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RECONSTRUÇÕES DE 1964

Por:   •  19/6/2016  •  Monografia  •  27.851 Palavras (112 Páginas)  •  230 Visualizações

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

“RECONSTRUÇÕES DE 1964.”

Nome: Eduardo Madureira Leal

Orientador: Prof.º  Murilo Sebe Bon Meihy

NITERÓI

2006


EDUARDO MADUREIRA LEAL

“RECONSTRUÇÕES DE 1964.”

Monografia apresentada à diretoria do curso de graduação da Universidade Salgado de Oliveira, como requisito para a obtenção da Licenciatura em História, sob a orientação do Prof.º Murilo Sebe Bon Meihy.

NITERÓI

2006


 “RECONSTRUÇÕES DE 1964.”

EDUARDO MADUREIRA LEAL

Aprovada em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

Murilo Sebe Bon Meihy

Titulação: __________________________________

Universidade Salgado de Oliveira

Mauricio Parada

Titulação: __________________________________

Universidade Salgado de Oliveira

Poméia Genaio

Titulação: __________________________________

Universidade Salgado de Oliveira

CONCEITO FINAL: _____________________


Dedico este trabalho à minha tão querida filha Amanda de Barros Madureira que, com gestos simples e linguagem inocente, tem o dom de penetrar-me o coração, iluminar minha alma e, lembrando-me que o segredo da felicidade está nas coisas simples da vida, figura nas páginas principais da minha história. Agradeço-te, filha amada, por ser minha maior fonte de alegria e peço perdão por não poder ter tido mais e mais momentos dedicados a você principalmente em prol desta minha meta, desta minha realização. Que ela possa lhe servir de estímulo para a vida, para superação constante e para que você nunca desista de realizar seus sonhos.


AGRADECIMENTOS

Não poderia deixar de agradecer à minha família, em especial à minha mãe, JÚLIA DE SOUZA MADUREIRA. Nada do que pudesse escrever aqui seria suficiente para externar a gratidão, afeto e o amor que lhe reservo. Afinal, abdicou de seus sonhos para que eu pudesse sonhar; passou noites em claro para que eu dormisse tranqüilo; enxugou minhas lágrimas para que fosse feliz; acreditou em mim mesmo nas minhas fraquezas; graças à sua extremada dedicação, carinho e obstinação, hoje me reconheço como pessoa; é graças a ela, graças as suas mãos a guiar às minhas no aprendizado das primeiras letras, das primeiras palavras, que hoje posso dedicar-lhe esta singela homenagem.

Quantos aos amigos, ah os amigos, o que seria de nós sem eles? Tenho receio de, por ato falho, esquecer de citar o nome de algum e, assim, prefiro me abster do risco. Entretanto, tenham todos a certeza de que seu apoio foi fundamental nesta empreitada e que minha gratidão é tão grande quanto os laços de amizade que nos unem.

Apesar de serem muitos os amigos que corroboraram para a realização deste objetivo, há aqueles que por justiça não posso deixar de citar; aqueles que fizeram às vezes de correligionários concedendo-me apoio irrestrito e incondicional. Ademais, se a formatura é o coroamento de uma história de sucesso, personagens como ELENIZETE PEREIRA NUNES e CARLOS JOSÉ SOUZA DAS CHAGAS atuaram como protagonistas neste episódio. Solícitos às minhas necessidades, estiveram sempre prontos a me auxiliar no que fosse necessário e, por isso, muito me apraz dedicar-lhes estas linhas singelas de agradecimento.

Ao meu Orientador, Professor MURILO SEBE BON MEIHY que, com profissionalismo, ética, empenho e entusiasmo me conduziu neste processo de compilação monográfica. À Professora POMÉIA GENAIO que, dentre tantos outros profissionais do ensino que compartilharam conosco seu suor, seus conhecimentos, me concedeu orientação paralela específica sobre o assunto que escolhi como tema, uma vez que é profundamente especializada na área. Assim, apesar de ser grato a todos, imortalizo-os na minha história com esta singela nota de agradecimento.

Existe ainda Àquele, que tornou tudo isso possível; Àquele a quem não caberiam agradecimentos no maior de todos os livros já editados mas que, em ao mesmo tempo, se contenta com nossa sincera gratidão no recolhimento de nossas orações; compete aqui tornar público o agradecimento a DEUS pelo dom da vida, da sabedoria, pela oportunidade e pelo privilégio de poder estar concluindo mais esta etapa na caminhada da minha vida, vitória esta conquistada em Seu nome, louvor e glória.


RESUMO

Esta monografia relativiza a história oficial reproduzida sobre os acontecimentos de 1964 à luz de novas metodologias e fontes. Para tanto, utiliza-se tanto de fontes “tradicionais” como as diversas bibliografias, quanto de depoimentos, insumo básico da “história oral.” Apesar de considerar as análises marxistas, busca trabalhar os fatos e dados à luz dos Annales.

Remonta à conjuntura da década de cinqüenta para explicar a construção da crise de 1964 através dos aspectos econômicos, sociais e, sobretudo, políticos que a precederam, assim como vislumbra sucintamente os desdobramentos e distorções imputados a este fato histórico a posteriori, reflexos de ideologias hegemônicas. Esta conjuntura se inicia pelos aspectos globais e afunila-se para o Brasil do após-Guerra. A nível nacional são considerados os aspectos do segundo governo do Presidente da República Getúlio Vargas e de seu sucessor, Juscelino Kubitscheck. A análise da confluência de ambos deságua nas dificuldades encontradas por Jânio Quadros e, consequentemente, por João Goulart na condução do governo e das políticas públicas.

Considera-se também a ação norte americana que, direta e indiretamente, influenciou a América Latina e mais especificamente o Brasil. Contudo, muitos autores e entrevistados atribuem como fator principal da crise a inapetência administrativa de Jânio Quadros, fato que é discutível se vislumbradas as dificuldades que se impuseram à implantação de seus projetos de governo.

Por fim, prestigia-se à história oral colhida através dos depoimentos de protagonistas militares do regime. Em geral, todos atestam ter sido um movimento desarticulado que, apesar de suas motivações burguesas por vezes camufladas sob os preceitos da “segurança nacional”, tiveram incentivo de vários segmentos da sociedade para a sua consolidação. Hoje, a maioria dos entrevistados reconhece ser uma impropriedade lingüística atribuir o termo “revolução” a 1964 uma vez que não houve ruptura com os modelos pré-estabelecidos, assim como é muito relativo o uso stricto sensu da terminologia “golpe” ou mesmo “ditadura”, sobretudo quando comparadas com fatos de outros períodos históricos. Enfim, ao passo que os militares se ressentem do desprestígio que lhes foi dispensado pós “Diretas Já”, fica o alerta para a necessidade de identificar à que hegemonias interessam este achaque e quais as ideologias que elas têm praticado e reproduzido.

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