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Golpe De 1937

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Por:   •  20/11/2014  •  Resenha  •  847 Palavras (4 Páginas)  •  143 Visualizações

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iniciou o período da história brasileira conhecido como Estado Novo.

Mesmo tendo sido o candidato derrotado nas eleições de 1929, o gaúcho Getúlio Vargas seria o presidente durante toda a década de 1930. Isso porque o político recebera o apoio de alguns estados brasileiros para acabar com o modelo político oligárquico que era vigente na República desde sua proclamação, em 1889. Assim, a chamada Revolução de 1930 colocou um fim ao período da República Velha. Getúlio Vargas assumiu a presidência do país e ficaria neste cargo por muito tempo.

Em 1934, deveria haver uma nova eleição para a presidência, porém Getúlio Vargas conseguiu uma manobra política para se manter no poder até a próxima eleição, que seria em 1938.

Em meados de 1937, após oito anos no poder, Getúlio Vargas deveria seguir as instruções da Constituição de 1934 e abrir caminho para que eleições diretas para presidente fossem organizadas. Em um primeiro momento, três candidaturas se lançavam ao posto: Plínio Salgado, líder da AIB, pelo setor de extrema direita; Armando de Sales Oliveira, representando os oligarcas paulistas; e José Américo de Almeida, candidato sustentado pela maioria dos governadores estaduais.

No primeiro instante, Vargas se portava como um fiel cumpridor da carta constitucional ao não interferir nas chapas que se formavam. Se essa era a sua ação na esfera pública, nos bastidores da cena política, ele arquitetava alianças favoráveis a um golpe de Estado que o preservaria no poder. Para tanto, contava com expresso apoio de vários dirigentes do alto comando militar. Além disso, tinha o apoio do deputado Negrão de Lima, que buscou a simpatia dos governantes nos estados.

O gaúcho conseguiu organizar uma nova estratégia que o permitiria continuar na presidência até 1945. As eleições já estavam marcadas para janeiro de 1938, mas, ainda em 1937, ocorreu uma denúncia de que os comunistas estavam tramando para tomar o poder no país. Essa denúncia ocorreu no dia 30 de setembro daquele ano e serviu de base para que Getúlio Vargas colocasse o país em alerta. A suposta estratégia dos comunistas recebeu o nome de Plano Cohen, que se tornaria a peça chave para garantir a permanência de Getúlio Vargas no poder.

Naquele momento, o comunismo já havia ganhado uma repercussão negativa no país, e, por isso, a divulgação do Plano Cohen causou uma forte comoção popular, gerando instabilidade política e o receio de que os comunistas dessem um golpe para assumir o controle político do país. O Plano Cohen sensibilizou a população e também abriu espaço na política para que Getúlio Vargas pudesse declarar, no dia 10 de novembro de 1937, o início de uma ditadura supostamente capaz de caçar e repreender os envolvidos com o comunismo no país.

No entanto, sabe-se hoje que o Plano Cohen era um documento falso que foi forjado por um integralista, o capitão Olímpio Mourão Filho. A ala militar não estava satisfeita com a subversão que se esboçava no território brasileiro. Getúlio Vargas se aproveitou disso e do repúdio ao comunismo para conquistar o apoio dos militares e se manter no poder da forma que mais queria, como um ditador. Olímpio Mourão Filho, logo, participou diretamente do Golpe de 1937 dado por Getúlio Vargas e seria também o iniciador do Golpe Militar de 1964, quando sairia com suas tropas

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