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Montalegre

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Por:   •  3/4/2014  •  Seminário  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  153 Visualizações

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MONTALEGRE

Montalegre, sede de Concelho, situada a cerca de 100 Km de Vila real e 120 de Braga, é afirmada de origem romana por alguns historiadores, enquanto outros a supõem ainda mais antiga e erigida no local dum antigo castro.

De qualquer modo, e embora as referências a seu respeito datem apenas do Século XIII, deve ter antecedido bastante a nacionalidade.

Aliás alguns achados pré-românicos ocorridos nas proximidades atestam sem margem para dúvidas que esta zona terá sido intensamente povoada há bem mais de dois mil anos.

Em 1950 o Concelho abrangia 35 freguesias, com 132 aldeias e mais de 30.000 habitantes, enquanto a Vila dispunha de Farmácia, Cafés, Tabernas, casas de comércio e postos da G.N.R. e da Guarda-Fiscal.

Além disso existia ainda uma Pensão bastante rudimentar, mas nenhuma casa de espectáculos ou cinema.

O seu vetusto castelo compreendia uma torre de menagem e três cubelos menores, tudo ligado por uma muralha com mais de dois metros de espessura e já um tanto arruinada. A torre de menagem continuava no entanto a desafiar o tempo, alçada sobre as pedras do rio, como uma interrogação apontada aos montes da fronteira.

No seu conjunto, mudo mas impressivo, o castelo evoca as guerras e assédios sofridos ao longo dos séculos, desde o princípio, - desde antes -, da nacionalidade. Testemunha de acontecimentos esquecidos, vigia hoje inútil de horizontes de onde já não vêm inimigos, ele guarda para sempre os segredos e mistérios do assado distante.

No interior das muralhas, um poço meio atulhado, deixa ver uns degraus, que descendo em espiral ao longo das paredes se perdem na profundidade. Segundo uma lenda que hoje se conta e eu ouvi, era por um túnel que partia do fundo deste poço e ia desembocar a cerca de dois quilómetros, na margem do rio, que em cão de assédio se procedi ao abastecimento de água e víveres à população.

Seja ou não lenda, a verosimilhança pode aceitar-se pois é pouco provável que a função de tal poço fosse apenas a de prover ao abastecimento de água à população sitiada, dado situar-se numa elevação onde dificilmente poderia encontrar-se um veio do precioso líquido.

Quanto às torres, tive ocasião de visitar o interior daquela em que se encontra o relógio da Vila, e aí pude verificar que as grandes pedras rectangulares das paredes s encontravam cobertas de sinais cabalísticos, os quais nos dizem dum sacerdote que acompanhava a visita, seriam como que uma espécie de assinatura que os artistas gravavam nas pedras que trabalhavam.

Sabe-se que tal costume era de facto usual, mas conquanto aceitável e verosímil, não me pareceu que naquele caso pudesse valer para a totalidade dos sinais e marcas expostos, uns de significado pouco compreensível, outros fugindo em absoluto a qualquer tentativa de interpretação.

Quanto à Vila propriamente dita, era constituída por uma parte mais antiga, a Portela, à direita e em declive, e outra mais moderna no alto, onde se situavam as duas ou três ruas de comércio.

Também na parte alta, em frente ao largo do Toural, se situava o edifício administrativo, com as instalações da Camara Municipal, As Finanças, Tribunal, a Cooperativa Agrícola e o Correio.

Claro que antigo e moderno eram ali termos um tanto sem sentido, já que em boa verdade a Vila se encontrava na generalidade como que envelhecida. As casas, boa parte das quais ainda cobertas de colmo, apresentavam-se enegrecidas, as ruas tortas e de piso irregular, o interior das lojas escuro e encardido.

Nos umbrais da ampla portaria administrativa, os nomes

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