TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Amazônia: 1970 - 2010

Monografias: Amazônia: 1970 - 2010. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/5/2014  •  929 Palavras (4 Páginas)  •  188 Visualizações

Página 1 de 4

1970 - As diversas políticas públicas de ocupação da porção oeste do território brasileiro refletiram diretamente no aumento do contingente populacional da região e, em 1970, a Amazônia atingiu sete milhões de habitantes. Como consequência dessa ocupação sem o devido planejamento, começaram a surgir os primeiros problemas ambientais significativos, sendo que 14 milhões de hectares foram desmatados em 1978.

No início dos anos 1970, por meio do PIN (Programa de Integração Nacional), o governo brasileiro aplicou recursos para a abertura de 15.000 km de estradas. A rodovia Transamazônica foi o grande símbolo da integração nacional. Era tida pelo governo como a rodovia que ligaria "uma terra com muitos homens" – o Nordeste – a "uma sem homens" – a Amazônia. Na verdade, foi uma tentativa de diminuir no Nordeste a pressão popular por uma distribuição de terras e por uma reforma agrária.

Longe dali, uma descoberta iria influenciar o futuro da Amazônia: em 1974, Frank Rowland e Mario Molina provam que substâncias utilizadas em aerossóis e sistemas de refrigeração destroem a camada de ozônio.

O assunto ganha repercussão internacional e os desmatamentos nas florestas também passam a ser questionados, e até então, a discussão ambiental era vista como uma questão "burocrática" ou como de "intimidação por parte daqueles que se sentiam prejudicados"

Um novo fenômeno mexe com a vida das pessoas: a venda e a disputa por terras. Torna-se cada vez mais comum o comércio de terras, muitas vezes sem controle ou documentação. Era comum os lotes serem cercados sem o devido controle do governo.

Em 1976, o governo faz a primeira regularização de terras na Amazônia. Uma Medida Provisória permitiu a regularização de propriedades de até 60 mil hectares que tivessem sido adquiridas irregularmente, mas "com boa fé".

A população da Amazônia Legal chega a 7 milhões de pessoas.

1980 - Os desmatamentos intensificaram-se, impulsionados pela venda de madeiras e expansão das atividades agropecuárias. Esse fato gerou repercussões internacionais, fortalecendo o discurso de internacionalização da Amazônia, que era erroneamente considerada o “pulmão do mundo”. Para agravar ainda mais a situação, em 1988, o seringueiro, ativista ambiental e líder sindical dos seringueiros, Chico Mendes, foi assassinado. Nesse mesmo ano, foi introduzido o PRODES (Sistema de Satélite para Monitorar o Desmatamento na Amazônia).

As discussões sobre meio ambiente começam a mudar na década de 1980. O assassinato do líder sindical Chico Mendes, em 1988, é considerado um "divisor de águas" na história da Amazônia.

Morte de Chico Mendes foi "divisor de águas" na história da Amazônia

Foi a partir desse crime que o governo brasileiro passou a sofrer pressões - inclusive internacionais - a respeito de suas políticas para a Amazônia.

O governo reage com algumas iniciativas, mas, segundo os historiadores, as ações são ainda pontuais e insipientes.

1990 - A realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada de Eco-92, coloca definitivamente a questão ambiental e a Amazônia na pauta das grandes discussões mundiais. A ideia de que as florestas precisam ser preservadas conquista o imaginário popular.

A soja passou a ser cultivada na região, sobretudo por migrantes do Sul e Sudeste do Brasil e se transforma em um dos vilões do desmatamento devido a área desmatada ter atingido a marca de 41 milhões de hectares.

Ao mesmo tempo, a soja chega à Amazônia. O grão, que desde a década de 1970 já figurava entre os principais produtos da pauta de

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com