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Eugeniya

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Por:   •  25/9/2014  •  Relatório de pesquisa  •  4.659 Palavras (19 Páginas)  •  186 Visualizações

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3.1.1-A Eugenia

A palavra eugenia significa literalmente “bem-nascida” e interpreta-se como sendo a procura da raça perfeita. A eugenia pretende melhorar a raça humana até gerar o "super-homem", ou seja, a raça 100% exemplar. Esta nasceu na época em que a ciência revolucionava o mundo da técnica O termo Eugenia foi criado por Francis Galton (1822-1911), que o definiu como:

“O estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente” (GALTON. F, 1883).

Galton publicou um livro, o “Hereditary Talent and Genius” onde dizia que:

“[...] as forças cegas da seleção natural, como agente propulsor do progresso, devem ser substituídas por uma seleção consciente e os homens devem usar todos os conhecimentos adquiridos pelo estudo e o processo da evolução nos tempos passados, a fim de promover o progresso físico e moral no futuro”. ( Galton, F. (1869). Hereditary Genius: Uma Investigação sobre suas leis e conseqüências . London: Macmillan,p.1(Reproduzido,Bristol:Thoemmes Press,1999).

Quando posta em prática foi interpretada de dois modos distintos: eugenia positiva e eugenia negativa. A eugenia positiva é o favorecimento de raças consideradas superiores, sem matar as raças consideradas inferiores. A eugenia negativa é o favorecimento das raças superiores com a aniquilação das raças inferiores.

Figura 01: Francis Galton, o criador da eugenia, aos 87 anos. Fonte: Google imagens 2013.

3.1.2-As aplicações atuais da eugenia:

• -Aborto;

• -A fecundação in vitro com transferência de embriões;

• -A esterilização involuntária;

• -A eutanásia.

3.1.3-A História da Eugenia

A eugenia começou com a publicação, em 1859, de um livro “A Origem das Espécies” de Charles Darwin. Aí afirmou que existem espécies superiores e inferiores que são escolhidas pela seleção natural, ou seja, o ambiente. Também afirmou que as espécies evoluem gradualmente à medida que os indivíduos mais aptos vivem mais e deixam mais descendentes. Pela primeira vez, o destino do Mundo deixou de estar nas mãos de Deus e passou a estar nas mãos da Natureza. Darwin restringiu a sua teoria ao mundo natural, mas outros cientistas adaptaram-na às sociedades humanas. O mais importante foi o matemático inglês Francis Galton, primo de Darwin. Em 1865, ele afirmou que a hereditariedade transmitia as características mentais. Ele dizia que, se os membros das melhores famílias se casassem com parceiros escolhidos, poderiam gerar uma melhor raça de homens. Galton inspirou-se nas obras de Gregor Mendel (fundador da genética). A principal experiência de Mendel foi cruzar pés de ervilhas, onde identificou duas características na reprodução: as dominantes e as recessivas. Quando ervilhas de casca enrugada cruzam com as de casca lisa, o descendente tende a ter casca enrugada, pois esse gene é dominante. Os eugenistas viram na genética o argumento para justificar o seu racismo, adaptando as experiências de Mendel ao ser humano. O eugenista Madison Grant, do Museu Americano de História Natural, advertia em sua obra The passing of the great race; or, The racial basis of European history. Nova York, Charles Scribner's Sons, 1916:

“O cruzamento entre um branco e um índio faz um índio, entre um branco e um negro faz um negro, entre um branco e um hindu faz um hindu, entre qualquer raça europeia e um judeu faz um judeu”. (Grand, M.(1916) The Passing of the Great Race: Or, The Racial Basis of European History. C. Scribner's Sons, 1922.476p).

A partir daqui, sai que a raça branca era a raça recessiva apesar de ser considerada a superior, logo, teriam de serem aniquiladas as raças dominantes, consideradas inferiores, ou seja, evitar o cruzamento de raças para as dominantes não “apagarem” a perfeição das superiores. As ideias eugenistas fizeram sucesso entre as elites intelectuais do Ocidente. Estas ideias desenvolveram-se primeiro nos Estados Unidos da América e não na Alemanha.Não tardou até que os eugenistas dos EUA começassem a querer transformar suas teorias em políticas públicas. As primeiras vítimas foram pobres da Virgínia, e depois negros, judeus, mexicanos, europeus do sul, epilépticos e alcoólatras. Estima-se que 60 mil pessoas tenham sido esterilizadas à força nos EUA. Em seguida, países como a Suécia e a Finlândia começaram programas parecidos.Portanto, quando a Alemanha de Hitler começou a esterilizar deficientes físicos e mentais, em 1934, não estava a desenvolver nada novo. Só que Hitler foi mais longe e conseguiu este feito pois afirmou que a ciência estava do seu lado. Com o carimbo da ciência, ainda que meio falsificado, ficou mais fácil para os alemães compactuarem com o absurdo nazista. Para, além disso, Hitler disse ao seu povo que a culpa da crise econômica da Alemanha devia-se aos judeus. É no campo de concentração de Auschwitz que se conhece a maior prática de eugenia e o médico mais famoso é Josef Mengele.

Figura 02: Crianças judias são submetidas ao procedimento em 1936.

Fonte: Google imagens 2013.

3.1.4-Auschwitz

O complexo dos campos de concentração de Auschwitz era o maior de todos os campos criados pelos nazistas. Nele existiam três campos principais onde os prisioneiros faziam trabalho forçado e, por muito tempo, um deles também funcionou como campo de extermínio. Como a maioria dos campos de concentração, Auschwitz possuía câmara de gás e crematório. Entre o crematório e o bloco das experiências médicas ficava a "Parede Negra", frente à qual os guardas das SS (Schutzstaffel) executavam milhares de prisioneiros. Os recém-chegados passavam por uma triagem, na qual a equipa das SS decidia quem era capaz ou incapaz de realizar trabalhos forçados e, quem fosse incapaz era enviado diretamente para as câmaras de gás, que pareciam chuveiros para enganar as vítimas, para que o processo fosse mais rápido. Pelo menos 960.000 judeus foram

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