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Historia Do Ouro No Brasil

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Por:   •  26/5/2014  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  284 Visualizações

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INTRODUÇÃO

BRASIL NA IDADE DO OURO

Na época do descobrimento do Brasil, os portugueses tinham todo o interesse voltado para os metais preciosos da nova colônia. Mas somente depois da queda da cana de açúcar foi que se intensificou.

A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira "corrida do ouro", durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro ). Brasileiros de todas as partes e, ate mesmo portugueses passaram a migrar para as regiões auríferas procurando o enriquecimento rápido.

A crise do açúcar

O plantio da cana e a produção de açúcar durou quase cem anos. No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro , produzido nos engenhos do nordeste, começaram a diminuir. Isto ocorreu, pois a Holanda havia começado a produzir este produto nas ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa quantidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar holandês.

Essa crise no mercado de açúcar brasileiro, colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda , pois como cobrados no Brasil.

Somente no fim do século XVI aparecem ouro , pratas e outros metais , em pequena quantidade , na capitania de São Vicente . O rei de Portugal ao tomar conhecimento do achado, decepcionou-se com a pobreza das minas e hesitou em tomar providências mais sérias para explorá-las.

O equipamento necessário não era caro: tratava-se de uma enxada pontuda - o almocafre , facilmente substituído por qualquer instrumento da lavoura e, de uma gamela de pau a bateria- que servia para lavar a terra e separar os grãos do ouro. Esse equipamento, porém era muito rudimentar. Para viver exclusivamente as custas das riquezas minerais do Brasil, a metrópole precisava de instrumentos mais aperfeiçoados, de uma sólida organização de trabalho, de muitas pessoas e animais. Tudo isso pesaria enormemente no tesouro português. E o rei não desejava arriscá-lo para explorar minas de tão acanhado porte.

Só quando se descobriram maiores jazidas, ao sul de São Vicente, é que Portugal se animou a organizar uma exploração sistemática e bem aparelhada. Entre 1586 e 1604, uma verdadeira multidão de mineiros, fundidores, ferreiros e outros trabalhadores especializados aportaram no sul do Brasil, devidamente equipados para exercerem suas funções. Nessa época, as lavras de São Paulo, Parnaíba, Curitiba e Paranaguá desempenharam um papel preparatório para a grande idade do ouro no Brasil.

O caminho do ouro

Alguns trabalhadores do ouro se viam, de uma hora para outra, donos de importantes jazidas. Foi o que aconteceu com um certo Miguel Sutil, modesto comerciante nas pequenas lavras do sertão do Mato Grosso. Ele enviou dois escravos em busca de mel e recebeu de volta pepitas de ouro achadas ao acaso.

As lavras de Cuiabá formaram junto com outras próximas, o primeiro núcleo minerador de fama. Pessoas de variadas classes e tipos afluíram as lavras de Miguel Sutil. A terra tornou-se campo de arrojadas aventuras e nela a vida era um ofício

altamente inseguro e perigoso. Raro era o dia que acabava sem um crime. A morte era um fato comum e o modo mais banal de morrer era assassinado ou de fome, o roubo não causava espanto. A desordem chegou a tal ponto que só os viajantes munidos de passaporte podiam entrar em Cuiabá. Mas um passaporte não era difícil forjar. Não havia proibições nem decretos intransponíveis. Impostos e taxas eram sonegados a coroa.

O problema do alimento

Com a explosão populacional nas regiões do ouro, surgiu o problema do abastecimento, ligado a lavoura e ao transporte. O centro minerador, situado no interior do pais, o governo inicialmente hesitou em criar núcleos agrícolas nos sertões ou transportar gêneros alimentícios do litoral para as lavras. Acabou então optando pela segunda opção. Organizou-se em Minas Gerais o comércio de muares, proveniente do sul, que substituíram os antigos carregadores escravos -índios e negros. Assim o litoral prosperou com o comércio de gêneros alimentícios e o sul com o comércio de animais de carga, que transportavam não só alimentos, mas também mercadoria de luxo, adquiridas pelas pessoas mais ricas.

A mineração no Brasil aos poucos transformou a organização da sociedade. Um simples funcionário público podia comprar escravos e enriquecer.

As riquezas das Gerais

Durante sete anos(1674 - 1681), Fernão Dias, seu filho Garcia Pais, seu genro Manuel Borba, e dezenas de índios e negros, embrenharam pelos sertões da parte centro-sul do brasil. Não descobriu as esmeraldas e pratas que buscava, mas abriu caminho para outras expedições e contribuiu para formação dos primeiros arraiais mineiros.

A região fascinava os sonhadores do ouro. em 1693, o paulista Antônio Rodrigues Arão entrou pelos sertões das Gerais à procura de índios para escravizar, e descobriu ouro. Cinco anos depois Antônio Dias de Oliveira descobriu ouro em Vila Rica, hoje Ouro preto.

As ricas jazidas atraíram imediatamente numerosas expedições para lá. Na primeira fase do povoamento das Gerais, o governo português tentou, em vão, regular ou impedir as correntes de forasteiros que para lá rumavam à busca de riquezas. Entre eles estavam numerosos contrabandistas, inclusive padres, que causavam sérios prejuízos ao tesouro real. A metrópole temia tanto perder seus lucros, que procurou criar mais e mais obstáculos na mineração das regiões onde era difícil fiscalizar. Em 1738 um decreto do governador das minas de ouro determinava a prisão de todos os religiosos que lá estivessem sem emprego, ou sem licença. mas esse decreto, como muitos outros, não foi comprido. Ao contrário contribuiu para a proliferação irmandades e confrarias que , para justificar sua permanência na terra alegava estar incumbidas de catequese e de construção de igrejas.

Comércio era um outro meio de se obter muitos lucros, muitos enriqueceram exercendo-o, outros em compensação caíram na miséria, perdendo muito ou o pouco que tinham.

O desenvolvimento das Gerais provocou desequilíbrio econômico nas regiões próximas . No Rio de janeiro plantações inteiras foram abandonadas com a deserção

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