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ANOS 60

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Por:   •  15/3/2015  •  4.907 Palavras (20 Páginas)  •  289 Visualizações

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Documentário sobre a década de 60

No Brasil

A TV NA DÉCADA DE 60

Os anos 60 trouxeram renovações para o veículo que alteraram profundamente o seu comportamento. As novidades tecnológicas permitiram maior agilidade e maior alcance da informação iniciando as condições para que a televisão se consolidasse como o mais importante veículo de comunicação.

Dois gêneros de programas contribuíram para que a TV se tornasse fenômeno de comunicação de massa no país: o programa de auditório (com a introdução dos comunicadores) e a telenovela.

Profissionais como Chacrinha (Abelardo Barbosa), Flávio Cavalcanti, Hebe Camargo e Silvio Santos surgiram, cada um com um estilo próprio, e todos obtendo enorme audiência para as emissoras nas quais trabalhavam. Os comunicadores Chacrinha e Silvio Santos dirigiam-se a um público de nível sócio-cultural mais baixo, apresentando atrações de apelo popular como calouros, gincanas, distribuição de brindes, concursos, premiações e outros.

O Estado investiu na propagação da televisão: construiu um moderno sistema de microondas com o dinheiro arrecadado pelo Fundo Nacional de Telecomunicações e gerenciado pela recém-criada EMBRATEL; abriu crédito para a compra de receptores; forneceu infra-estrutura para a sua expansão. A EMBRATEL tinha a função de prestar serviços no setor das comunicações nacionais, implantando, mantendo, explorando e expandindo o sistema nacional. A Globo foi pioneira na transmissão, via satélite, em1968, do lançamento da nave espacial Apollo IX.

Principais acontecimentos da década de 60:

Inauguração a TV Cultura de São Paulo, em 1963, canal 2, pelos Diários Associados.

Inauguração da TV Globo do Rio de Janeiro, canal 4, empresa de Roberto Marinho. Às 11h do dia 26 de abril de 1965, a Rede Globo de Televisão entra no ar em São Paulo, através do Canal 5 (antiga TV Paulista, adquirida do grupo Victor Costa).

Em 1966, vai ao ar na Rede Globo o programa de Sílvio Santos "Música e Alegria", aos Domingos com quatro horas de duração.

Em 1967 é criado o Ministério das Comunicações que engloba a Empresa Brasileira de Correio de Telégrafos, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL), apesar de funcionar desde 62, e a Companhia Telefônica Brasileira

No dia 1º de Setembro de 1969, estréia o "Jornal Nacional", da Rede Globo, primeiro programa regular a ser transmitido em rede nacional e que marca o início das operações em rede no Brasil. Apresentado

por dois locutores: Heron Domingues (o repórter Esso) e Léo Batista. Inaugurou assim um novo estilo de jornalismo na TV brasileira:

Em 1969 TV Excelsior é extinta.

O RÁDIO NA DÉCADA DE 60

A Jovem Guarda da década de 60

O censo de 1960 nos fornece ainda dados quando às principais características dos domicílios particulares, nos quais detalha itens tais como o abastecimento de energia elétrica e a posse de aparelhos eletrodomésticos como rádio, geladeira e televisão, entre outros.

Pode-se observar a proximidade entre os índices de fornecimento de energia elétrica e o da existência de aparelhos de rádios nos domicílios visitados - 38,54% do total com energia elétrica e 35,38% do total com aparelhos de rádio. Do mesmo modo se pode perceber que somente uma pequena parcela da população tinha acesso aos aparelhos de televisão - 4,6% do total -, sendo que se passarmos para o quadro rural, o número domicílios que possuíam de aparelhos de televisão é inexpressivo.

A proximidade entre os índices de energia elétrica e de aparelhos de rádio nos permite afirmar que ocorreu um processo de popularização do rádio, fazendo dele quase que uma presença obrigatória nos lares brasileiros, uma espécie de utensílio indispensável. Os aparelhos de rádio dos anos 40 e 50 ainda eram relativamente grandes, principalmente se comparados ao tamanho dos atuais, e necessitam de energia elétrica ou de geradores para funcionarem - os aparelhos transistorizados somente invadiram efetivamente o mercado nacional no final dos anos 60. As próprias características físicas do aparelho de rádio faziam com que ele ainda se mantivesse como um aparelho de escuta coletiva, o que permitia uma possível troca de impressões entre aqueles que se reuniam em torno dele. É importante chamar a atenção para o fato de que no período citado as famílias brasileiras mantinham o hábito de se reunirem para jantar, ouvir o rádio e conversarem sobre as notícias do dia.

O rádio chegava ao final dos anos 50 e início dos 60, consolidado em sua posição de meio de comunicação de massa, como um elemento fundamental na formação de hábitos na sociedade brasileira. Dos anos 30 aos 60, o rádio foi o meio através do qual as novidades tecnológicas, os modismos culturais, as mudanças políticas, as informações e o entretenimento chegavam ao mesmo tempo aos mais distantes lugares do país, permitindo uma intensa troca entre a modernidade e a tradição. O rádio ajudou a criar novas práticas culturais e de consumo por toda a sociedade brasileira.

MÚSICA – (Intérpretes e compositores)

O iê-iê-iê de Roberto Carlos e da Jovem Guarda ajudou a embalar a década de 60 no Brasil. Um período marcado também por inesquecíveis festivais da música popular brasileira, que fizeram despontar nomes como Elis Regina e Jair Rodrigues, Da bossa nova surgiram grandes compositores e intérpretes - Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Nara Leão, Elis Regina, Elisete Cardoso, Johnny Alf, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Luiz Bonfá, Baden Powell, e tantos outros.

Em 1966, a gravação de um disco de Frank Sinatra, com as composições de Tom Jobim, popularizou ainda mais a bossa nova, já mundialmente conhecida com a gravação de Garota de Ipanema, de Tom e Vinícius, por cantores de renome em vários países.

Da influência do samba e da bossa nova - não propriamente dos ritmos, mas da sua brasilidade - surgiu na metade da década de 60 o Tropicalismo, movimento liderado pelos compositores Caetano Veloso

(Alegria, Alegria) e Gilberto Gil (Domingo no Parque). Esta tendência musical misturava as manifestações da cultura popular, a arte de vanguarda e crítica social.

O Tropicalismo teve forte influência na estética de filmes, peças teatrais, artes plásticas e livros, mas se expressou integralmente através da música, atraindo seguidores de

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