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Oriente Médio

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Por:   •  17/6/2014  •  7.121 Palavras (29 Páginas)  •  474 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Ásia está localizada a leste do meridiano de Greenwich, ou seja, no Hemisfério Oriental. De todos os continentes existentes, a Ásia é o maior, sua área é de 44 milhões de quilômetros quadrados.

Os limites de fronteira que existem no continente asiático são: ao norte, Oceano Glacial Ártico; ao sul, Oceano Índico; a leste, Oceano Pacífico; a oeste, Mar Vermelho, que o separa do continente africano, o Mar Mediterrâneo e os Montes Urais que o separa da Europa.

Além de ser o maior continente do mundo, abriga cinco dos dez países mais populosos do planeta, em razão de sua extensão territorial, o continente abrange diversas características naturais, econômicas e culturais.

Para facilitar as análises de todos os temas foi feita a regionalização do continente, a partir desse processo o continente asiático ficou dividido em Ásia boreal (onde se encontra a parte asiática da Rússia), Ásia Central (onde está o Cazaquistão, o Uzbequistão, o Turcomenistão, o Quirquistão e o Tajiquistão), Oriente Médio (abriga, em grande maioria, países árabes e mulçumanos), Ásia austral (abrange a Índia e o sudeste asiático) e Extremo Oriente (composto por China, Mongólia, Taiwan, Coreia do Norte, Coreia do Sul e Japão).

DESENVOLVIMENTO

Aspectos Físicos

O continente asiático se estende desde o Oceano Pacífico a Leste até a Europa e o Mar Mediterrâneo a Oeste, onde também faz divisa com a África no Canal de Suez. O maior e mais populoso continente do planeta (são aproximadamente 44,3 milhões de km² e 4,29) também é o local onde existiram as primeiras civilizações de que se tem notícia.

Relevo

No continente asiático há um magote de cadeias montanhas demasiadas atlas. A Ásia possui as quinze maiores montanhas do mundo, entre elas, o monte Everest, se como uma "murada" que divisa a china e a porção Sul do continente, estendem-se em arco, com 2.800 km de extensão.

Há nesse continente várias planícies extensas e elevadas. A planície Indo-gangética tem uma grande importância econômica pelo fato de ser atravessada pelos rios Indo e Ganges. Através do atrito das águas destes rios, ocorreu uma erosão de montanhas, cujos sedimentos foram acumulados e formaram tal planície. É uma região fértil.

• A planície Siberiana situa-se entre o planalto central Siberiano e os montes Urais, na Rússia com 7 milhões de km², é a planície mais, extensa do continente.

• A planície da Indochina, a sudeste do Himalaia, é uma região muito fértil, apresentando uma grande vala econômica.

• A planície Chinesa e da Manchúria destacam-se no Leste asiático, por permitirem o desenvolvimento agrícola em larga escala, através de um solo de grande fertilidade.

• A planície da Mesopotâmia é situada entre o Rio Tigre e o Rio Eufrates. É uma região que apresenta enormes atividades agrícolas, por isso é chamada de crescente fértil, e na qual se acredita ter sido a primeira região a ser cultivada da história.

As depressões são outros tipos comuns de relevo no continente. A maior delas é o mar Morto, Situado a 392m abaixo do nível do mar. O mar Cáspio também é uma depressão.

O outro tipo de relevo muito comum no continente são os planaltos, são eles: planalto da Arábia (ao oeste da península Arábica); O planalto Central Siberiano (na Rússia); planalto do Pamir (no Tadjiquistão); planalto do Tibete (ao norte do Himalaia); planalto do Irã (no território do Irã); planalto do Decã (na Índia); planalto de Aldai (ao oeste da Rússia); planalto de Anatólia (na Turquia); planalto da Mongólia (a nordeste do Tibete).

Ásia – Mapa Físico

Litoral

O litoral da Ásia é o maior de todos os continentes sendo também bastante recortado, o que confere ao continente grande quantidade de penínsulas e mares abertos, apresentando também grande diversidade de acidentes geográficos, tais como ilhas, golfos e estreitos.

Hidrografia

A maioria dos rios nasce na parte central do continente. Devido às abundantes chuvas nas áreas de clima tropical e equatorial e ao derretimento da neve durante o verão que desce das cordilheiras, existem na Ásia grandes rios, de elevados índices pluviométricos.

Os rios asiáticos têm uma importância muito grande para a vida da população dos lugares por onde correm, oferecendo alimento, água, energia elétrica e servindo como via de transporte. Acordilheira do Himalaia e o planalto do Tibete são os dois grandes centros dispersores de água do continente. Um dos seus rios mais importantes é o Ganges, que nasce no Himalaia e deságua no golfo de Bengala, onde forma o maior delta do mundo. Esse rio é de grande importância econômica: na época das cheias, suas águas fertilizam as terras por onde passa. Também é conhecido pelo seu significado religioso, onde os Hinduístas, para se purificar banham-se em suas águas. Há também o rio Yang-tse- kiang (ou rio Azul), o mais extenso do continente com 5500km de extensão. Nasce no planalto do Tibete e desemboca no mar da China. Também nasce no Tibete o rio Amarelo, com 5200 km.Outro rio importante é o Indo, que assim como rio Azul e o rio Amarelo, nasce no Tibete, mas deságua no mar Arábico. Sua canalização possibilitou a prática da agricultura nas terras secas atravessadas pelo seu curso. Na planície da Mesopotâmia correm os rios históricos Tigre e Eufrates, que deságuam no golfo Pérsico.

