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Carvalho

Resenha: Carvalho. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/5/2014  •  Resenha  •  890 Palavras (4 Páginas)  •  190 Visualizações

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Uma das prováveis razões, apontadas por Carvalho, passa pela natureza do percurso da história brasileira. A lógica evolutiva social de Marshall fora invertida no Brasil. Pois, primeiro vieram os direitos sociais, implantados em período de supressão de direitos políticos e de redução dos direitos civis por um ditador popular, e após, de maneira bizarra, surgem os direitos políticos, voto, representação política de forma apenas decorativas do regime militar. Por fim, até hoje os direitos civis continuam inacessíveis à maioria da população e colocando a pirâmide dos direitos de cabeça para baixo, invertendo completamente a base da seqüência de Marshall.

O livro está organizado por capítulos que cronologicamente evoluem a história nacional e por fim chegam ao período atual e evidencia claramente as víscerasdos monstruosos problemas sociais enfrentados pela sociedade brasileira.

Capítulo I: Primeiros passos (1822-1930)

Mesmo partindo e atendo-se ao Brasil independente, Carvalho sintetiza o período anterior, aonde, chegou-se ao fim do período colonial com a grande maioria da população excluída dos direitos civis e políticos e sem a existência de um sentido de nacionalidade e que posiciona o início dos desafios da nação embrionária.

Em seu primeiro capítulo a obra de Carvalho percorre 108 anos da história do país, desde a independência, em 1822, até o final da Primeira República, em 1930. Fugindo da divisão costumeira da história política do país, englobando o período do Império (1822-1889) e a Primeira República (1889-1930). Do ponto de vista do progresso da cidadania, a única alteração importante que houve foi a abolição da escravidão, em 1888.

Incorporados os ex-escravos aos direitos civis. Mesmo assim, a incorporação foi apenas formal e não real. A passagem de um regime político para outro em 1889 trouxe pouca mudança. Mais importante, pelo menos do ponto de vista político, foi o movimento que pôs fim à Primeira República, em 1930.

Capítulo II: Marcha acelerada (1930-1964)

O período considerado divisor de águas vai desde a deposição de Washington Luis (1930) com aceleradasmudanças sociais e políticas, principalmente, nos direitos sociais, dentre eles a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, leis trabalhistas, previdenciárias e CLT (1943). Mesmo alternando entre ditaduras e regimes democráticos, ocorreu redenção do voto popular, crescimento da lisura no processo eleitoral e a política populista. Entretanto, decaindo em novo golpe (1964) pela conjuntura não apenas interna, mas de um mundo em globalização política conturbada.

Capítulo III: Passo atrás, passo adiante (1964-1985)

O terceiro capítulo adentra ao período do regime ditatorial em que os direitos civis e políticos foram restringidos pela violência. Podendo dividi-los entre 1964 a 1968 com intensa atividade repressiva e abrandamento pelas forças liberais das forças armadas, seguido pelo período de 1968 a 1974 de truculento e sombrio impacto nos direitos políticos e civis. Por fim de 1974 até 1985 com a eleição indireta de Tancredo Neves e passando por uma lenta e gradual liberalização do sistema, mas com série crise econômica.

Capítulo IV: A cidadania após a redemocratização

Com a constituição de 1988 almejou-se um aspecto mais liberal e democrático ao país, denominada Constituição Cidadã. Com a eleição direta de 1989 para presidente outras se sucederam em clima de normalidade, mas comum processo de impedimento de Collor, no entanto, sem causar maiores instabilidades democráticas. Entretanto, continuam os problemas econômicos, desigualdade, desemprego e na

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