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Carta Foral

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Por:   •  20/8/2013  •  457 Palavras (2 Páginas)  •  499 Visualizações

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carta foral

O governo Português não tinha recursos financeiros próprios para investir no processo de colonização brasileira. Por isso, resolveu implantar um sistema em que essa tarefa fosse transferida para as mãos da iniciativa particular.

Assim, em 1534, o rei de Portugal dividiu o Brasil em 15 grandes lotes (As capitanias hereditárias) e os entregou a pessoas de razoáveis condições financeiras, os donatários.

O donatário era a autoridade máxima dentro da sua capitania, tendo a responsabilidade de desenvolvê-la com seus próprios recursos. Com a morte do donatário a administração da capitania passava para seus descendentes. Por esse motivo as capitanias eram chamadas de Capitanias Hereditárias.

O Vinculo entre o rei de Portugal e o donatário era estabelecido em dois documentos básicos.

CARTA DE DOAÇÃO

Conferia ao donatário a posse hereditária da capitania. Posse, aqui não significa o domínio exercido pelo proprietário. Ou seja, os donatários não eram proprietários das capitanias, mas apenas seus administradores.

CARTA FORAL

Estabelecia os direitos e deveres dos donatários, relativos a exploração das terras.

Direitos e Deveres dos Donatários

Criar vilas e distribuir terras a quem deseja-se cultiva-las.

Exercer plena autoridade no campo judicial e administrativo, podendo inclusive autorizar pena de morte.

Escravizar os índios, obrigando-os a trabalhar na lavoura. Também podiam enviar índios como escravos para Portugal, até o limite de 30 por ano.

Receber a vigésima parte dos lucros sobre o comércio do Pau-Brasil.

O donatário era obrigado a entregar 10% de todo o lucro sobre os produtos da terra ao rei de Portugal.

1/5 dos metais preciosos encontrados nas terras do donatário deveria ser entregue a coroa portuguesa.

O monopólio do Pau-brasil.

Observando essa divisão de direitos e deveres dos donatários, percebe-se claramente que o rei de Portugal reservava para si os melhores benefícios que a terra poderia oferecer. Quantos aos encargos, isto é, despesas necessárias para a colonização ficavam com os donatários.

O sistema de capitanias hereditárias não alcançou do ponto de vista econômico, o sucesso esperado pelos donatários. Somente as capitanias de Pernambuco e São Vicente conseguiram relativa prosperidade, rendendo lucros com a lavoura canavieira .

As demais fracassaram em conseqüências de várias causas como:

A falta de dinheiro dos donatários.

Falta de pessoas para trabalhar na lavoura.

O constante ataque de tribos indígenas, revoltadas contra a escravidão que o colonizador queria impor.

Dificuldade de comunicação entre as capitanias e Portugal, decorrente da enorme distancia e dos péssimos meios de transporte.

Pouquíssima participação dos donatários no lucro obtido

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