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Razão

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Por:   •  12/3/2015  •  316 Palavras (2 Páginas)  •  176 Visualizações

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Confundimos, por outro lado, pensamento original com pensamento

novidadeiro. E preciso insistir: ser novo é um acidente do

original. Original é o que lida com as origens, não o último no tempo.

Eis por que o rótulo de "ultrapassado" é puro equívoco. Faltando-nos

originalidade verdadeira, agarramo-nos à novidade na

ilusão de que nela se encontre a verdade. Mas não é nada disso.

O que constrói uma verdade é sua perspectiva. O dito por último

pode ser perfeitamente repetitivo. Este equívoco assume entre-nós

um caráter particularmente grave. A uma estrutura mental e social

fechada e conservadora, superpomos uma ornamentalidade

de novidadeiros, como se a verdade fosse, num leilão, algo a ser

arrebatado por quem desse o último lance.

s que são apenas

produtos de exportação, sem valor e significado na opinião literá-

ria dos seus próprios países, sem nada que corresponda ao tratamento

de autores incomuns ou singulares que recebem nos países

de tolo colonialismo, vivendo de 'transplantes literários' e 'enxertias

culturais'... Com efeito, não há autorzinho estrangeiro de segunda

ordem com algum sucesso, não há movimentozinho de SaintGermain-des-Prés

ou do Boulevard Saint-Michel, não há pequeno

ensaio de crítico inglês ou insignificante exercício para estudantes

de qualquer crítico universitário norte-americano -, não há nada,

de tudo isso, que deixe de receber aqui amplo noticiário, em

nossas revistas e jornais, enquanto tantos trabalhos de autores nacionais,

às vezes de valor equivalente ou mesmo de melhor categoria,

ficam na sombra, sem publicidade e sem repercussão".

Comentando. Primeiro: a posição de colonizado não se esgota

em mera dependência econômica, generalizando-se para todas

as áreas; e o brasileiro é o colonizado por excelência, aquele que

vive fazendo o europeu como o personagem de Machado fazia o

Alferes.

Segundo: ser culto, no Brasil, é avolumar erudição sobre um

outro, o não-brasileiro. Julgamos apenas exótico, ou até de mau

gosto, quem se dedique a coisas nossas - mas julgamos de alta erudição

saber alemão ou latim. Temos uma visão tipicamente arrivista

da

...

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