Clima

O clima da Ásia pode ser dividido em quatro regiões climáticas:

• Clima Siberiano (extremo norte da Ásia): temperatura baixíssimas, presença de tundra ao norte, taiga no centro e estepes ao sul.

• Clima Mediterrâneo (Ásia Menor): verões quentes e secos e invernos com muita chuva.

• Clima Desértico (Síria, Arábia, Índia e Irã): regiões com temperaturas elevadas durante o dia e frias à noite. Regiões áridas com baixo índice pluviométrico (chuvas).

• Clima de Monções (Ásia Oriental e Meridional): inverno seco e verão extremamente chuvoso.

Vegetação

A Ásia possui uma vasta diversidade vegetal.

A vegetação de taiga ou mais conhecida como floresta boreal de coníferas apresentam invernos muito frios e verões muito quentes, por esse motivo é necessário arvores bem adaptadas a esse tipo de temperatura, por isso, as plantas do lugar tem forma de cone. A mais conhecida das árvores é o cedro, que sofre grande desmatamento na região.

Tundra é a vegetação onde se adaptam mais musgos e líquens, pois lá o solo permanece congelado mais de 75% do ano (equivalente a dez meses). Essa vegetação só aparece na época do degelo, ou seja, em dois meses.

Floresta temperada é a vegetação mais simples, pois as folhas caem em determinada parte do ano, assim as plantas são denominadas "decíduas".

Na vegetação de desertos quentes é possível se avistar plantas xirófitas e quase não existe umidade. Além disso, muitos cactos podem ser encontrados neste tipo de vegetação. Existe também a vegetação de desertos Frios, que aparecem poucos musgos e líquens, o solo é mais rochoso e não apresenta muita fertilidade, eliminando qualquer expectativa econômica ligada ao setor primário na região.

Nas pradarias (também conhecidas como estepes) existem apenas uma quantidade mínima de umidade, o que acaba por favorecer a atividade pecuária em locais com esta vegetação.

A floresta tropical é caracterizada por plantas de grande porte e altas temperaturas no verão e forte presença de umidade. O comércio internacional é beneficiado com a exploração deste tipo de vegetação, uma vez que as árvores são de altíssimo porte, todavia, esta ação vem por causar a devastação natural do local.

A floresta Subtropical possui plantas perenes, que vivem em cerca dois anos, o que corresponde a cinco ciclos sazonais. Outra característica importante é que as folhas "persistem", ou seja, não caem da árvore. As plantas, em geral são adaptadas para períodos quentes.

Aspectos Humanos

Sua população teve origem na mistura entre os mongóis e coreanos, indonésios, filipinos e malaios.

População da Ásia

A Ásia abriga mais de metade da população total do planeta, concentrando-se principalmente nas grandes planícies da China, no vale do Ganges, nas costas do Deccan, no Japão, no delta do Mekong e em Java, enquanto as zonas montanhosas e as regiões frias e desérticas são quase despovoadas. A distribuição desigual da população se repercute nos índices de densidade demográfica, que no final do século XX se aproximavam dos 800 hab/km2 nos vales da Ásia monçônica e, em contrapartida, chegavam a apenas quatro por quilômetro quadrado na Sibéria e nos desertos da Ásia central.

Apesar dos programas de controle de natalidade adotados por diversos governos (Japão, China, Coréia do Sul, Índia), a taxa de natalidade anual é elevada (em média 3%), enquanto a taxa de mortalidade tende a diminuir, pela melhoria das condições sociais.

A maior parte da população asiática vive no campo, mas a migração para as grandes cidades se manifesta de modo crescente. As maiores áreas urbanas situam-se no Oriente Médio, na Índia, na China e no Japão. Ao longo de sua história, a Ásia conheceu numerosos movimentos migratórios, protagonizados por diversos povos, vindos em geral das zonas centrais do continente e dirigidos para o sul e o oeste.

Ao longo do século XX, a superpopulação e as guerras provocaram grandes migrações da Ásia das monções para os demais continentes. Por outro lado, a constituição do Estado de Israel, em 1948, determinou a afluência, para o novo país, de aproximadamente 1.500.000 judeus procedentes da Europa e da América. Na Ásia habitam três grandes grupos étnicos - o caucasiano (raça branca), o mongolóide (raça amarela) e o negróide ou melanóide -, os quais se dividem em numerosos subgrupos, resultantes de miscigenações e contatos ao longo da história. A raça branca está representada principalmente no Oriente Médio (semitas), no Irã e na Índia (indo-europeus). Os povos de raça amarela ocupam a Ásia setentrional e oriental, enquanto a população negróide se mistura com outras raças no sul da Índia e no Sudeste Asiático.

Religiões

Se existe uma região onde muitas religiões convivem simultaneamente é na Ásia. Apesar de haver uma noção de que o budismo predomina, pois é uma religião que convive com outras, como o xintoísmo, o taoísmo, o confucionismo, o cristianismo protestante ou católico, diversos ramos do hinduísmo, muçulmanos etc., é difícil afirmar qual é a predominante em cada localidade.

Isto acontece na China e no Japão. E na Coreia, apesar da influência de outras religiões, tudo indica que o cristianismo ganhou muitos adeptos.

