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Por:   •  22/5/2014  •  1.164 Palavras (5 Páginas)  •  184 Visualizações

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A Segunda Coligação (português europeu) ou Segunda Coalizão (português brasileiro) foi um conjunto de alianças e compromissos estabelecidos entre várias potências europeias (incluindo o Império Otomano) que se confrontaram com a França na fase final da Revolução Francesa. O conjunto dos confrontos entre a França e a coligação ficou conhecido como Guerra da Segunda Coligação, teve início em 1799 e prolongou-se até 1801. Formalmente, a guerra só terminou em 1802 com a assinatura do Tratado de Amiens. Contra a França uniram-se a Áustria, a Rússia, a Grã-Bretanha, o Império Otomano, o Reino de Nápoles e outras pequenas entidades políticas da península Itálica e da região da Alemanha, estas últimas integradas no Sacro Império Romano-Germânico. A invasão de Portugal por um exército espanhol, em 1801, no conflito que ficou conhecido como Guerra das Laranjas, está também associada a estes acontecimentos e trata-se de uma campanha que não pode deixar de ser referida no âmbito da Guerra da Segunda Coligação.

Esta guerra, iniciada quando a França era governada pelo Diretório, terminou quando Napoleão Bonaparte era já Primeiro Cônsul. Assim, foi durante esta guerra que se realizou a transição da França Revolucionária para a França Napoleónica. As operações relativas a esta guerra decorreram em três teatros de operações: Alemanha e Países Baixos, Suíça e norte de Itália. Foi neste último teatro de operações que se realizou a Segunda Campanha de Napoleão em Itália. Quando se iniciou a Guerra da Segunda Coligação, tanto os Estados Pontifícios como o Reino de Nápoles estavam já em guerra com a França por causa da expansão desta República para sul, na península italiana. O Império Otomano encontrava-se em confronto com os franceses desde setembro de 1798, após o início da Campanha do Egito.4

Índice [esconder]

1 Antecedentes

1.1 Consequências do Tratado de Campoformio

1.2 Expansão francesa em Itália

1.3 Expansão francesa na Suíça

1.4 A Campanha do Egito

2 Formação da Segunda Coligação

3 Portugal na Guerra da Segunda Coligação

4 A guerra

4.1 Período anterior a Napoleão

4.1.1 A guerra na Itália

4.1.2 A guerra na Alemanha

4.1.3 A guerra na Holanda

4.1.4 A guerra na Suíça e nos Alpes

4.2 Período napoleónico

4.2.1 A guerra na Itália

4.2.2 A guerra na Alemanha

4.2.3 A guerra em Portugal

5 O fim da Segunda Coligação

6 Ver também

7 Notas

8 Referências

9 Bibliografia

Antecedentes

Consequências do Tratado de Campoformio

Entrada das tropas francesas em Roma, a 15 de fevereiro de 1798. Tela de Hippolyte Lecomte.

O Tratado de Campoformio, que pôs um fim formal à Guerra da Primeira Coligação, alterou o mapa político europeu. No norte de Itália, a França tinha obtido, do Reino da Sardenha, o Ducado de Saboia e o Condado de Nice pelo Tratado de Paris de 1796. Por este tratado, os franceses obtinham o direito de atravessar os territórios do Piemonte em direção ao Ducado de Milão que se encontrava sob domínio austríaco. Em compensação pela perda da Bélgica, a Áustria recebeu o território da República de Veneza, incluindo as suas possessões na Ístria e na Dalmácia. Dos territórios de Veneza, a França reteve as Ilhas Jónicas como bases navais. No final da sua primeira campanha em Itália, Napoleão reuniu na República Cisalpina os territórios que os franceses tinham dominado durante a guerra. À República de Génova foi imposto um governo de acordo com os interesses franceses e esta passou a designar-se República da Ligúria. O Ducado de Parma manteve a sua entidade política, embora sob controlo dos franceses. A República de Lucca e o Grão-Ducado da Toscana mantiveram a sua independência. Os Estados Pontifícios perderam para a República Cisalpina alguns territórios: Romanha, Bolonha e Ferrara.5 6

