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A Sociedade em Atenas

Por:   •  18/8/2019  •  Dissertação  •  574 Palavras (3 Páginas)  •  222 Visualizações

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        Na Grécia clássica mais especificamente na cidade de Atenas surgiu o que chamamos hoje de democracia. Foi implementada após uma série de reformas que buscava tirar o controle da polis da aristocracia ateniense que era conhecida como eupátridas ou bem-nascidos. Apesar de ter o mesmo nome, a democracia ateniense era um pouco diferente da nossa, os cidadãos atenienses se reunião na assembleia popular (Eclésia). A Eclésia acontecia pelo menos dez vezes por ano e geralmente em praça pública, lá os cidadãos atenienses podiam participar de forma direta nas discursões das leis. Existia Também uma espécie de senado que era conhecido como Bulé, formado por cerca de 500 integrantes, dentre as várias atribuições era aconselhar sobre assuntos de interesse público, analisar e executar os projetos de lei que eram discutidos na Eclésia, pois as decisões da assembleia popular eram soberanas. Outra instituição importante na democracia ateniense era a Helieia, que era um tribunal popular.

        Para entendermos melhor democracia ateniense precisamos conhecer a “pirâmide social” ateniense que era formada por escravos, metecos (estrangeiros) e os cidadãos atenienses.

        Os escravos eram a base dessa pirâmide social ateniense, não tinham direito a voto na Eclésia. Apesar de parecer controverso falar da relação entre escravidão e democracia, em Atenas os escravos tinham papel importante na democracia, “escravidão e democracia: aparentemente, não há duas palavras mais incomparáveis. Entretanto, não é exagero dizer que a democracia ateniense dependia da existência da escravidão.” (FUNARI, 2012). Os escravos faziam os trabalhos manuais que o cidadão não queria fazer, possibilitando assim mais tempo para que ele se dedicasse a vida política.

        Apesar de serem homens livres os metecos não eram considerados cidadãos atenienses, geralmente eram gregos de outras regiões ou estrangeiros de outros locais, pagavam diversas taxas ao Estado, eram obrigados a se inscrever como meteco e estavam bastante suscetíveis a escravidão. Boa parte era comerciante e prestava alguns serviços na polis, sendo também fundamentais para a democracia ateniense.

Os cidadãos atenienses estavam no topo da “pirâmide social”, tinham direito a liberdade individual, uma relação de igualdade com outros cidadãos e o direito de participar diretamente da Eclésia, “em Atenas, eram considerados cidadãos apenas os homens adultos (com mais de 18 anos de idade) nascidos de pai e mãe atenienses.” (FUNARI, 2012).

Ao analisar a estrutura social de Atenas podemos identificar que na pratica a etimologia da palavra democracia (dēmokratía, de dêmos 'povo' + * kratía 'força, poder) não era aplicado em Atenas, pois o povo era reduzido a uma pequena parcela da população que tinha um status de cidadão ateniense, a ideia de cidadania e de democracia ateniense era excludente, pois excluía, pois excluía mulheres, escravos e metecos não tinham direito a participação politica e não eram considerados cidadãos.

Atenas era uma democracia imperialista, com o crescimento das instituições democráticas e através da influência de Atenas na Liga de Delos, o imperialismo ateniense foi se acentuando, e aos poucos foi exercendo autoridade e explorando os outros membros da liga.

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