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Periodo Regencial

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Por:   •  26/11/2014  •  807 Palavras (4 Páginas)  •  282 Visualizações

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PERIODO REGENCIAL

Período regencial é como ficou conhecido o decênio de 1831 a 1840 na História do Brasil, compreendido entre a abdicação de D. Pedro I e o chamado "Golpe da Maioridade", quando seu filho D. Pedro II teve a maioridade proclamada.

Ocorre nesta fase uma série de rebeliões localizadas, como a Cabanagem, no Pará, a Balaiada no Maranhão, a Sabinada na Bahia e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.

As rebeliões eclodiram, num período de nove anos, em quase todo o país, a maioria delas decorrente da insatisfação das elites regionais aliadas com a classe média urbana (formada por profissionais liberais como jornalistas, funcionários e militares) que, insatisfeitos com o poder central do Rio de Janeiro, protestavam contra as dificuldades econômicas, o aumento dos impostos e a nomeação de governadores sem respaldo local.

Cabanada (1832 – 1835)

Eclodiu em Pernambuco, nas camadas mais simples da população - também ali chamados cabanos, como na Cabanagem paraense - e foi um movimento causado, sobretudo pela incompreensão das classes humildes face às mudanças no regime decorrentes da abdicação de D. Pedro I, razão pela qual tiveram apoios dos restauradores do Recife.

Com ideais religiosos, que a tornam similar à Guerra de Canudos, a Cabanada foi derrotada finalmente em 1835 por Manuel de Carvalho Pais de Andrade - o mesmo que em 1824 proclamara a Confederação do Equador e presidia a província.

Revolução Farroupilha (1835 – 1845)

A Farroupilha ou Farrapos foi à maior, mais importante e duradoura das rebeliões que eclodiram no período regencial, se estendendo além dele até 1845.

Sua causa econômica imediata foi o aumento dos impostos à província gaúcha, que afetaram diretamente os estancieiros já insatisfeitos com a concorrência dos produtores argentinos e uruguaios.

No dia 20 de setembro de 1835 Porto Alegre foi tomado e proclamou-se a República Rio-Grandense. O líder Bento Gonçalves foi aprisionado e enviado para Salvador, onde consegue fugir e retornar, governando a província em 1837. Sob comando de Giuseppe Garibaldi proclamam em Santa Catarina a República Juliana, unida consideradamente à Rio-Grandense.

As Regências não conseguiram por um fim ao levante, que somente veio a ocorrer no Segundo Reinado.

Revolta dos Malês (1835)

Salvador tinha metade de sua população composta por negros que exerciam atividades liberais rentáveis para seus senhores, em profissões como alfaiate, carpinteiro, ambulante, etc.. Em janeiro de 1835 os escravos de orientação religiosa muçulmana, chamados então de malês, organizaram uma revolta que teve intensa reação do governo, que os dizimou.

Foi o mais importante dos levantes urbanos de escravos do país, embora tenha durado menos de um dia; cerca de 600 escravos tomaram a capital baiana, a maioria deles alfabetizada em árabe e sob o contexto religioso de uma jihad. Nas lutas intensas 70 escravos morreram, e cerca de 500 foram presos e condenados a açoites, prisão ou morte.

Seu principal efeito, junto aos demais levantes escravos do período, foi semear o temor na classe dominante, que reagiu de duas formas: de um lado reforçou

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