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Abcasde

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Por:   •  14/1/2015  •  Resenha  •  765 Palavras (4 Páginas)  •  186 Visualizações

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sua esposa, o assassinato dela e do amante e a prisão dele – Andy – acusado do duplo homicídio. Ele foi condenado por lhe acusarem de ter pronunciado a frase: “Vou vê-la no inferno, antes de vê-la em Reno”. Inocente ou não, recebeu a pena máxima, perpétua, duas vezes.

Nessa primeira cena, destaca-se a contradição entre o bancário (Andy) e o golfista (Quenny, amante). Pelas profissões, pode-se depreender que o primeiro exerce uma profissão que exige muita concentração e um grau de intelectualidade altíssimo – como foi comprovado no decorrer do filme; por isso, mais sedentária. Enquanto a profissão de Quenny exige dinâmica com o corpo, proporcionando menos tensão. Daí, percebe-se o antagonismo entre os dois personagens e a preferência da esposa pelo amante, o qual mostra-se mais propenso para a firmação da sexualidade.

Logo depois, vê-se a entrada no presídio, um momento constrangedor em que os presos são expostos aos veteranos. Aqueles são lavados, têm os cabelos raspados e caminham despidos dentro da prisão. Neste momento, presencia-se mais intensamente a bifurcação: prisão e liberdade. Percebe-se que há uma destruição da identidade deles, que passam a caracterizarem-se como seres sem rostos, cidadãos excluídos da sociedade e entregues a violência.

Nesse ínterim, infere-se que são criados outros seres, os quais tentam sobreviver como podem. Red diz “A vida lá fora desaparece num piscar de olhos”. Também, outras dicotomias surgem: inclusão e exclusão, homogeneidade e heterogeneidade. Nanter suas antigas identidades; por exemplo, Andy – o qual é violentado em sua masculinidade. Abusado sexualmente por Bogs, ora apresenta-se inconformado, ora submisso.

Na segunda, tanto as regras do presídio – nas quais, a primeira é “Não blasfemar” – quanto nas palavras do diretor: “Acredito em duas coisas: na disciplina e na Bíblia” realçam o anseio de domar os sentimentos dos presos, forçando-os a manter a falsa ideia de devotos, ou seja, de corpos dóceis (Foucault, 2005), facilmente manipulados. Todavia, Andy não aceita as imposições da prisão, com maestria transforma o meio, sem afetar a ordem pré-estabelecida pelo diretor.

Dentre as várias personagens, Andy Dufresne pode ser considerado inteligente e centrado, o qual perde sua liberdade por falta de um álibi e pela incapacidade da justiça de averiguar os fatos minuciosamente. Este personagem constitui-se o mais manipulador da trama; haja vista que consegue desviar a atenção de todos de suas reais intenções: libertar-se.

Ele utiliza a Bíblia como aliada; pode-se averiguar esse fato quando utiliza as mensagens bíblicas para persuadir seus oponentes; o diretor, em especial. O diálogo inicial dele é suscito, mas inflamado de energia: “Marcos 13: 35 – Vigiai, pois porque não sabes quando virá o senhor da casa se à tarde, se à meia noite, se ao cantar do galo, se pela manhã”; “João 8: 18 – Sou eu quem dou testemunho de mim mesmo, e o pai que me enviou dá testemunho de mim”. Esses dois versículos podem ser plurissignificativos; por um lado, representar a liderança de Norton, como homem de Deus, como é pregado por ele mesmo; por outro, demonstrar a inferioridade humana diante das leis de Deus; ainda, mostrar que Norton era o maior blasfemador, visto sua personalidade corrupta.

Ele pode ser considerado revolucionário e determinado em

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