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A Historia Da Educação No Brasil

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Por:   •  25/3/2015  •  1.501 Palavras (7 Páginas)  •  544 Visualizações

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Os jesuítas tinham o interesse em converter os nativos a fé católica por meios de métodos pedagógicos utilizados para catequizar o povo indígena.

O modelo Educacional foi implantado pelos jesuítas foi através do Ratio Studiorum (era composto por um conjunto de regras que envolvia desde a organização escolar até a observação estreita da doutrina cristã). Esse modelo educacional tinha como interesse atingir os seguintes objetivos:

- objetivo doutrinário: que visava ensinar a religião e a prática cristã aos índios;

- objetivo econômico – visava a instituir o hábito do trabalho como princípio fundamental na formação da sociedade brasileira;

- objetivo político – visava a utilizar os índios convertidos contra os ataques dos índios selvagens e, também, dos inimigos externos.

Os jesuítas foram responsáveis pela formação da elite nacional, pela criação da primeira rede de ensino no país e também destacando importância social dos jesuítas para sociedade colonial.

A constituição de 1824 estabeleceu a gratuidade do ensino primário a todos os cidadãos; bem como a criação de colégios e universidades para o ensino de Ciências, Artes e Letras.

Não foi concretiza, pois a educação estava limitada apenas as elites que governavam e não se estendiam aos demais cidadãos.

*O modelo educacional implantado pelos jesuítas no Brasil - Colônia tinha como principal missão a catequização/conversão dos índios; mas estava totalmente ligado ao projeto Português para o Brasil, que era o processo de colonização e povoamento da colônia brasileira; pois os jesuítas recebiam subsídios do governo português, mantendo-se atrelado a ele; pois a ordem jesuítica não foi criada apenas com interesses educacionais. Embora inseridos no contexto social português, os jesuítas foram grandes responsáveis pela criação da primeira rede de ensino no país; foram os responsáveis pela formação da elite nacional e as reformas educacionais brasileiras.

*Os jesuítas criaram no Brasil colônia, de 1550 a 1759, um sistema completo de educação do ensino elementar ao superior [5] . Ao contrário de Portugal, onde tiveram que enfrentar as resistências de outras ordens religiosas e da Universidade de Coimbra ao seu projeto hegemônico de educação, no Brasil encontrou um terreno praticamente virgem, apesar da presença dos franciscanos, para a implantação de sua cultura tradicional.

Além desta clivagem de sentido religioso, o sistema educacional instituído no Brasil pelos jesuítas atendeu, também, aos interesses da dominação da monarquia portuguesa na medida em que, nos colégios criados e mantidos nos centros urbanos mais importantes, passaram a formar, além de missionários, quadros para o aparelho do Estado, e a cuidar da educação das elites. No decorrer do século XVI organizaram um sistema de ensino; no século XVII realizaram a expansão horizontal do sistema e, no século XVIII, criaram os seminários.

O sucesso do empreendimento educacional dos jesuítas repousava, entre outros fatores, na sua organização, no seu método de ensino e de ação: o Ratio Studiorum Societas Jesu, promulgado em 8 de janeiro de 1599. Minucioso, prescrevia regras detalhadas sobre os diversos modos, conteúdos e disciplinas de ensino, exercendo controle rígido sobre os livros a serem adotados para os estudantes.

Com a Proclamação da República no Brasil, em 1889, deu-se a separação entre a Igreja e o Estado. Esta separação teve repercussão na educação escolar que, a partir de 1920, passou a ser concebida e realizada por um grupo de educadores inspirados nos ideais escolanovistas. Foram realizadas reformas nas unidades da federação que seguiram o modelo de educação pública voltada para o fortalecimento dos laços entre cidadão e Estado. A educação pública passou a investir nas idéias de nacionalidade, civilidade e cidadania, restringindo ou mesmo interditando a presença do debate religioso em suas escolas. Em dois documentos emblemáticos, os Manifestos da Educação de 1932 e de 1959, os educadores escolanovistas, seus seguidores e simpatizantes divulgaram para a sociedade a necessidade de defesa de uma escola pública única, laica e gratuita como melhor meio de dar a todos o acesso a educação escolar.

O Manifesto de 1932 teve as suas teses razoavelmente acolhidas possivelmente pelo momento político favorável. Atravessava-se um período pós-revolucionário no qual o Estado Nacional precisava de argumentos e meios de fortalecimento para se sobrepor a experiência federalista da República Velha. Já o Manifesto de 1959 surgiu como resposta as tentativas de interesses privatistas e confessionais de retomarem o controle sobre o sistema educacional. Além do Manifesto, os educadores escolanovistas realizaram, no bojo de um movimento nacional, várias ações que compuseram uma campanha contra o “substitutivo Lacerda” ao Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O “substantivo Lacerda” também conhecido como “projeto medieval”, encampava a defesa dos interesses privatistas e confessionais.

Para os defensores intransigentes do projeto público e estatal de ensino, 1959 representou um tentativa da Igreja retomar a hegemonia da educação “sob o pretexto de que esse é um problema particular das famílias, uma questão privada, e que não cabe ao estado intrometer-se nele mas apenas facilitar para que os pais eduquem e instruam os filhos como desejarem” (Lemme, 2000:120) [6] . A este argumento o próprio Lemme contrapunha outro: a educação pública não tem nada a ver com a vida sobrenatural, pois ela tem um campo bem delimitado de atuação ao tratar da transmissão de conhecimentos essenciais ao cidadão comum, independente de credo ou preferencia política.

Os dois exemplos citados retratam as dificuldades e os embates que marcaram o campo educacional. Vale a pena relembra-los nesta fase da globalização em que o Estado Nacional enfraquecido começa a ter contestada a tese de ensino público, laico e gratuito diante de interesses privatistas e confessionais que alastram visões do paraíso e se fundam em promessas

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