Todos sabem que o budismo é originário da Índia, mas muitos de seus mantras mais antigos continuam em sânscrito, uma língua já considerada morta. E muitos, como os japoneses, utilizam determinados eventos do budismo e outros do xintoísmo. Como regra geral, são religiões tolerantes, pois não são monoteístas, havendo as que consideram tudo como deuses, até os animais, plantas e a própria natureza. É claro que sempre existem exceções.

Na sua maioria, respeita-se a natureza, tanto humana quanto do meio ambiente, o que leva a uma propensão de ser conservacionista, ajudando na tendência mundial de preocupações voltadas a este aspecto.

Existem muitas correntes em todas, e precisar exatamente as diferenças entre elas é de grande complexidade. Todas tendem a praticar a meditação, que leva à disciplina mental, que predomina entre os orientais.

Mas o mundo atual, com todas as pressões que recaem sobre os seres humanos, acaba afetando até mesmo estes orientais, provocando distúrbios de toda natureza.

O sonho que se alimenta é de um pouco mais de harmonia e paz e, em sua busca, muitos no Ocidente acabam recorrendo às religiões orientais, acreditando-se que não são os bens materiais que trazem felicidade para a humanidade. Como ecumênico, estou aberto a contribuições de todas elas.

Línguas

Os mais importantes grupos lingüísticos são o eslavo (russo), o japonês, o coreano, as línguas semíticas, o iraniano, as línguas indo-arianas do Hindustão, as dravídicas do sul da Índia, as sino-tibeteanas (chinês), as malaio-polinésias, e as austro-asiáticas (vietnamita).

Divisão Regional

O maior continente do mundo possui uma divisão bem diferenciada. São seis regiões que compõem à Ásia, delimitando as áreas geoeconômicas do continente asiático: Ásia Central, Extremo Oriente, Norte da Ásia, Oriente Médio, Sudeste Asiático e Sul da Ásia.

Ásia Central

Situada na região central da Ásia, esta área não possui ligação com nenhum oceano, portando esse fator condiciona esses países a um grande limite exportador e menores chances de se classificarem como países exportadores da Ásia, até porque suas economias são instáveis e relativamente as mais fracas deste continente. Problemas políticos, econômicos e culturais fizeram desta região da Ásia uma área muito isolada do mundo. Fazem parte desta região o Cazaquistão, Usbequistão, Turcomênia, Quirguízia, Tadjiquistão e Afeganistão. Mas, este último país fez com que o mundo norteasse sua atenção para o território afegão, em virtude dos ataques terroristas iniciados no dia 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. A partir deste momento o mundo quis saber que nações formavam esta região inóspita da Ásia e de que maneira poderia se chegar até o Afeganistão para contra-atacar os terroristas que se escondem e dominavam o Afeganistão. Em consequência, estes países ganharam grande importância para o mundo ocidental, tornando essa região uma importante área geoestratégica.

Extremo Oriente

Composto por países com grande semelhança cultural, China, Coréias (Coréia do Sul e Coréia do Norte) e Japão formam o Extremo Oriente asiático. Estabelecido como uma das regiões mais ricas do mundo, em função do Japão ser a segunda maior potência econômica mundial, esses países estão passando por profundas modificações. A China está fazendo a grande abertura do seu mercado interno, que possui a maior população do planeta (consumidores) que é de 1 bilhão e 300 milhões de habitantes. As Coréias (Coréia do Sul e do Norte) estão em fase de reunificação territorial, econômica e cultural, depois de décadas separadas. E o Japão está numa grave crise econômica para um país desenvolvido economicamente, onde gera recessões em seu mercado interno e nas suas exportações. Esta região ocupa uma grande área da Ásia e é caracterizada por apresentar desde desertos, como o de Gobi (China), até vulcões, como o Fuji (Japão).

Norte da Ásia

Com a maior área territorial das regiões asitáticas, o Norte da Ásia é composta por dois países apenas: a Rússia (parte asiática) e Mongólia. A primeira nação é amplamente conhecida no mundo todo, principalmente depois da 2ª Guerra Mundial, quando seu nome era URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Atualmente a Federação Russa ou Rússia representa como grande nação do mundo, em todos os sentidos, pois já fez frente com os Estados Unidos na questão econômica e militar. Enquanto que a Mongólia é um país muito desconhecido do mundo, pois não apresenta grande importância econômica para o globo.

Oriente Médio

Esta região é muito marcada pelos conflitos entre mulçumanos e judeus, principalmente em Israel, mas também possui conflitos entre os próprios mulçumanos (sunitas contra xiitas). Todos os países desta região são da cultura islâmica, com exceção de Israel (Estado judeu) e isso levou ao fato de ocorrer inúmeros conflitos e guerras. Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrain, Kuwait, Iraque, Irã, Turquia, Síria, Chipre, Líbano, Jordânia e Israel são os países que compõem esta região. Os últimos conflitos mais intensos são entre os palestinos e judeus na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Colinas de Golã (áreas israelitas contestadas). Com uma história de mais de 3 mil anos, o Oriente Médio sempre foi palco e centro de interesse dos povos em diversas épocas, seja por interesses religiosos (culturais) ou econômicos (petróleo), pois esta região é o berço de três grandes religiões do mundo (cristianismo, islamismo e judaísmo) e é o maior produtor de petróleo e gás natural do globo.

