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Guerra Civil Espanhola

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Por:   •  26/11/2013  •  4.510 Palavras (19 Páginas)  •  528 Visualizações

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Indice

Guerra Civil Espanhola 2

O fim da monarquia, a eleição da frente popular e o golpe 2

O desenrolar das operações: do golpe à vitória franquista 3

A questão religiosa na guerra civil 5

Dois continentes militares 5

O “ Movimento Nacional ” de franco 6

A guerra civil na Galiza 6

Biografia do Pablo Picasso 7

Guernica (quadro) 8

Analise do quadro Guarnica 8

Conclusão 9

Bibliografia 9

Guerra Civil Espanhola

A chamada Guerra Civil Espanhola foi um conflito bélico deflagrado após um fracassado golpe de estado de um setor do exército contra o governo legal e democrático da Segunda República Espanhola. A guerra civil teve início após um pronunciamento dos militares rebeldes, entre 17 e 18 de julho de 1936, e terminou em 1° de abril de 1939, com a vitória dos militares e a instauração de um regime ditatorial de caráter fascista, liderado pelo general Francisco Franco.

O fim da monarquia, a eleição da frente popular e o golpe

Com a renúncia do ditador Primo de Rivera após uma onda de escândalos de corrupção, o rei Afonso XIII procurou restaurar o regimeparlamentar e constitucional. Foram convocadas eleições municipais em Abril de 1931 e, embora os monarquistas tivessem sido vitoriosos, os republicanos conquistaram a maioria nas grandes cidades. Prevendo uma guerra civil, o rei Afonso XIII prefere abdicar e é proclamada a Segunda República.

Novas eleições são convocadas para compor uma assembleia constituinte em Junho, que institui a separação entre Igreja e Estado. Por este motivo, Alcalá Zamora, chefe do governo provisório, abdica.

Novas eleições acontecem em Dezembro de 1931, nas quais a esquerda sai vitoriosa. Alcalá Zamora é eleito presidente da República e encarrega Manuel Azaña de organizar o governo. O governo da República não consegue avançar na resolução da questão das autonomias regionais, nem no encaminhamento das questões agrária e trabalhista. Na questão religiosa, o governo Azaña cedeu moderadamente ao espírito anticlerical que predominava no parlamento, através da dissolução da Companhia de Jesus na Espanha, ficando preservadas as demais ordens religiosas, que no entanto foram proibidas de dedicar-se ao ensino. Comprimido, por um lado, pela direita e a Igreja - que viam a laicização do Estado e da educação de maneira muito negativa - e, por outro, a esquerda e osanarquistas - os quais consideravam as mesmas reformas insignificantes - o governo Azaña é incapaz de agradar à população.

Como economia predominantemente agrária exportadora, a Espanha havia sido pouco atingida pela crise de 1929: o desemprego era pequeno e o salário médio por dia trabalhado havia aumentado significativamente nos primeiros anos da Segunda República. Este aquecimento da economia aguçava as tensões sociais já existentes e, com elas, a aguda divisão político-ideológica da sociedade, que já vinha do século anterior.

Em maio de 1931, os anarquistas incendiaram a Igreja dos Jesuítas na Calle de la Flor, no centro de Madrid. Em agosto de 1932, o general monarquista Sanjurjo tenta dar um golpe, mas fracassa. Condenado à morte, é depois indultado e continua a conspirar na prisão.

Em 1933, a recusa dos anarquistas em dar apoio aos partidos de esquerda e a sua propaganda pela "greve do voto" permitem a vitória eleitoral da direita, representada pela Confederação Espanhola das Direitas Autônomas (CEDA) de José Maria Gil Robles. Segue-se uma insurreição da esquerda, que foi mal sucedida em toda a Espanha - menos nasAstúrias, onde os operários dominaram Gijón por 13 dias. Este evento ficou conhecido comoComuna das Astúrias.

Com milhares de militantes feitos prisioneiros, os anarquistas decidem apoiar a esquerda nas eleições de 1936. Espera-se que o novo governo lhes conceda anistia. A esquerda vence em16 de Fevereiro, com 4 645 116 votos, contra 4 503 524 da direita e 500 mil votos do centro, mas as particularidades do sistema eleitoral - que favorecia as maiorias - dão à esquerda a maioria das cadeiras no parlamento.6

Em maio de 1936, Alcalá Zamora é destituído e Azaña assume a Presidência da República, tendo como seu primeiro-ministro o socialista Largo Caballero. A direita então lança-se a preparar um golpe militar que se concretiza em 18 de Julho.

O desenrolar das operações: do golpe à vitória franquista

Se os militares golpistas esperavam resolver a questão com um pronunciamiento rápido e sem muito derramamento de sangue, à maneira do século XIX, foram surpreendidos pelo nível de mobilização ideológica da sociedade espanhola da época: de modo geral, exceto em casos isolados, os militares triunfaram nas regiões onde a direita havia sido mais votada em fevereiro de 1936, enquanto a esquerda - principalmente pela ação das milícias armadas socialistas, comunistas e anarquistas - vence nas regiões onde havia sido mais votada a Frente Popular: em Madrid e Barcelona, a insurreição foi esmagada quase que imediatamente.

Em 21 de julho, os golpistas controlavam o Marrocos Espanhol, as Canárias (exceto a ilha de La Palma), as Baleares (excetoMinorca) e o oeste da Espanha continental. As Astúrias, a Cantábria, o País Basco e a Catalunha, assim como a região de Madrid eMurcia, estavam nas mãos dos republicanos. Mas os golpistas conseguem apoderar-se das cidades mais importantes da Andaluzia:Sevilha - tomada pelo General Queipo de Llano, que se tornaria tristemente célebre pelas suas atrocidades - Cádis, Granada eCórdoba.

As posições golpistas no Sul da Espanha estando separadas de suas posições mais ao Norte, realiza-se a Campanha daEstremadura, quando o bombardeio de aviões alemães e italianos contra a marinha republicana no Estreito de Gibraltar, o que permite a passagem de tropas golpistas do Marrocos para a Espanha.

Um avanço rápido de Sevilha a Toledo, realizado sob o comando do Tenente-Coronel Yagüe, que aplicava as técnicas alemãs deBlitzkrieg, com avanços rápidos de tropas de infantaria apoiadas por artilharia e aviação (acompanhada pela eliminação sistemática de pessoas suspeitas na retaguarda) , possibilitou aos golpistas nacionalistas tomarem

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