Padre Manoel Inconfidência Mineira

Padre Manoel Rodrigues da Costa

O padre Manuel Rodrigues da Costa foi condenado por não informar aos inquiridores quais eram os ajustes da Conjuração e os seus envolvidos, pois “maliciosamente ocultava o que sabia, para que se não embaraçasse a sublevação, que satisfeito esperava”. (AUTOS..., 1982, v. 7, p. 199)

Ele foi de todos os envolvidos no movimento sedicioso mineiro, o primeiro a ser libertado. Degredado para Portugal, ficou preso na Fortaleza de São Julião da Barra, de 30 de setembro de 1792 ao último trimestre de 1796.

De volta ao Brasil, na fazenda do Registro Velho, que lhe havia sido restituída, instalou técnicas modernas de cultivo da terra aplicando as técnicas agrícolas que aprendeu em Portugal, ao examinar fábricas de panos e vinhateiros.

De todos os envolvidos na Conjuração Mineira, o padre Manuel Rodrigues da Costa foi o único que conseguiu colocar em prática pelo menos um dos planos sediciosos: a implantação de manufaturas. Preocupado com o engrandecimento da pátria, procurou estudar diversas indústrias em Lisboa enquanto esteve preso, especialmente a de tecidos e a da fabricação de vinhos, como indicamos. Sendo um homem empreendedor, instalou em sua propriedade uma pequena fábrica de tecidos de lã para confeccionar uniformes militares e estabeleceu plantações de vinhas e oliveiras, como descrito por Saint-Hilaire. (AUTOS..., 1981, v. 4, p. 236-237) Além de próspero proprietário rural, padre Manuel Rodrigues destacou-se, também, como um dos ardentes promotores da Independência do Brasil em Minas Gerais, pela qual foi eleito deputado para a Assembleia Constituinte Imperial de 1823 e para a legislatura de 18262 , de que requereu e obteve dispensa da Câmara, em razão de sua idade avançada (72 anos) e por questões de saúde.

...