Sudeste Asiático

Localizado na península da Indochina e nas milhares de centenas de ilhas que formam diversos arquipélagos, essa região é caracterizada por apresentar grandes diferenças sócio-econômicas ao longo de seu território. O Sudeste Asiático é composto pelos países: Mianma, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Malásia, Cingapura, Filipinas, Indonésia e Brunei. Muitas nações provêm de governos ditatoriais e por consequência disto estão atrasados em sua economia. Por outro lado, observar-se países em processo de desenvolvimento econômico, como é o caso da Cingapura, Malásia e Tailândia, sendo chamados de Tigres Asiáticos, mas ainda possuem inúmeros problemas sociais. Esses países também são conhecidos por terem mão-de-obra barata, o que levou a estas nações muitas empresas multinacionais estabelecerem filiais de produção.

Sul da Ásia

Formada pela Índia, Paquistão, Maldivas, Nepal, Butão, Bangladesh e Sri Lanka o Sul da Ásia é caracterizada por grandes problemas sociais, onde sua população sofre por diversas consequências da economia local e pela má distribuição de renda nestes países. A numerosa e crescente população do Sul da Ásia condiz a esta realidade, a Índia, por exemplo, será daqui alguns anos o país mais populoso do mundo, pois seu ritmo de crescimento vegetativo não para de aumentar. Dentre todas as nações desta região, a Índia é a que possui maior volume em sua economia, enquanto que as outras nações estão mergulhadas em grandes crises sócio-econômicas. A região também é atingida pelo efeito atmosférico natural chamado Monções, que transforma a área do sul da Índia e Bangladesh durante o inverno (seco) e verão (úmido), causando nesta última estação inúmeras enchentes. O Sul da Ásia também é amplamente conhecido em todo o mundo por possuir uma das maiores e mais impressionantes cordilheira do globo, o Himalaia. Nesta cadeia de montanhas localiza-se o pico Everest, com 8.848 mil metros de altitude, o ponto mais alto do mundo.

Ásia Central Afeganistão, Casaquistão, Quirguízia, Tadjiquistão, Turcomênia e Usbequistão

Extremo Oriente China, Coréia do Norte, Coréia do Sul e Japão

Norte da Ásia Mongólia e Rússia

Oriente Médio Arábia Saudita, Bahrain, Chipre, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Qatar, Síria e Turquia

Sudeste Asiático Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianma, Tailândia e Vietnã

Sul da Ásia Bangladesh, Butão, Índia, Maldivas, Nepal, Paquistão e Sri Lanka

Oriente Médio

Aspectos Humanos

A população conta com aproximadamente 300 milhões de habitantes que são, em sua maioria, de origem arábica. O Oriente Médio, conta também com turcos, persas, judeus e curdos. A densidade demográfica é mediana e os países mais populosos da região são Irã e a Turquia que somam cerca de 149 milhões de habitantes, quase 50% de toda a população do Oriente Médio. Há países, porém, que tem sua população bem restrita; é o caso do Catar, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait, que juntos não somam nem oito milhões de habitantes. A estrutura etária da população é formada, em sua maioria, por jovens. A maioria dos países possui o IDH médio ou alto. O Oriente Médio é o berço das três principais religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo.

Aspectos Econômicos

Economicamente, a região desperta grande interesse mundial por sua magnífica reserva petrolífera, que fornece 1/3 do petróleo total consumido do mundo. Essa reserva encontra-se na dobra tectônica que se inicia na Mesopotâmia e se prolonga pelo golfo Pérsico, constituindo-se na mais importante área mundial de produção, exportação e reserva de petróleo. A atividade econômica tradicional do Oriente Médio é o pastoreio nômade, destacando-se criação de carneiros, cabras e camelos que caracteriza a ocupação humana nas áreas desérticas. A agricultura desenvolve-se na planície da Mesopotâmia, onde, por meio da técnica de irrigação, se cultivam frutas, arroz, trigo e cana de açúcar, e na região mediterrânea, onde se destacam culturas comerciais como oliveiras, fumo, figo e tâmara. Nos últimos tempos, a agricultura tem se desenvolvido rapidamente devido a introdução de novos sistemas de irrigação. Um dos mais eficientes só se tornou possível por meio de abastecimento compartilhado de água. Um bom exemplo do êxito dessa iniciativa é o caso de Israel e da Jordânia, que compartilham as águas do rio Jordão. A pecuária é bem difícil nas áreas desérticas, devido a falta da água e alimento para os animais. A maioria dos criadores é nômade, ou seja, não tem um local fixo onde possa desenvolver suas atividades. Mesmo com tantas dificuldades a criação de ovinos e caprinos é significativa nessa porção do continente.

O artesanato, uma das atividades mais antigas da região, está presente em todo o Oriente Médio. Os tapetes feitos a mão por tecelões experientes são valorizados internacionalmente por sua qualidade e beleza. O desenvolvimento econômico dos países do Oriente Médio, porém, pode ser verificado pela expansão da indústria e urbanização nas últimas décadas.

Islamismo

O Islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único Deus; é fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maomé. Nascido em Meca, no ano 570, Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita. Conforme a tradição, o arcanjo Gabriel revelou-lhe a existência de um Deus único.

A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a Deus. Atualmente, é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países.

O livro sagrado do Islamismo é o alcorão (do árabe alqur´rãn, leitura), consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre os seres humanos.

Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos:

• Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;

• Realizar cinco orações diárias comunitárias (sãlat);

• Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;

• Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);

• Ir em peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj);

Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu ramificações, ocorrendo divisão em diversas vertentes com características distintas. As vertentes do Islamismo que possuem maior quantidade de seguidores são a dos sunitas (maioria) e a dos xiitas. Xiita significa “partidário de Ali” – Ali Abu Talib, califa (soberano muçulmano) que se casou com Fátima, filha de Maomé, e acabou assassinado. Os sunitas defenderam o califado de Abu Bakr, um dos primeiros convertidos ao Islã e discípulo de Maomé. As principais características são:

Sunitas – defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Além do Alcorão, os sunitas utilizam como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de Maomé.

Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.

Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus, a crença nas revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do Julgamento.

Conflitos

Questão Curda (1925-1991)

Os curdos são um povo semi-nómada que ocupava o Sudoeste da Ásia, um território atualmente conhecido como o Curdistão (território montanhoso entre a Turquia e o Irão). São muçulmanos ortodoxos, que vivem em vilas onde praticam a agricultura e a pastorícia, e fabricam tapetes a partir de produtos de origem animal. A sua língua é o curdo, um ramo da extensa família indo-europeia iraniana.Durante a sua História foram alvo de inúmeras invasões, e acabaram por ser dominados pelos Seldjúcidas, no século XI, sendo seguidamente integrados no Império Otomano passados três séculos. Num acordo celebrado entre os turcos e os Aliados nos anos vinte, foi-lhes prometida a concessão de um Estado independente, o que nunca veio a acontecer. Nos nossos dias muitos curdos vivem na Turquia, no Irão, no Iraque, na Síria e na ex-União Soviética. Este povo desde 1925 que expressa o seu descontentamento em revoltas que partem dos países onde se fixaram e nos anos noventa (1991) os curdos que habitam os montes do Norte do Iraque insurgem-se numa revolta esmagada pelo Governo iraquiano, logo após o primeiro episódio da Guerra do Golfo. Hoje estes curdos vivem em campos de refugiados tutelados pelos serviços das Nações Unidas, continuando a saga de um povo à procura de terra.

Guerra do Afeganistão

Situado no sudoeste da Ásia, com um território de 711.000 quilômetros quadrados e 25 milhões de habitantes, o país é atravessado pela cordilheira Hindu Kush, com o famoso Kyber Pass, que servia como caminho da Rota da Seda, entre o Oriente Médio e a China e por onde seguiram os guerreiros mongóis que vinham do leste. O Afeganistão tem fronteira com o Irã a oeste, com o Paquistão a leste e com as repúblicas surgidas após o desmoronamento da União Soviética, o Turkmenistão, Quirguizistão e Tadjikistão, ao norte. Conquistado por Alexandre Magno por volta de 330 anos antes da era cristã, o país sofreu inúmeras invasões e foi palco da dominação estrangeira até a conquista pelos árabes no século VII da era cristã, que converteram a população tribal e nômade ao Islamismo. No início do século treze, o país foi invadido e devastado pelos mongóis, até que em 1747, surgiu um chefe afegão – Ahmed Shah, da dinastia Durrani – que conseguiu unificar o país, estabelecendo a capital em Kandahar. A Grã Bretanha tentou conquistar o país no fim do século 19, ficando com o controle da política exterior até o fim da primeira guerra mundial. Os anos entre as duas guerras foram caracterizados por uma relativa estabilidade, sob o reino do monarca Zahir Shah.

Em 1953, o general Daoud, primo do rei, tomou o poder como primeiro-ministro e conseguiu a ajuda econômica e militar da União Soviética, cuja política em relação ao Afeganistão mantinha as linhas e interesses do regime imperial czarista. Em 1973, Daoud depôs Zahir Shah, tomando o poder por meio de um golpe militar. Daoud foi assassinado em 1978, quando foi proclamada a República Democrática, governada por um conselho revolucionário presidido por Nur Mohammad al Tariki. Tariki acabou fuzilado em 1979 por uma facção pró norte americana, o que levou à invasão do país pelas tropas soviéticas. Durante os dez anos de ocupação pelas tropas da ex-União Soviética, os Estados Unidos armaram os guerrilheiros Mujahedin que travaram uma "guerra santa" (jihad) contra as forças governamentais e os soviéticos. Em conseqüência desse conflito interminável, cinco milhões de pessoas fugiram para o Paquistão e o Irã, até a retirada das tropas soviéticas em 1989, que sofrerem pesadas perdas em homens e equipamentos, deixando o país dividido e convulsionado por conflitos sangrentos entre facções rivais das diferentes tribos.

Os combates se agravaram com a emergência do Taleban, um grupo islâmico extremista que conseguiu conquistar o poder e impor um regime de terror, aplicando rigorosamente os preceitos da Sharia – a lei do Alcorão, com restrições severas às mulheres, obrigadas a vestir a "burkha" e vedando-lhes o acesso às escolas e ao trabalho profissional. Transgressores das leis foram sumariamente castigados com extrema crueldade, cortando os braços de ladrões, apedrejando até a morte mulheres adulteras e executando em praça pública os inimigos do regime.

O Taleban – movimento de estudantes islâmicos sunitas fundamentalistas – tomou o poder após a guerra civil que seguiu à retirada das tropas soviéticas. Mesmo depois de derrubado pelas tropas norte-americanas, conseguiram reagrupar-se e continuar a combater os invasores, a partir de refúgios nas regiões montanhosas da fronteira com o Paquistão. Entre os militantes "jihadistas" formou-se em 1998 o grupo radical Al Qaeda, que planejou e executou o ataque às torres do World Trade Center, em Nova York.