Francisco I da Áustria cedeu os Países Baixos Austríacos (Bélgica) à França e, na qualidade de imperador do Sacro Império Romano-Germânico (como Francisco II) cedeu os territórios alemães da margem esquerda do rio Reno. A França atingia, assim, as chamadas fronteiras naturais, isto é, avançou as fronteiras até aos limites geográficos materializados pelo rio Reno, pelos Alpes e pelos Pirenéus. A França prometeu à Áustria que usaria a sua influência para ajudar o imperador Francisco II a obter Salzburgo e parte da Baviera.7 A República Batava (Holanda) tinha sido criada pelos patriotas holandeses, com o apoio das forças francesas invasoras, em 16 de maio de 1795 e, desde essa data, manteve-se um Estado satélite da França.8

Expansão francesa em Itália

Em setembro de 1791, os franceses tinham anexado Avinhão e o Condado Venaissino, territórios pontifícios. Esta facto agravou as relações entre a França revolucionária e a Santa Sé. As conquistas francesas durante a guerra foram mantidas sob a forma daquelas repúblicas irmãs, que mais não eram que Estados satélites de França. Após a assinatura do Tratado de Campoformio era suposto manter o status quo, mas os franceses iniciaram um período de expansão na Itália.9 Em 1796, Bolonha e Ferrara, a norte dos Estados Pontifícios, foram colocadas sob controlo da República Cisalpina. Em dezembro de 1797, em Roma, registaram-se algumas manifestações durante as quais foi assassinado o general francês Léonard Mathurin Duphot, que para ali se tinha dirigido com o embaixador francês José Bonaparte, a fim de tentarem incitar e apoiar uma revolta republicana. Este incidente foi o pretexto para os franceses enviarem o seu Exército de Itália, sob o comando do general Louis-Alexandre Berthier. Os Estados Pontifícios foram ocupados, as tropas francesas foram aclamadas como libertadoras pelos democratas romanos e, a 12 de fevereiro de 1798, foi estabelecida a República Romana.10 O papa Pio VI foi feito prisioneiro, enviado para Siena e daí para Valença, onde morreu no ano seguinte. Em 1798, Maria Carolina da Áustria influenciou o seu marido, o rei Fernando IV de Nápoles, a invadir a República Romana. As tropas napolitanas ocuparam Roma mas os franceses contra-atacaram e, no dia 20 de janeiro de 1799, o general Jean Étienne Championnet atacou Nápoles. No dia 23 de janeiro foi proclamada a República Napolitana, que os franceses foram obrigados a abandonar a meio desse mesmo ano de 1799.11

Os limites dos cantões de acordo com a Constituição Helvética de 12 de abril 1798 e as resoluções de 04 de maio de 1798. Os territórios marcados com traços cinzentos paralelos e inclinados são os territórios que, em 1798 e 1799, estavam anexados pela França e pela República Cisalpina.

Expansão francesa na Suíça

Em abril de 1798, os franceses ocuparam a Suíça, onde a Revolução Francesa teve uma forte repercussão. Uma série de revoltas registaram-se em diversos cantões da Suíça. Durante esse conflito interno, o político suíço Frederico César de La Harpe propôs a intervenção de tropas francesas com a finalidade de impor os princípios revolucionários em todos os cantões. No início do ano de 1798, as tropas francesas entraram no cantão de Vaud, que tinha proclamado a independência e, a partir daí, foi feita a ocupação de toda a Suíça. Estes acontecimentos conduziram à proclamação da República Helvética a 12 de abril de 1798, organizada segundo o modelo francês. No dia 19 de agosto de 1798, a República Helvética e a República Francesa assinaram um tratado de defesa mútua. A França, entretanto, tinha anexado os cantões de Genebra, Neuchâtel, Berna e o território do bispo de Basileia, atual Jura.12

A Campanha do Egito

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