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Aureanice

Por:   •  16/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  892 Palavras (4 Páginas)  •  167 Visualizações

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CULTURA: UM CONCEITO REACIONÁRIO? – AUTOR:

        No texto de GUATARRI (1980), na primeira parte intitulado CULTURA: UM CONCEITO REACIONÁRIO, o autor inicia seus comentários abordando o conceito de cultura como sendo reacionário. Nesse sentido aborda-se que de PROUST, centraliza-se na ideia de que não é possível existir a autonomia de algumas esferas, tais como a da musica, das artes plásticas entre outras.

        Assim entende-se que a cultura apenas será uma esfera com autonomia em nível dos mercados de poder, dos mercados econômicos, como bem explica GUATARRI (1980, p. 15). Isso demonstra um esforço do autor em apresentar as relações entre a cultura e o capitalismo, através de um modo de controle da subjetivação que se constituirá em uma “cultura de equivalência”. Assim seguimos a explicação desse termo segundo o autor onde “desse ponto de vista o capital funciona de modo complementar à cultura enquanto conceito de equivalência” (p. 16). Com isso, o lucro do capitalismo não seria proveniente apenas da mais-valia e sim dominando a subjetividade.

        No contexto das relações entre cultura e capitalismo, existe o debate em relação à cultura de massas, onde os indivíduos tornam-se normatizados, articulando-se a sistemas hierárquicos, de valores e de submissão. Fica exposta nesse cenário uma produção de subjetividade, sendo esta social e ocorrendo em todos os níveis, sendo de produção ou de consumo.

        É interessante notar a articulação do autor com o termo cultura, onde o mesmo nos apresenta os vários sentidos da referida palavra no decorrer da História, atribuindo à mesma três sentidos: “cultura-valor”, “cultura-alma coletiva” e a “cultura-mercadoria”. Essas três categorias, segundo GUATARRI (1980), estão ligadas a classe burguesa que apesar de aparentar buscar uma “democracia cultural”, continuam instaurando uma prática de segregação no campo cultural. O autor continua no seu texto relacionando a cultura com a prática capitalista como fica evidente quando o mesmo afirma que “a cultura não é apenas uma transmissão de informação cultural, uma transmissão de sistemas de modelização, mas é também uma maneira de as elites capitalísticas exporem o que eu chamaria de um mercado geral do poder”. Assim, os objetos culturais tornam-se um signo distintivo na relação social entre as pessoas e com o seu próprio contexto. GUATARRI (1980) expõe que as classes dominantes possuem a intenção e objetivo de dominar a mais-valia, não só a econômica, mais também a do poder, através da cultura-valor. O autor propõe que o sujeito é produzido por uma espécie de “maquina de subjetividade”, este seria produzido por maquinas territorializadas.

VIAGEM EM TORNO DO TERRITÓRIO – AUTOR: JÖEL BONNEMAISON.

        O texto de BONNEMAISON (2012) tem a sua reflexão baseada em suas pesquisas de campo e nos conceitos de etnia e território, onde para o autor a territorialidade emana da etnia, constituindo-se me relação cultural vivida entre o dado grupo social e uma trama de lugares hierarquizados e interdependentes, originando um sistema espacial, que seria o território.

        Então o mesmo teria um núcleo e uma periferia, mas são os fixos e os itinerários constituídos e vivenciados que geram a sua real apropriação, originando uma afetividade territorial. É pela existência de uma cultura que o território é criado, e é pelo território que uma cultura se fortalece, exprimindo-se a relação simbólica entre cultura e espaço.

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