Guerra do Iraque

Após sofrer com os atentados de 11 de setembro, os Estados Unidos decidiram empreender uma “guerra contra o terror” apontando os governos que poderiam representar riscos à paz mundial. Nesse sentido, o presidente norte-americano George W. Bush e seu Conselho de Estado passaram a fazer uma campanha política pregando a intervenção no chamado “eixo do mal”. Entre os países que compunham esse grupo, estaria o Iraque, na época, liderado pelo ditador Saddam Hussein.

No ano de 2002, os EUA tentavam por meio da Organização das Nações Unidas provar que o governo iraquiano preservava um poderoso arsenal de armas químicas. Partindo dessa denúncia, George W. Bush ameaçou atacar o Iraque caso o governo daquele país não realizasse a destruição de seu arsenal militar. Em contrapartida, vários inspetores da ONU em visita ao Iraque não conseguiram obter provas concretas das acusações feitas pelos EUA.

Insistindo na veracidade de suas denúncias, o governo norte-americano pediu autorização do Conselho de Segurança da ONU para que pudesse promover a invasão militar do país. Sem ter provas reais que justificassem tal ataque, a ONU decidiu vetar o processo de ocupação dos EUA. Todavia, ignorando completamente a decisão da ONU, George W. Bush buscou apoio do governo britânico para que juntos promovessem a invasão militar do Iraque.

Em março de 2003, militares estadunidenses e britânicos deram início aos ataques que logo tomaram o controle da cidade de Bagdá. Cinco dias após a primeira ofensiva, os bombardeios à capital e o confronto com o exército iraquiano contabilizava um total de mais de 1000 mortes. No mês seguinte, Bagdá foi finalmente tomada pelas forças anglo-americanas, restando enfrentar as tropas e milícias do norte fiéis ao ditador Saddam Hussein.

Em maio, a ONU decidiu suspender todos os embargos econômicos há tanto tempo impostos ao Iraque e reconhecer a Autoridade Provisória de Coalizão, que deveria controlar o país, mesmo com a desconfiança da maioria da população. No final daquele mesmo ano, as tropas invasoras conseguiram capturar o foragido Saddam Hussein. Em pouco tempo, o ditador sofreu um processo criminal que o levou à pena de morte, sob a acusação de ter cometido diversos crimes contra a humanidade.

Nos dois anos seguintes, a bem sucedida ocupação sofreu com a oposição de grupos terroristas. Em 2005, a população iraquiana foi convocada às urnas para que escolhessem os membros integrantes de uma nova Assembléia Constituinte. Enquanto isso, dados apontavam que os atentados terroristas contra as forças estrangeiras alcançavam a faixa de noventa ataques diários. Internamente, os conflitos civis entre lideranças religiosas xiitas e sunitas ameaçavam a estabilidade do Iraque.

Durante esse período, dados extra-oficiais denunciavam que mais de 100 mil civis foram mortos na guerra. Enquanto isso, as nações responsáveis pela invasão tentavam convencer a opinião pública de que estavam garantindo a promoção de governos “justos” e “democráticos” pelo mundo. Contudo, ao longo do conflito, os EUA não conseguiram provar que o Iraque possuía um perigoso arsenal bélico de destruição em massa.

Por isso, muitos críticos apontam que a guerra teve suas motivações fundadas em outras questões subjacentes. No campo político, o ataque serviria para reafirmar a hegemonia político-militar dos EUA após os atentados de 11 de setembro. Além disso, a guerra traria grandes vantagens econômicas para as nações envolvidas com o controle sob as reservas de petróleo encontradas em território iraquiano.

Conflitos entre Israel e Palestina

Os conflitos entre Israel e Palestina nasceram em tempos remotos, pois se enraízam nos ancestrais confrontos entre árabes e israelenses. Mas os embates entre estes povos, que detêm a mesma origem étnica, recrudesceram no final do século XIX, quando o povo judeu, cansado do exílio, passou a expressar o desejo de retornar para sua antiga pátria, então habitada em grande parte pelos palestinos, embora sob o domínio dos otomanos. O ideal judaico de retorno á terra natal de seus antepassados é conhecido como Sionismo, vigente desde 1897, estimulado pela Declaração de Balfour, iniciativa britânica, que dá aos judeus aquilo que até então eles não tinham, direitos políticos próprios de um povo. Neste momento, vários colonos judeus começaram a partir na direção da terra prometida.

Com a queda do Império Otomano, a Inglaterra transforma a região em colônia britânica, instituindo um protetorado - apoio dado por uma nação a outra menos poderosa - na região pleiteada tanto por palestinos quanto por israelenses, o qual se estendeu de 1918 até 1939. Depois do início da Segunda Guerra Mundial, com a perseguição do Nazismo aos judeus, os problemas se agravaram, pois mais que nunca eles desejavam retornar à Palestina, há muito tempo consagrada como um território árabe.

O principal confronto entre palestinos e israelitas se dá em torno da soberania e do poder sobre terras que envolvem complexas e antigas questões históricas, religiosas e culturais. Tanto árabes quanto judeus reivindicam a posse de territórios nos quais se encontram seus monumentos mais sagrados. A ONU ofereceu aos dois lados a possibilidade de dividir a região entre palestinos e israelenses; estes deteriam 55% da área, 60% composta pelo deserto do Neguev. A Palestina resistiu e se recusou a aceitar a presença de um povo não árabe neste território.

