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MATERIAL DE NIVELAMENTO PORTUGUES

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Por:   •  3/6/2013  •  7.523 Palavras (31 Páginas)  •  1.216 Visualizações

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MATERIAL DE NIVELAMENTO

PORTUGUÊS

2ª ETAPA – Morfossintaxe

1 – Classes de palavras variáveis

Em português há seis classes de palavras variáveis, isto é, sofrem flexões de

gênero e de número, ou de tempo e modo como os verbos. É importantíssimo reconhecer

essas classes de palavras e empregá-las corretamente, pois no dia-a-dia fazemos constantemente

concordância nominal (dos adjetivos e dos pronomes com os substantivos,

por exemplo), ou concordância verbal (do verbo com o sujeito). Aqui faremos uma revisão

do substantivo e do adjetivo, uma vez que os pronomes e os verbos aparecerão em outras atividades.

1.1 Substantivo – É o nome de todos os seres que têm existência real ou não.

Ex.: flor, homem, saudade, alma, saci, etc.

Os substantivos apresentam flexão de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural). Escrevemos, por exemplo, “as flores do jardim”, em que flores é feminino, plural, e jardim é masculino, singular.

Dentre os substantivos, vamos destacar os coletivos, que, embora estejam

no singular, indicam vários seres da mesma espécie. Quando empregamos o coletivo específico, não há necessidade de modificadores: Comprei um atlas, Visitei um arquipélago. Se utilizarmos um coletivo não-específico, há exigência de modificadores: junta de médicos, de dois bois, de examinadores; réstia de alhos, de cebolas, etc.

1.2 Adjetivo – É a palavra que modifica o substantivo, indicando qualidade,

defeito, estado ou condição. Ex.: homem bom, toalha rasgada, casa suja, rica mulher.

Assim como os substantivos, os adjetivos apresentam flexão de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural). Em português, a flexão de número é

redundante, uma vez que usamos três marcas de plural ao escrever “As casas

amarelas”, por exemplo.

É muito importante reconhecer a locução adjetiva (conjunto de duas ou mais

palavras com valor de adjetivo), que na sintaxe funciona, normalmente, como adjunto adnominal. Ex.: corpo de professores = corpo docente; águas da chuva = águas pluviais; corrente de prata = corrente argêntea. O conhecimento das locuções adjetivas e de seu valor não só facilita a compreensão dos textos, como também amplia o vocabulário das pessoas, tanto que aparece com muita freqüência nos exercícios de palavras cruzadas.

Como tudo depende do contexto em que é utilizado, às vezes, uma palavra considerada adjetivo em um texto passa a ser substantivo em outro. Exemplificando: Em “céu azul”, temos o adjetivo azul que modifica o substantivo céu; já em “o azul do céu”, precedido de artigo, azul passa a funcionar como substantivo.

Observe o texto abaixo:

Adolescentes estressados

Para muitos pais, filhos adolescentes devem apresentar desempenho brilhante

não só na escola, mas na aula de música, de dança, nos esportes e até no convívio social.

Má notícia para os que estão cobrando demais: o resultado tem sido filhos estressados.

Um estudo realizado com jovens americanos e japoneses prova isso. Os americanos, que gastam doze horas a menos com o colégio por semana, sofrem mais com os sintomas do estresse: dor de cabeça e insônia. A diferença é que os pais japoneses cobram muito, mas apenas em uma área, a dos estudos. (VEJA, 15-03-2000)

O termo americanos aparece duas vezes no texto. Ele pertence ou não à mesma

classe gramatical? Explique.

Comentário do professor:

Não. No primeiro caso, funciona como adjetivo, pois modifica o substantivo

jovens; no segundo, funciona como substantivo, pois vem precedido

do artigo os.

2 – Emprego dos pronomes pessoais, de tratamento e relativo

Na língua portuguesa, há seis tipos de pronomes (pessoal, possessivo, demonstrativo, indefinido, interrogativo e relativo). Os brasileiros sempre têm muita dificuldade no emprego dos pronomes pessoais e relativos, principalmente. Vamos estudá-los agora.

2.1 Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas) funcionam

como sujeitos . Os pronomes pessoais oblíquos (me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, o(s), a(s), lhe(s), nos, conosco, vos, convosco) funcionam como complementos verbais (objeto direto e objeto indireto7 ).

Ex.:

Nós não os conhecemos. (Nós = sujeito; os = objeto direto)

Ela já lhe perdoou? (Ela = sujeito; lhe = objeto indireto)

As pessoas costumam trocar o emprego desses pronomes, assim:

Eu já lhe substituí. Nós sempre o obedecemos.

Quando deveriam utilizar: Eu já o/a substituí. Nós sempre lhe obedecemos.

_______________________________

6 Sujeito: É o termo essencial da oração de quem se afirma alguma coisa.

7 Objeto direto: É o termo que completa o sentido de um verbo, geralmente sem

preposição; objeto indireto: É o termo que completa o sentido de um verbo, sempre com preposição.

Sempre que houver preposição, devemos empregar os pronomes pessoais

Oblíquos tônicos.

Ex.:

Nada há entre mim e ti.

Não houve nada entre ela e mim.

Não confunda com o pronome pessoal reto que funciona como sujeito do infi nitivo.

Ex.:

Este livro é para eu ler. (= para que

...

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