Sofismo

Sofismo: É a argumentação que, por algum defeito lógico, sob a aparência de verdade, conduz a uma falsa conclusão.

Sofismo de Linguagem- As palavras, fora da terminologia técnica, podem ter dois ou mais sentidos (termos equívocos).

Ex.: Rato são duas sílabas

O rato rói;

logo, duas sílabas roem

Sofisma de anfibologia- Nestes Sofismas emprega-se uma frase com dois sentidos.

Por exemplo:

O avarento tem o coração dentro do seu cofre.

Ora, quem tem o coração dentro de um cofre está morto.

Logo, o avarento está morto

Sofisma de acidente- Consiste em tirar uma conclusão de uma regra geral para um caso particular a que uma circunstância acidental torna a regra inaplicável.

Ex.: O que você comprou ontem você como hoje;

ora, ontem você comprou carne crua;

logo, hoje você comerá carne crua

Sofismo de conclusão irrelevante- Consiste em utilizar argumentos válidos para chegar a uma conclusão que não tem relação alguma com os argumentos utilizados.

Sofismo de antecedente falso- Já se sabe que de antecedente falso, só por acidente, a conclusão pode ser verdadeira.

Ex.: “O que você não perdeu você tem;

ora, você não perdeu chifres;

logo, você tem chifres”.

Sofismo da petição de principio- Comum na argumentação de razões, consiste na forma de um verdadeiro argumento apresentar como demonstrado o que se devia demonstrar, isto é, colocar a conclusão com palavras diferentes como premissa.

Ex.: “O que não morre é imortal;

ora, a alma humana não morre:

logo, a alma humana é imortal”.

O que se pretendia demonstrar era a imortalidade da alma, para tanto, dever-se-ia provar a premissa menor.

Sofismo da ignorância da questão-É a discussão de teses diferentes da que se é obrigado a demonstrar, provando coisa diversa do que se deve provar. Alguns lógicos prendem este sofisma ao esforço tentado pelo advogado para deslocar o onus probandi.

Ex.: Um homem é acusado de fabricar moeda falsa. A prova é perfeita e indiscutível. O advogado, que deveria provar que seu cliente não fabricou moeda falsa, passa a provar que o réu é bom chefe de família. Este sofisma é sempre empregado no tribunal do júri. A prova de bom chefe de família, com leitura de depoimentos e a retórica da exposição farão os jurados esquecerem a verdadeira tese.

Sofismo de mudança de predicado- Em inferência verdadeira o predicado deve ter a mesma extensão no consequente que tem no antecedente; ampliado ou restringido o predicado no antecedente ou no consequente o raciocínio é falso.

Ex.: Todo homem pode matar em caso de legítima defesa;

logo, todo homem pode matar.

O Antecedente tem a restrição legal da legítima defesa, o consequente não tem.

Sofismo da divisão e da composição- Se o termo é coletivo na maior e distributivo na menor o sofisma é de divisão; se na maior o termo é distributivo e na menor, coletivo, o sofisma é de composição.

Ex. de sofisma de divisão:

“Cinco é um número,

Três e dois fazem cinco,

Três e dois são um número

Ex. de sofisma de composição:

“Três e dois são dois números,

Três e dois fazem cinco,

Cinco

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