Com a saída dos ingleses das terras ocupadas, a situação se complicou, pois os judeus anunciaram a criação do Estado de Israel. Egito, Jordânia, Líbano, Síria e Iraque se mobilizaram e deflagraram intenso ataque contra os israelenses, em busca de terras. Assim, o Egito conquista a Faixa de Gaza, enquanto a Jordânia obtém a área composta pela Cisjordânia e por Jerusalém Oriental. Como consequência desta disputa, os palestinos são desprovidos de qualquer espaço nesta região.

A OLP – Organização para Libertação da Palestina –, organização política e armada, voltada para a luta pela criação de um Estado Palestino livre, é criada em 1964. Logo depois, em 1967, os egípcios passam a impedir a passagem de navios israelenses e começam a ameaçar as fronteiras de Israel localizadas na península do Sinai, enquanto Jordânia e Síria posicionam seus soldados igualmente nas regiões fronteiriças israelenses. Antes de ser atacado, o povo israelita dá início à Guerra dos Seis Dias, da qual sai vitorioso, conquistando partes da Faixa de Gaza, do Monte Sinai, dasColinas de Golã, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Em 1982, obedecendo a um acordo com o Egito, assinado em 1979, os israelenses deixam o Sinai.

Em 1973, outra guerra se instaura entre Egito e Síria, à frente de outros países árabes, e Israel, o Yom Kippur, assim denominada por ter se iniciado justamente nas comemorações deste feriado, um dos mais importantes dos judeus, com um ataque surpresa dos adversários. Este embate provoca no Ocidente uma grande crise econômica, pois os árabes boicotam o envio de petróleo para os países que apóiam Israel, mas apesar de tudo os israelenses saem vitoriosos, com acordos estabelecidos em Camp David, território norte-americano. O Egito é o primeiro povo árabe a assinar umtratado de paz com Israel, sob os governos do egípcio Anuar Sadat e do primeiro ministro israelense Menahen Begin. Em conseqüência deste ato, o país é expulso da Liga Árabe.

Mas a paz não dura muito. Em 1982 Israel ataca o Líbano, com o suposto objetivo de cessar as investidas terroristas que seriam empreendidas pela OLP a partir de bases localizadas neste país. Cinco anos depois ocorre a primeiraIntifada – sublevação popular assinalada pela utilização de armas rudimentares, como paus e pedras, atirados contra os judeus; mas ela não se resumia só a essas investidas, englobava também vários atentados sérios contra os israelenses. Finalmente, em 1988, o Conselho Palestino rejeita a Intifada e aceita a Partilha proposta pela ONU.

No ano de 1993, através do Acordo de Paz de Oslo, criou-se a Autoridade Palestina, liderada pelo célebre Yasser Arafat. Os palestinos, porém, continuaram descumprindo as cláusulas do tratado por eles firmado, pois a questão principal, referente a Jerusalém, se mantém em aberto, enquanto os israelenses, mesmo dispostos a abandonar várias partes dos territórios ocupados em Gaza e na Cisjordânia, preservam neles alguns assentamentos judaicos. Por outro lado, não cessam os atentados palestinos.

Uma nova Intifada é organizada a partir de 2000. Um ano depois Ariel Sharon é elevado ao cargo de primeiro-ministro de Israel, invade novamente terras palestinas e começa a edificar uma cerca na Cisjordânia para evitar novos atentados de homens-bombas. Em 2004 morre Yasser Arafat, substituído então por Mahmud Abbas, ao mesmo tempo em que israelenses recuam e eliminam encraves judaicos nos territórios ocupados. O terror, porém, continua a agir. Em 2006 ocorre um novo retrocesso com a ascensão do Hamas, grupo de fundamentalistas que se recusa a aceitar o Estado de Israel, ao Parlamento Palestino. Qualquer tentativa de negociação da paz se torna inviável.

As chances do nascimento de um Estado Palestino eram crescentes, mas com a eleição do Hamas, não reconhecido pela comunidade internacional, tudo se complica e as possibilidades de paz se reduzem. Neste momento, por conta de confrontos internos entre os palestinos, eles perdem a maior oportunidade de garantir a soberania sobre o território reivindicado, pois há uma nova escalada do terror. Em 2006 também ocorre o afastamento de Ariel Sharon, atingido por um derrame cerebral que o deixa em coma. Ele é então substituído temporariamente por Ehud Olmert, logo depois consolidado no poder pela vitória de seu partido nas eleições.

Atualmente, a maior parte dos palestinos e israelenses concordam que a Cisjordânia e a faixa de Gaza devem constituir o Estado Palestino; e o Hamas e o Fatah uniram-se para a instauração de um governo de coalizão, à custa de muito sangue palestino derramado, mas esse passo ainda não foi suficiente para instalar a Palestina de volta nas mesas de negociação.

Irã e oposição ao Ocidente

A Revolução Islâmica fez do Irã uma república baseada nos preceitos religiosos do islamismo.

O Irã é um país do Oriente Médio muito presente nos noticiários por conta de seu governante autoritário e agressivo. Muito do que o país é hoje é fruto de uma revolução ocorrida na década de 1970 que colocou os dogmas da religião islâmica acima de todos os valores democráticos comuns nos outros países do mundo.

