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Historias Sociais Primitivas

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Por:   •  1/9/2013  •  1.604 Palavras (7 Páginas)  •  418 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho tem por objetivo analisar as formações sociais Primitivas e Antigas, as suas relações de produção e, por fim, averiguar o papel político-ideológico que a Educação cumpriu, ou não, na manutenção dessas relações. No entanto, as formações sociais e as relações de produção analisadas neste trabalho são as mais gerais e hegemônicas. As sociedades são compostas de diferentes formações sociais, entretanto, direcionadas por um modo de produção hegemônico.

É possível iniciar as reflexões, apontando a relação do homem e a natureza e como esta se constitui na contradição homem X homem, como também o papel que a educação cumpriu e vem cumprindo na manutenção, ou não, dessa formas de organização do trabalho.

Educação primitiva

O processo educativo, em todas as épocas tem em sua base a necessidade. O homem das cavernas vivenciava essa educação que chamaremos de educação prática, devido à necessidade de sobrevivência. O treino para a obtenção de alimento, vestuário e abrigo foram imposições da necessidade básica da vida primitiva.

A primeira dificuldade que se tem em relação às sociedades primitivas é de atribuição conveniente de um nome, uns consideram-nos de selvagens. Esses povos não são, se entendermos esta palavra, seres humanos que vivem errantes, sem lei, sem convenções, sem organização social e familiar. Os outros os chamam de povos não civilizados. Portanto, se esses povos não possuem nosso gênero de cultura, então, podemos afirmar que tem outra, adaptada a sua natureza e a sua condição graças a qual desenvolvem e desfrutam a sua vida. Então, não existem agrupamentos humanos desprovidos de civilização. (Salato, 2007; A Educação na idade primitiva)

Nas sociedades primitivas não havia nem escola nem método educacional, no entanto, já existia a figura do professor e do aluno um processo educacional informal. Nessas sociedades não há um processo educativo sistematizado em escolas ou centros próprios para o ensino, a educação se dá de forma “espontânea”, baseada na vivência. As crianças acompanham os pais em suas atividades e “aprendem” dessa forma as funções que deverão ocupar na sociedade.

Há também que se relatar o baixo desenvolvimento das forças produtivas. No início das comunidades primitivas a produção tinha um caráter rudimentar, características do final da selvageria e início da barbárie. Essas organizações sociais não tinham como característica uma grande produção de excedentes; basicamente "duas mãos produziam para uma boca se alimentar". As relações dessas sociedades eram, portanto, marcadas principalmente pela produção dos produtos necessários para a sobrevivência, ou seja, geralmente tudo o que era produzido era consumido em seguida. Os indivíduos trabalhavam quase todo o tempo para poderem produzir e reproduzir a sua existência.

Quando as forças produtivas estavam mais desenvolvidas, paralelamente a uma crescente complexidade social e um maior domínio sobre as condições de produção, surge também uma maior divisão do trabalho – e agora não somente por sexo e idade – mas também entre planejamento e execução. De início era comum e mínima, pois, como o trabalho consumia quase todo tempo, alguns indivíduos eram eleitos dentro das tribos para coordenarem e planejarem o processo produtivo. Esta divisão foi crescendo quanto mais se desenvolviam as formas de produção e a tecnologia. Estas possibilitavam uma melhor domesticação de animais e melhores formas de agricultura. À medida que cresciam os rebanhos, maior era a necessidade de indivíduos que cuidassem deles, mas como a reprodução dos animais era mais rápida do que a humana, era óbvio que apenas a tribo, com a sua natalidade, não poderiam satisfazer a mencionada exigência de braços.

Essa divisão entre trabalho intelectual e manual acarreta em conhecimentos da produção, que ficam cada vez mais restritos aos dirigentes das organizações tribais (mostrando qual seria seu fim). A educação que antes era toda transmitida pela vivência toma um rumo diferente entre a elite intelectual. Passa a ser transmitida hereditariamente dentro de um núcleo intelectual mostrando a importância política que o conhecimento vai adquirindo no interior das sociedades primitivas.

Houve um aumento significativo das áreas cultiváveis, o que acarretou a necessidade de mais mão de obra na agricultura e no cuidado com os animais. Esse trabalho começou a ser desenvolvido pouco a pouco por indivíduos que não faziam parte das tribos consangüíneas. Essa multiplicidade de fatores referentes à produção possibilitou uma maior produção de excedentes, que começam a serem trocados entre as tribos cada vez em maior quantidade.

Nesses fatos, vemos uma educação cada vez mais dividida entre os trabalhadores manuais e intelectuais. Estes últimos recebiam conhecimentos que possibilitavam uma articulação entre as várias esferas sociais e o processo produtivo. Por sua vez, os executores recebiam conhecimentos técnicos – específicos às atividades materiais – que não permitiam uma visão complexa da estrutura social ou sequer alguma forma de questionamento desta. Essas ocorrências são características da transição entre o Comunismo Primitivo e a Antiguidade.

O que se pode assimilar da estrutura social dos povos primitivos, é que, com uma produção rudimentar e um baixo desenvolvimento das forças produtivas não havia como se desenvolver relações de produção mais complexas. Estas se davam de forma espontânea o que, por sua vez era manifestado na educação, que se dava pela convivência. Com uma crescente divisão do trabalho manual e intelectual, acompanhada pelo aumento do tempo de alguns grupos, os vários formatos que a educação do período assume, tornam-se cada vez mais instrumentos políticos e ideológicos da ordem vigente, ou seja, de reprodução

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