TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA

Por:   •  16/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  879 Palavras (4 Páginas)  •  529 Visualizações

Página 1 de 4

Ficha de Leitura I – Dados da Obra

MONTEIRO, Rodrigo Bentes; RAMUNDO, Walter Marcelo. O ESTADO DE BODIN NO ESTADO DO HOMEM RENASCENTISTA. Revista de História 152 (1º - 2005), 189-212.

Fichamento I

Página

Conteúdo / Citação

190

Na época medieval o Renascer era empregado como valor religioso, Michelet então fez a associação entre a definição de renascimento em termos de desenvolvimento pessoal e da descoberta do mundo e do homem, ele escreveu sobre a grande revolução mental da época. Peter Gay, assim como Michelet tinha sua interpretação sobre a renascença, dessa forma havia uma nova percepção de mundo sobre o mesmo tema.

191

Uma análise de Eugênio Garin observando a relação dos homens do século 19 e o homem renascentista, mostrando-nos que o segundo não é somente passado, mas sim a continuidade no presente. Para Burckhardt, o homem renascentista era possuidor de vários talentos, múltiplos. Na idade média o homem somente reconhecia a si e o “eu” enquanto coletivo na época renascentista, torna-se um indivíduo espiritual e se reconhece de forma individual e internamente.

192

De acordo com Burckhardt o homem que cultiva sua personalidade necessita de auto expressão e, como resultado disso, há a agressividade e desumanidade. Enquanto isso Garin encontra confusão entre a filosofia renascentista e o contexto histórico da renascença na obra de Burckhardt pois ele também não está livre dos anseios de seu tempo. Já Giacomo Marramao afirma que dessa forma, o homem renascentista não reage com sofrimento e desorientação, ele toma essa reestruturação como dado e segue adiante.

193

Agnes Heller defende que a versatilidade desse homem renascentista estava no aparecimento da produção “burguesa”, e seu nível relativamente baixo de produção, então Heller afirma que o homem não projeta um ideal, um valor a ser alcançado, mas se importa sim como uma crise na construção do conceito de si próprio. As invenções tecnológicas também indicam mudanças, afastando os homens das coisas naturais, oferecendo uma nova proposta.

194-195

Durante o século XX pesquisas apresentam uma Idade Média nacional e burocrática, tempos modernos, religiosos e feudais, ou uma época contemporânea de arcaísmos e resistências. Ademais Schaub identifica três frentes de renovação: a aceitação dos insumos de história do direito, uma interpretação dos textos antigos menos evolucionistas e a abordagem da história do estado como institucionalização da sociedade mais do que como descrição de instituições.

196-198

No decorrer da discussão nota-se a definição de soberania na visão de Bodin e a soberania nacional pela revolução francesa. Essa relação não pode ser diminuída da história de monarcas absolutistas, além disso, expressa também a força do estado em todas as esferas da sociedade onde o poder do rei era baseado na liturgia cristã.

199-200

A guerra e fé caminhavam juntas havendo a necessidade do rei intervir para que houvesse paz. O rei devia manter a paz, justificativa da organização social e política capaz de findar os conflitos. Pode-se perceber essa tendência em muitas passagens de Os Seis Livros da República (CROUZET, 1994, pp.205-213; MONTEIRO, 2003, pp.168-172). Mas existia também uma corrente filosófica Platonismo. No século XVI virou moda leitura sobre Platão em academias literárias, sua doutrina era o amor espiritual surgindo assim o termo “amor platônico”.

201-202

O homem e a terra se difundiam em um só. A crença em magia ainda era forte entre a realeza. Os acontecimentos naturais e causados pelo homem ainda eram feitos de Deus que oscilava entre o bem e o mal.

203-204

Bodin pauta-se em homens da Antiguidade e utiliza-se de histórias comuns, e relatos de terceiros. Em uma passagem faz referência  um filósofo grego um contemporâneo:  “todavia, não queremos mostrar uma República Ideal como Platão e Thomas More, chanceler da Inglaterra, imaginaram, mas nos contentaremos em seguir as regras Políticas o mais próximo possível...” (BODIN, 2005, p.5). E que não há homem certo ou errado representando o seu tempo, mas sim construções imaginárias.

205-206

O autor reforça que por mais que neoplatonismo estivesse presente naquele momento, ainda assim buscavam antigos valores espirituais, para obter existo em suas vidas. E que o rei era a personificação da sabedoria e harmonia divina.

207

A Renascença trouxe muitas transformações para sua época, como organização social, e um ponto de vista de diferente para o homem como indivíduo sobre si mesmo e mundo.

208

O homem precisava de uma figura paterna, uma vez que havia saído de muitas guerras e sentia-se órfão. A República tinha que representar um pai com forças para cuidar de seus filhos e os demais que estavam carentes de obediência e amor.

209-210

O autor descreve uma linha de sucessão de obediência para quem se deve obedecer primeiro, primeiramente Deus que é o ser supremo, depois o pai que recebeu essa divindade de Deus e aos seus filhos restava somente a obediência e reverência.

211

O filme indica diferenças em relação á teoria de Bodin e ao Estado francês da Renascença. Destaca-se a abordagem que descentra o tema do âmbito da lei, do direito e da administração, possibilitando dessa forma um estudo do poder vinculado ao contexto específico e a sentimentos uma vez que, para Bodin, a família mais poderosa detém a sabedoria.

212

O aprofundamento da cultura ao estudo da política não significar mudar de discussão, mas entender que existem outra conceitos de poder. E que o homem renascentista estava se redescobrindo perante o mundo. E que mesmo diante de tantas transformações Deus ainda exercia um papel importante perante os homens. E que Bodin é o fruto do seu tempo.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.8 Kb)   pdf (64.4 Kb)   docx (10.6 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com