Na década de 1970 o Irã era governado pelo xá Reza Pahlevi, o qual desenvolvia um governo concentrando os poderes em um pequeno círculo de amigos e aliados. Desde a década de 1940 o líder do país se mantinha no governo do Estado, sem se preocupar muito com as diferenças entre os pobres e os ricos, esta se intensificou no decorrer da década de 1970. O regime do xá Reza Pahlevi gerava críticas ao plano econômico, mas principalmente quanto ao seu modo autoritário de conduzir a política no país.

A monarquia autoritária do xá possuía grande afinidade com o Ocidente, o que suscitava mais críticas dos opositores. O personagem com voz mais expressiva na oposição ao governante do Irã era o aiatolá Ruhollah Khomeini. O líder religioso e da oposição vivia exilado em Paris e de lá mesmo comandou as forças de oposição ao governo do xá, defendendo reformas sociais e econômicas no Irã, além de recuperar os valores religiosos e tradicionais do islamismo.

Somente no ano de 1979 que o líder da oposição conseguiu retornar ao Irã, no dia 1º de fevereiro, o que intensificou um quadro de estabilidade social e protestos. Nas vésperas do retorno de Khomeini ao Irã, a população do país deu início a um levante de oposição ao tipo de governo desenvolvido pelo xá Pahlevi, a chegada de Khomeini fez aguçar os protestos. Por vários lugares estouraram os confrontos entre os opositores e os partidários do regime vigente.

O clima de enfrentamento no país se intensificou e atingiu níveis cruéis para o Irã. Além dos protestos violentos, greves foram deflagradas em protesto e atingiram em cheio o seio da economia iraniana. Opositores de esquerda, liberais exiitas, todos se uniram contra o governante em função e deram início a um processo revolucionário.

Finalmente, em 1979, o xá Pahlevi foi deposto do poder, no dia 1º de abril, e o Irã foi declarado uma República Islâmica. Reza Pahlevi fugiu do país e o aiatolá Khomeini assumiu o cargo de chefe religioso e governante do país. A Revolução Islâmica alterou profundamente a estrutura social do país, estabelecendo novas doutrinas que passavam em primeiro lugar pela questão religiosa. O processo revolucionário que inicialmente era guiado por anseios democráticos e de melhorias das condições de vida dos iranianos, resultou no governo de um chefe religioso que transformou o país em um Estado teocrático.

A postura do governo assumida pelo novo chefe do país foi extremamente radical, novas leis, baseadas no islamismo, entraram em vigor, e uma ação de militantes islâmicos tomou americanos como reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerã. O Irã decretava o fim das afinidades com os Estados Unidos e o rompimento das relações.

Ao longo da Guerra Fria, o governo iraniano se posicionou como opositor dos Estados Unidos e também da União Soviética. Por se tratar de um Estado fundamentado nas doutrinas religiosas do islamismo, a questão em vigor era declarar inimizade com os “infiéis”, fossem capitalistas ou socialistas. A revolução mudou a vida dos iranianos, os castigos corporais foram liberados, a pena de morte entrou em vigor contra os defensores do xá, prostitutas, homossexuais, marxistas e judeus, além de hábitos ocidentais como vestuário, minissaia, maquiagem, música ocidental, jogos e cinema.

A postura do governo iraniano se manteve radical mesmo após a Guerra Fria, Bill Clinton chegou muito perto de reabrir diálogos com o Irã, mas seu sucessor na presidência dos Estados Unidos,George W. Bush, colocou o país no “eixo do mal”, juntamente com Iraque e Coréia do Norte. Desse modo, as relações voltaram a uma situação extrema, até hoje o diálogo do Ocidente com o Irã é complicado. Seu atual governante, Mahmoud Ahmadinejad, também segue uma linha autoritária fundamentada nos preceitos religiosos do islamismo, defendendo ainda posturas radicalíssimas. Recentemente, somente o presidente brasileiro, Luís Inácio “Lula” da Silva, conseguiu progredir nas relações amistosas com o país, mas o restante do mundo ainda tem receio em dialogar com o Irã por conta de suas decisões autoritárias, pelo interesse em possuir armas nucleares e as afinidades com o terrorismo.

CONCLUSÃO

Com a leitura desse trabalho podemos concluir que a Ásia e o maior continente da terra tendo assim vários tipos de relevo como planaltos com dois dos maiores Picos do mundo o Everest e também Godwin Awten o segundo mais alto do mundo, para o sul varias montanhas e planícies, também é um continente que sofre bastante com terremotos e maremotos. Na hidrografia destaca-se os rios Obi-Irtysh, Ganges, Tigres e Eufrates, Hoang Ho e lagos, os maiores são Cáspio, Aral, e o Mar morto. O clima no extremo norte predomina o clima polar, o centro do continente é dominado pelo clima temperado continental, mais ao sul temos os climas semiáridos e áridos. Os aspectos humanos dessa região é que atualmente no continente asiático vive mais da metade da população mundial 3,9 bilhões de habitante com viárias diversidades religiosas. No Oriente Médio há uma diversidade étnica e religiosa, mas sendo 70% de sua população e islâmica, mas também destaca-se o cristianismo e o judaísmo. A base de sua economia é o petróleo, mais também boa parte da população vive da economia tradicional, a agropecuária e o comercio. Nessa região também há vários conflitos sendo religiosos ou não os conflitos mais conhecidos foram a guerra entre o Iraque e o Irã que durou mais de 10 anos, o conflito no Afeganistão e o conflito de Israel contra a Palestina. 

BIBLIOGRAFIA

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