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Urbanização E Industrialização No Paraná

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Por:   •  9/3/2015  •  3.067 Palavras (13 Páginas)  •  1.060 Visualizações

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Urbanização e industrialização no Paraná

Ensino Médio

As primeiras vilas e cidades do Paraná

Os primeiros povoados que surgiram, na área que hoje é o Estado do Paraná, foram fundados por espanhóis, Ciudad Real del Guayra, em 1557, próximo ao atual município de Guaíra e Villa Rica Del Espiritu Santu em 1576, onde se encontra hoje o município de Fenix.

Além desses povoados, foram fundadas as reduções, que eram aldeias administradas por padres espanhóis: os jesuítas. A presença espanhola nessa parte da América foi resultado do tratado de Tordesilhas, bassinado entre Portugal e Espanha, em 1494. Por este tratado, a Espanha detinha a maior parte das terras que forma o nosso estado hoje. Nesse contexto, século XV, os espanhóis foram abrindo caminhos e estenderam seus domínios territoriais, com o objetivo de aprisionar índios, escravizando-os, deter as contínuas invasões dos portugueses em seu território e conseguir no futuro um porto marítimo, no Atlântico, para Assunción.

Com a destruição da maioria dos povoados espanhóis e das reduções jesuítas, as terras pertencentes à Coroa espanhola foram praticamente abandonadas tanto pelos portugueses como pelos espanhóis no decorrer do séculoXVII.

As terras que pertenciam a Portugal foram efetivamente ocupadas com a descoberta de ouro próximo à Baía de Paranaguá, na metade do século XVII, fato que marca o início do povoamento do nosso litoral.

Nesse período, Paranaguá pertencia à Capitania de São Vicente, em função da divisão territorial do Brasil realizada por D. João III, em 1534, denominada de Capitanias Hereditárias. É importante ressaltar que essas terras eram efetivamente ocupadas por vários povos indígenas. Os conflitos entre os colonos europeus e brasileiros e os povos indígenas eram freqüentes, por causa da invasão de suas terras. Esses povos reagiram pacífica ou violentamente contra a presença e o processo de povoamento imposto pelos europeus e brasileiros, assim como foram incorporados ao processo de colonização.

Os portugueses iniciaram a colonização do Paraná pelo litoral e a mineração foi a atividade que motivou o povoamento deste território. Com a notícia do ouro na baía de Paranaguá, um grande número de pessoas foi atraído para esta localidade vindo de várias partes de Portugal e da América portuguesa, como: São Vicente, Santos e Rio de Janeiro. Em função dessa descoberta, Paranaguá foi elevada à categoria de vila em 1660, século XVII.

Na esperança de fazer fortuna, a busca pelo ouro reinou por mais de cem anos. Como Paranaguá (1648), novos povoados foram surgindo na trilha do ouro: Curitiba (1693), Guaratuba (1771) e Antonina (1797). A atividade mineradora ajudou a abrir caminhos e a formar povoados que se transformaram em cidades.

A cidade de Curitiba foi fundada por desejo dos moradores da região, que queriam organizar a comunidade que se formara no Primeiro Planalto. A criação de uma Vila ou Município no Brasil, durante o período colonial, seguia as determinações da coroa portuguesa, sendo que as Câmaras Municipais instituídas nessas Vilas representavam a aliança entre o poder central e o poder local.

A Câmara Municipal de Curitiba foi fundada em 1693 e, em 1721, recebeu a visita do Ouvidor Raphael Pires Pardinho, funcionário real enviado pelo rei D. João V (1689-1750), para organizar as vilas da colônia, do qual a câmara recebeu instruções sobre como deveria funcionar. As normas impostas pelo ouvidor Pardinho são chamadas de

Provimentos e detalham sobre toda a organização da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba.

Entre os provimentos do ouvidor, existem os que legislam sobre a organização do espaço urbano. A concepção de ocupação do espaço urbano adotada pelo Estado português tinha como modelo “a quadra retangular perfeitamente adensada, vista a partir da rua como um conjunto compacto de fachadas, delimitadas por ruas em grade” A permissão para as construções eram cedidas pela Câmara de acordo com regras pré-estabelecidas que buscavam reforçar a idéia da cidade como um espaço destinado a atividades comerciais, artesanais e religiosas, demarcando as especificidades do campo e da cidade. O Estado, através de sua legislação, demonstrava a preocupação em definir e separar os espaços públicos e privados, buscando a disciplinarização do convívio em comunidades.

O crescimento das populações dos “lugares” ou povoamentos do litoral, no século XVIII, e as relações das mesmas com as vilas de Paranaguá e Curitiba permitiram que novas vilas fossem fundadas naqueles territórios. Leia o que a historiografia relata sobre a fundação de Antonina e Morretes.Ensino Médio

Dado a diminuição do ouro encontrado na Baía de Paranaguá e a notícia da descoberta desse minério na província de Minas Gerais, no final do século XVII, ocorreu um esvaziamento da população dos garimpos paranaenses para aquela região, pois, a maior parte do ouro do litoral paranaense era de aluvião, ou seja, encontrado no leito dos rios, nas encostas ou nas camadas superficiais da terra. Esta forma de garimpagem, mais simples, era denominada de faisqueira. O ouro deixou de ser a atração do litoral paranaense. A vida econômica, antes resumida na mineração, voltou-se para outras atividades.

Muitas dessas atividades ainda eram ligadas à mineração, entre elas estava a pecuária. O gado foi utilizado economicamente nas mais diversas formas: na alimentação, nos trabalhos domésticos, na agricultura, no transporte e no aproveitamento do couro. Com a diminuição do Urbanização e industrialização no Paraná ouro garimpado no território paranaense, a pecuária ganhou destaque, pois o comércio de gado com a região de Minas Gerais se tornou atrativo.

O tropeirismo era a atividade realizada por homens que trabalhavam com a venda e transporte de gados vacum, muares e mercadorias de uma região para outra. Para esta tarefa, os tropeiros utilizavam as mulas por serem mais resistentes aos caminhos de difícil acesso. As tropas eram de propriedade dos tropeiros, que viajavam pelo interior da colônia alugando seus serviços e a capacidade de carga de seus animais.

Os tropeiros exerciam, assim, o papel de comerciantes ao comprar e vender produtos nas localidades por onde passavam, chegando a fazer o papel de “mensageiros” quando levavam notícias dos moradores de uma localidade para outra num território que abarcava as fronteiras castelhanas do Rio Grande do Sul até as Minas Gerais. As idades

onde estes tropeiros instalaram suas famílias passaram a concentrar parte da riqueza da

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