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Crepúsculo

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Por:   •  26/11/2014  •  Abstract  •  10.548 Palavras (43 Páginas)  •  238 Visualizações

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Crepúsculo

(Twilight)

STEPHENIE MEYER

Primeiro livro da série.

PREFÁCIO

Eu nunca pensei muito sobre como eu iria morrer - achei que eu tinha motivos suficientes nos últimos meses - mas mesmo que eu não tivesse, eu não iria imaginar assim.

Eu encarei sem respirar através do longo aposento, dentro dos olhos escuros do caçador, e ele olhou agradavelmente de volta pra mim.

Com certeza essa foi uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, outra pessoa que eu amava.

Nobre, até. Que deve ser levado em conta pra alguma coisa.

Eu sabia que se eu nunca fosse para Forks, eu não estaria encarando a morte agora. Mas, aterrorizada como eu estava, eu não podia me fazer lamentar a decisão.

1. À PRIMEIRA VISTA

Minha mãe me levou ao aeroporto com as janelas abaixadas. Estava fazendo 24°C em Phoenix, o céu estava um azul perfeito e sem nuvens. Estava vestindo minha camiseta preferida: sem mangas, de renda furadinha. Usava-a como um gesto de despedida. Minha bagagem de mão era um parka.

Na Península Olímpica, no noroeste do estado de Washington, nos Estados Unidos, existe uma cidadezinha chamada Forks que está quase que constantemente coberta por nuvens. Nessa cidade desimportante chove mais do que em qualquer outro lugar do país. Foi dessa cidade e da sua sombra depressiva e onipresente que minha mãe fugiu comigo quando eu tinha só alguns meses de vida. Era nessa cidade que eu era obrigada a passar todos os verões até completar 14 anos. Aquele foi o ano em que bati o pé. Então, nos últimos três verões, meu pai, Charlie, passou duas semanas de férias comigo na Califórnia.

Agora era em Forks que ia me exilar, algo que fiz com muito custo. Eu detestava Forks.

Eu amava Phoenix. Amava o sol e o calor escaldante. Amava a cidade vigorosa e grande.

— Bella — minha mãe me disse - pela milésima vez - antes de eu entrar no avião. — Você não precisa fazer isso.

Minha mãe parece-se comigo, exceto pelo cabelo curto e pelo rosto risonho. Senti um espasmo ao encarar os olhos infantis e bem abertos dela. Como poderia deixar minha amorosa, errática e ingênua mãe para se cuidar sozinha? Claro, ela tinha o Phil agora, então as contas provavelmente seriam pagas, haveria comida na geladeira, gasolina no carro, e alguém pra ligar quando ela se perdesse, mas ainda assim...

— Eu quero ir — eu menti. Sempre fui uma péssima mentirosa, mas já estava contando essa mentira tão freqüentemente por esses dias que agora já soava quase convincente.

— Diz 'oi' para o Charlie por mim.

— Pode deixar.

— Verei você logo — ela insistiu. — Pode voltar pra casa quando quiser. Virei assim que você precisar.

Mas pude perceber o sacrifício em seus olhos, por trás da promessa.

— Não se preocupe comigo — eu pedi — Vai ser ótimo. Amo você, mãe.

Ela me abraçou apertado por um tempo, então entrei no avião e ela se foi.

De Phoenix para Seatle o vôo dura quatro horas, mais uma hora num pequeno avião até Port Angeles, e então uma hora de carro até Forks. O vôo não me incomodava, já passar uma hora num carro com Charlie estava me preocupando.

Charlie estava sendo até legal sobre essa história toda. Ele parecia genuinamente feliz que eu iria morar com ele quase que permanentemente pela primeira vez. Ele já tinha me matriculado na escola e ia me ajudar a arranjar um carro.

Mas com certeza ia ser estranho morar com Charlie. Nenhum de nós era o que se poderia chamar de falantes, e nem sei o que haveria para ser dito. Sabia que ele estava mais do que confuso com a minha decisão - como minha mãe já havia feito antes de mim, eu nunca tinha escondido que não gostava de Forks.

Quando o avião pousou em Port Angeles, estava chovendo. Não achei que fosse um mau presságio, só era inevitável. Já tinha me despedido do sol.

Charlie estava me esperando no carro-patrulha. Já era de se esperar. Charlie é o Chefe de Polícia para os bons cidadãos de Forks. Meu motivo maior para comprar um carro, apesar da escassez dos meus rendimentos, era que eu me negava ser levada pela cidade num carro com luzes vermelhas e azuis em cima. Nada melhor pra fazer o trânsito andar devagar do que um policial.

Charlie me deu um abraço meio estranho, de um braço só, quando sai tropeçando do avião.

— Bom te ver, Bells. — ele disse sorrindo, enquanto automaticamente me segurava para eu não cair. — Você não mudou muito. Como vai Renée?

— Mamãe vai bem. É bom te ver também, pai. — ele não me deixava chamá-lo de Charlie.

Só tinha trazido algumas malas. A maior parte das roupas que usava no Arizona eram muito permeáveis para usar em Washington. Minha mãe e eu tínhamos nos juntado para suplementar meu guarda-roupa com roupas de inverno, mas ainda tinha pouca coisa. Coube tudo na mala do carro-patrulha, facilmente.

— Achei um bom carro para você, bem barato. — ele anunciou quando já estávamos no carro.

— Que tipo de carro? — achei suspeito a maneira como ele disse "carro bom para você", ao invés de só "carro bom".

— Bem, na verdade é uma caminhonete, um Chevrolet.

— Onde o achou?

— Lembra-se de Billy Black, de La Push? — La Push é a pequena reserva indígena na costa.

— Não.

— Ele costumava ir pescar conosco no verão. — Charlie ofereceu ajuda.

Isso explicaria porque eu não lembrava dele. Me dou bem em bloquear da minha memória coisas dolorosas e desnecessárias.

— Ele está numa cadeira de rodas agora — Charlie continuou quando não respondi — então não pode dirigir mais, por isso se ofereceu para vender a caminhonete bem barato.

— De que ano é? — pude ver pela mudança de expressão que essa

...

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