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Escravidão

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Por:   •  14/5/2014  •  Seminário  •  614 Palavras (3 Páginas)  •  123 Visualizações

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A escravidão, também conhecida como escravismo ou escravatura, foi a forma de relação social de produção adotada, de uma forma geral, no Brasil desde operíodo colonial até o final do Império. A escravidão no Brasil é marcada principalmente pela exploração da mão de obra negra, trazida do continente africano e transformada em escrava no Brasil, pelos europeus colonizadores do País. Mas é necessário ressaltar que muitos indígenas também foram vítimas desse processo. Aescravidão indígena foi abolida oficialmente pelo Marquês do Pombal, no final do século XVIII.1

Os escravos foram utilizados principalmente na agricultura – com destaque para a atividade açucareira –e na mineração, sendo, assim, essenciais para a manutenção daeconomia. Alguns deles desempenhavam também vários tipos de serviços domésticos e/ou urbanos. A escravidão só foi oficialmente abolida no Brasil com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.2 No entanto, o trabalho compulsório e o tráfico de pessoas permanecem existindo no Brasil atual, constituindo a chamadaescravidão moderna, que difere substancialmente da anterior.

Escravidão entre os indígenas[editar | editar código-fonte]

"Família de um chefe camacã se prepara para uma festa", deJean Baptiste Debret - Os índios foram os primeiros escravos no Brasil

Recibo de compra e venda de escravos. Rio de Janeiro, 1851.

No que viria a ser o Brasil, a escravidão já era praticada pelos índios, na sua forma mais primitiva, bem antes da chegada dos europeus. Entre os tupinambás, que eramantropófagos, a maioria dos escravos eram capturados nas tribos inimigas e acabavam sendo devorados.3 Porém, entre a captura e a execução, eles poderiam viver como escravos durante anos. Entre os tupinambás a escravidão não tinha nenhum valor econômico. Os cativos apenas serviam para serem exibidos como troféus de valor militar e honra ou como carne a ser devorada em rituais canibalescos que poderiam acontecer até quinze anos após a captura. Os escravos eram incorporados à comunidade, sendo que algumas escravas se casavam com os homens da tribo. Porém, os cativos reconheciam-se como escravos e como homens derrotados e o sentimento de degradação entre eles era forte. Mesmo se escapassem, não seriam aceitos pela sua tribo de origem, tamanho era o estigma em ter sido reduzido à escravidão, fazendo com que servissem ao seu senhor fielmente, sem a necessidade de serem vigiados. Embora os escravos fossem geralmente bem tratados entre os tupinambás, eles tinham consciência que estavam condenados e que, a qualquer tempo, poderiam ser executados e devorados em orgias canibalescas, inclusive as mulheres incorporadas à tribo como esposas.3

Entre as tribos índias que não eram canibais, mas praticavam a escravatura, os papanases não tinham costume de matar os que os ofendiam, mas faziam deles escravos. Os guaianás não comiam carne humana e faziam os prisioneiros escravos. Os tapuias também faziam os cativos escravos.4 Relata Gabriel Soares de Sousa no Tratado descritivo do Brasil em 1587:

[...] não são os guaianases maliciosos, nem refalsados, antes simples e bem-acondicionados,

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