajuda da mãe, Cronos saiu de sua escura prisão para

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