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El Nino

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Por:   •  11/3/2015  •  1.154 Palavras (5 Páginas)  •  191 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL

EFEITO DO EL NIÑO E LA NIÑA NA AGRICULTURA BRASILEIRA

RONDONÓPOLIS – MT

2014

CLARISSON THIAGO NUNES DE ABREU RA: 6245217111

JHONATAS ALVES DO CARMO RA: 1034970551

EFEITO DO EL NIÑO E LA NIÑA NA AGRICULTURA BRASILEIRA

Trabalho de agroclimatologia apresentado ao professor para obtenção de nota do primeiro bimestre do quarto semestre do curso de agronomia

Professor: Wilson Kanashiro

RONDONÓPOLIS – MT

2014

INTRODUÇÃO

O Brasil é por natureza um país com vocação agrícola. Sabemos ainda, que diversos fatores são responsáveis diretos e indiretos pelo bom desenvolvimento da agricultura no Brasil, entre eles podemos citar, de maneira simplificada, a economia, os diferentes tipos de solo e relevo, a incidência e o controle de pragas e doenças, além das condições edafoclimáticas (Relação de solo e clima).

Este último fator (Relação de solo e clima), as condições do tempo e do clima, são preponderantes para o crescimento adequado das plantas e consequentemente, a determinação de uma boa produtividade.

Através de um acompanhamento dos nossos sistemas atmosféricos podemos evitar diversas perdas econômicas na área agrícola. Entre os sistemas atmosféricos mais relevantes podemos citar a ocorrências dos Fenômenos El Niño e La Niña. Sabemos que Evento de El Niño e La Niña tem uma tendência a se alternar cada 3 a 7 anos. Porém, de um evento ao seguinte o intervalo pode variar de 1 a 10 anos. As intensidades dos eventos variam bastante de caso a caso. A seguir falaremos um pouco sobre esses dois fenômenos atmosféricos que dependendo da intensidade de cada um pode causar diversos impactos na agricultura brasileira.

1 EL NIÑO

O que mundialmente é conhecido como O El Niño é uma anomalia no sistema climático, que causa uma alteração do sistema oceano-atmosfera no Oceano Pacífico tropical e tem consequências no tempo e no clima em todo o planeta. Por esta definição, considera-se a presença das águas quentes da Corrente El Niño e também as mudanças na atmosfera próxima à superfície do oceano, com o enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) na região equatorial. Com esse aquecimento do oceano e com o enfraquecimento dos ventos, começam a ser observadas mudanças da circulação atmosférica nos níveis baixos e altos, determinando mudanças dos padrões de transporte de umidade, portanto variação na distribuição das chuvas em regiões tropicais e de latitudes media e altas. Em algumas regiões do mundo também são observados aumentos ou queda de temperatura.

O El Niño pode ser exemplificado da seguinte maneira: o sol aquece as águas do oceano pacífico. Com o enfraquecimento dos ventos Alísios (que normalmente deslocam-se de leste para oeste), o Oceano Pacífico apresenta uma condição de temperatura homogênea. Assim, todo o Oceano Pacífico Equatorial começa a aquecer. Desta maneira, há a ocorrência de aquecimento e evaporação com movimento ascendente, que por sua vez gera a formação de nuvens. A diferença agora é que ao invés de observarmos a formação destas nuvens com intensas chuvas no Pacífico Equatorial Ocidental, vamos observar a formação de nuvens principalmente no Pacífico Equatorial Central e Oriental. Uma questão muito importante também, é que os ventos alísios, junto à costa da América do Sul, favorecem um mecanismo chamado pelos oceanógrafos de ressurgência, que seria o afloramento de águas mais profundas do oceano. Estas águas mais frias tem maior quantidade de oxigênio dissolvido além de vir carregada de nutrientes e micro-organismos vindo de partes mais profundas do mar, que vão servir de alimentos para os peixes daquela região. Não é por acaso que a costa oeste da América do Sul é uma das regiões mais abundantes e peixes do mundo que vem a se formas uma cadeia alimentar, pois os pássaros que vivem naquela região de alimentam dos peixes que por sua vez se alimentam de micro-organismos e nutrientes. Os impactos do El Niño no clima vai depender da intensidade do evento. Por isso, os reflexos na agricultura brasileira podem diferir entre as ocorrências dos episódios El Niño ou La Niña. Porém é válido aguardar uma tendência no padrão de resposta.

O El Niño é um dos fenômenos climáticos mais estudados no mundo todo, tem seus impactos globais bem rastreados. No que diz à agricultura, uma das consequências para algumas regiões agrícolas no mundo é a mudança no regime de chuvas, tanto em termos de precipitação pluviométrica quanto na mudança na época padrão, o que afeta o cultivo desde o plantio até a colheita. Esse fenômeno, pelo fato de ter uma evolução lenta e gradual de vários meses de duração e também dada a disponibilidade com vários modelos de previsões desenvolvidas, merece análise e acompanhamento do publico em geral, principalmente do agrícola, para tomada de decisões bem como planejamento das atividades. Diminuindo assim os riscos de perdas e danos a agricultura brasileira, diminuindo os prejuízos causados por surpresas climáticas.

Com o aparecimento desse fenômeno foram geradas expectativas para a agricultura brasileira, gerando previsões em diversas regiões do país. A seguir relataremos essas previsões, pontuando os efeitos caudados na agricultura em cada uma delas:

1.1 Região Norte

Nesta região temos ocorrências de períodos de secas muito acentuadas, um aumento excessivo do risco de incêndios florestais e devido a essa diminuição das precipitações a região leste da Amazônia sofrerá bastante.

1.2 Região Nordeste

A região do Nordeste brasileira deverá ser fortemente afetada por secas severas, principalmente no semiárido, onde a agricultura de subsistência está condenada nesses períodos de estiagem. Somente em áreas irrigadas há possibilidade de produção em tempos de adversidades climáticas e estiagens prolongadas.

1.3 Região Centro Oeste

Na região centro oeste não há mudanças significativas nos padrões de chuvas, somente há uma tendência de maior índice pluviométrico na região sul do estado de Mato Grosso do Sul. Com isso o efeito EL NIÑO é benéfico, pois tende a produzir um índice de chuvas pouco superior entre os meses de novembro a abril favorecendo a produção de grãos.

1.4 Região Sudeste

No sudeste ocorre um leve aumento das temperaturas médias causando a diminuição significativa de incidências de geadas, não há mudanças de distribuição e intensidade de chuvas.

1.5 Região Sul

No sul do país o fenômeno EL NIÑO não cauda prejuízos devido a abundancia de água no período de primavera – verão principalmente nas culturas de verão que são soja e milho particularmente que são agraciadas com chuvas em abundância nesse período, as temperaturas mais baixas também são alteradas para um índice mais elevado, possibilitando um inverno menos rigoroso, diminuindo assim as geadas e evitando perdas na produção.

CONCLUSÃO

Esta pesquisa tinha por objetivo inicial descobrir os efeitos causados pelos fenômenos EL NIÑO E LA NIÑA na agricultura brasileira.

Após a pesquisa concluímos que esses fenômenos contribuem direta e indiretamente nos resultados de produção da agricultura do nosso país, haja visto, que esses fenômenos da natureza influenciam nas previsões de chuvas, secas e precipitações pluviométricas o que são determinantes para o sucesso ou o fracasso de qualquer cultura dependente de condições naturais climatológicas. Agindo com diferentes interferência nas diferentes regiões do país causando benefícios a algumas delas e prejuízos a outras.

REFERÊNCIAS

Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Meteorologia para Agricultura

http://www.cptec.inpe.br/noticias/noticia/8530

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