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Etnoccentrismo

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Por:   •  24/3/2015  •  479 Palavras (2 Páginas)  •  163 Visualizações

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Segundo o autor, como uma espécie de pano de fundo da questão etnocêntrica temos a experiência de um choque cultural. De um lado, conhecemos um grupo do “eu”, o “nosso” grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma, empresta á vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí, então, nos deparamos comum “outro”, o grupo do “diferente”. O grupo do “eu” faz da sua visão a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do “outro” fica como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível. A sociedade do “eu’ é a melhor, a superior, representada como o espaço da cultura, e da civilização por excelência. A sociedade do “outro” é atrasada. São selvagens, os bárbaros.Segundo Rocha, etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e de todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo hostilidade, etc.

Em primeiro lugar, não é necessário ser um nenhum detetive ou especialista em Antropologia Social para perceber que , neste Cho que de culturas, entre o pastor e o índio, os personagens privilegiaram as funções estéticas, ornamentais, decorativas de objetos que, na cultura do “outro”, desempenham funções que seria principalmente técnicas. Para o pastor, o uso inusitado do seu relógio causou tanto espanto quanto o que causaria ao jovem índio conhecer o uso que o pastor deu a seu arco e flecha. Cada um “traduziu” nos termos de sua própria cultura o significado dos objetos cujo sentido original foi forjado na cultura do “outro”. O etnocentrismo passa exatamente por um julgamento do valor da cultura do “outro” dos termos da cultura do grupo do “eu”.

Segundo o autor, a mudança nas sociedades se daria pela invenção, conseqüência do aperfeiçoamento do espírito científico. Temos dois marcos básicos. No extremo inferior os povos “primitivos” e no extremo superior os povos ditos “civilizados”. Cada item da cultura serve para demonstrar o percurso do primitivismo à civilização e encontrar para as sociedades um lugar neste caminho. Os itens culturais faziam papel de régua com a qual se media a distância histórica entre os povos.

Rocha diz que a contribuição de um dos antropólogos mais famosos da época, Lewis Morgan, foi exatamente calcular as sociedades segundo seu grau de evolução. Para Morgan, a “acumulação do saber” e o progresso da “faculdades mentais e morais dos homens” vão marcando as mudanças de estádios no caminho da evolução. Divide os cem mil anos de história humana em três períodos básicos – selvageria, barbárie e civilização.

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