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Movimento separatista basco

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Por:   •  11/5/2014  •  Artigo  •  561 Palavras (3 Páginas)  •  224 Visualizações

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A ETA, movimento separatista basco, conseguirá sobreviver como último foco guerrilheiro em território europeu? Na Irlanda do Norte, o IRA (Exército Republicano Irlandês) decidiu que é hora de não mais opor-se às tentativas de montagem de uma política de pacificação, depois de 30 anos de violência com cerca de três mil e 600 mortos. Não se trata de submissão a políticos negociadores. O IRA e os partidos da Irlanda do Norte se colocaram numa mesma linha de comportamento, a de ajustar-se à vontade popular expressa nas urnas.

O acordo de paz recebeu ampla aprovação por meio de votos que cruzaram fronteiras religiosas e de ódios seculares. Chega de guerra, foi o recado a políticos e guerrilheiros. Curiosamente, na Espanha, a ETA anunciou o fim de uma trégua, e volta às ações armadas, em cima de retraimento militarista na Irlanda do Norte. Cinco minutos de silêncio em toda a Espanha, inclusive no País Basco, numa jornada pela paz, significou recado igual, o de que ninguém quer saber de guerra. Mas a ETA, como se vê, se diferencia do IRA, embora o País Basco já tenha autonomia muito maior do que a desfrutada agora pela Irlanda do Norte. Teria futuro esse separatismo armado, com pitadas de marxismo ?

O IRA já forneceu armas à ETA e ensinou "etarras" a usá-las. Marcas do IRA apareceram muitas vezes na tecnologia de atentados da ETA. Os dois sempre foram íntimos e tomam rumos diferentes, o que impõe graus dramáticos de isolamento aos combatentes bascos. O governo espanhol sabe disso e endurece. Diálogo só com renúncia declarada e praticada à violência. A Líbia, que já foi retaguarda do IRA e da ETA, se "reinsere" na comunidade internacional. Kadafi acaba de receber a visita de Massimo d’Alema, primeiro-ministro da Itália. Inglaterra e Líbia se entendem de novo diplomaticamente.

Querem distância do IRA, portanto, e também certamente da ETA. Estão mais interessados em compor um perfil "responsável" e tirar a Líbia da relação das nações "rogues". Irresponsáveis, marginais, malfeitoras ou o equivalente no jargão diplomático ocidental. Outra nação "rogue", o Irã, recebe os primeiros sinais de reaproximação por parte dos Estados Unidos. Há uma "rearrumação". A reunião na Turquia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) aprovou carta que pressupõe o advento de uma só Europa regida por um único código de segurança.

Uma Europa que se diz disposta a não "tolerar" conflitos internos capazes de ameaçar a vigência desse código. É inimaginável pensar, nessa "rearrumação", os guerrilheiros da ETA colocando em cheque o Estado espanhol. O retraimento militarista do IRA também tem a ver com a sensação da inutilidade de ações armadas numa Europa que busca a "homogeneidade". E abre os braços para nações "rogues" como Irã e Líbia, retaguardas em desmontagem de guerrilheiros do Primeiro Mundo.

Mas entrou em campo o "fator russo" de desestabilização.Com o presidente mais uma vez de cama e um primeiro-ministro saído dos organismos de segurança, é um ex-espião, os militares dão as cartas da Rússia dispostos a vingar-se da derrota na Tchetchênia na guerra de 1994. São eles que tratam dessa nova guerra na Tchetchênia e determinam o grau de brutalidade,

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