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Os Meus 50 anos: “Tempus Fugit”

Por:   •  22/6/2019  •  Artigo  •  430 Palavras (2 Páginas)  •  208 Visualizações

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Meus 50 anos: “Tempus Fugit”

Cheguei aos 50 anos. É meio século. Embora os índices do Japão, Alemanha, EUA, e até do Brasil, estão cada vez mais otimistas (média de vida = acima de 70 anos), provavelmente, daqui pra frente, irei descer a serra da vida.

“Aos 50 tenho consciência de que uma grande parcela do mundo é mais moço que eu”.

“Sinto-me como que quando menino que ganhei um Ovo de Páscoa” de aniversário( que é sempre próximo da data).. No começo até me lambuzei, mas percebendo que faltavam alguns pedaços, lambia até o papel. Também eu acho que já não tenho tempo para lidar com ignorâncias gratuitas e mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados transpirando sadismo com um verniz de polidez. Inquieto-me com invejosos cujo propósito é destruir os que merecem nossa admiração e respeito.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em encontros de faz-de-conta, geradores de ressentimentos e falsidades.

Aviso aos utopistas: já não tenho tempo para projetos megalomaníacos, únicos, que pretendem transformar radicalmente o mundo por meio de revoluções

Já não tenho tempo para conviver com pessoas pouco razoáveis, principalmente, quando são arrebatadas pelo enceguecimento histérico de uma causa política ou religiosa, e facilmente perdem o auto-controle.

Meu tempo tornou-se escasso para debater com ressentidos cujo discurso falta consistência.

Com os restos do Ovo de páscoa, quero viver – e aprender – ao lado de gente comprometida mais com sabedoria para a vida prática do que com um conhecimento abstrato; quero conviver com gente pautada mais pela razoabilidade do que pela racionalidade; quero aprender com gente que sabe rir de seus tropeços, fazer autocrítica dos erros, que não se encanta com triunfos, e não se considera eleita para a "última hora"; gente que não foge de sua mortalidade, que defende a dignidade da vida, a sobrevivência do nosso planeta, que deseja andar humildemente respirando a poluição das cidades ou o ar puro do campo quando for passear.

Pretendo curtir a vida com as pessoas que sabem valorizar os “instantes”. Continuarei lendo os clássicos da filosofia e da literatura, com prazer, sem ligar para as pressões tecnocráticas e canônicas da academia. Mas, não pretendo trocar uma boa conversa ou um encontro existencial único por a leitura mesmo que seja de um bom livro.

Após os 50 anos, prometo a mim mesmo me esforçar, no sentido de aprimorar minhas virtudes e contribuir para tornar os meus ‘próximos’ mais leves, coerentes, polidos, e de bem com a vida. É minha “moral provisória”. Porque só tenho essa vida. Enfim, o “tempo foge”.

P.S.Texto reproduzido com adaptações

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