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Oi Tudo Bom

Artigo: Oi Tudo Bom. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/12/2014  •  743 Palavras (3 Páginas)  •  331 Visualizações

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]No lugar de produtos semiprontos, um cardápio balanceado, elaborado com carne, frutas, verduras e legumes da agricultura regional na merenda escolar. A proposta, apresentada pela nutricionista Mariana Pedrosa Lô, foi aos poucos mudando os hábitos alimentares dos 3.287 alunos matriculados na rede municipal de Educação de Aiuaba (CE), que compreende a educação infantil, ensino fundamental I e II e Educação de Jovens e Adultos (EJA). "Eu cheguei para mudar. E comecei cortando o sopão industrializado da merenda, por causa do alto teor do sódio", diz Mariana. Nascida em Arneiroz, município vizinho a Aiuaba, localizados no sertão cearense, ela conta que, assim que se tornou responsável técnica pelo Programa de Alimentação da Merenda Escolar da rede municipal, em 2009, começou a percorrer as unidades de ensino de todo o município. O objetivo era conhecer os locais de produção e oferecimento das refeições servidas aos estudantes. "Fui identificando as condições inadequadas encontradas na alimentação dos alunos e, ao mesmo tempo, inserindo produtos mais saudáveis no cardápio", diz.

No entanto, tirar as frituras, o sal e o açúcar dos pratos das crianças, que vivem numa região carente, a 400 quilômetros da capital cearense, exigiu esforço e dedicação da nutricionista. Para garantir uma dieta mais nutritiva a elas, Mariana se apoiou na nova lei federal da merenda escolar, criada no mesmo ano em que chegou à rede, que prevê o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis. "O problema é que eu apontava o que precisava ser mudado no cardápio, no preparo e na distribuição da merenda, mas, quando voltava na semana seguinte, encontrava os mesmos erros." Uma das principais dificuldades era fazer com que as merendeiras seguissem o menu proposto para as refeições. "Elas sempre inventavam alguma desculpa para descumprir o cardápio", lembra

Para reverter o cenário, a nutricionista desenvolveu, ao longo dos últimos cinco anos, um conjunto de ações de educação alimentar e nutricional, propostas de maneira complementar.

Merendeiras

O primeiro passo foi promover a valorização das profissionais manipuladoras de alimentos com o objetivo de propiciar atitudes de autocuidado e promoção da saúde das trabalhadoras. "Em conjunto com a equipe de saúde da família nas escolas, nós fizemos um mapeamento completo das merendeiras, que incluiu todos os exames de rotina", explica. Segundo Mariana, o número de mulheres com excesso de peso, obesidade ou ainda com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, chamou a atenção da equipe, que organizou uma série de palestras com profissionais especializados, para incentivá-las a cuidar melhor da saúde. "Diagnosticamos uma mulher diabética, com excesso de peso e que nunca havia feito exames de rotina. Se não tivéssemos feito esse controle com as profissionais, ela iria demorar muito mais tempo para descobrir a doença", diz.

Depois de cuidar da saúde e melhorar a autoestima das profissionais responsáveis pelo preparo das refeições, o próximo passo foi oferecer capacitação a elas. O processo, que se dá de forma continuada, envolve as merendeiras de toda a rede. No primeiro dia, as profissionais assistem a palestras sobre alimentação, higiene, controle de qualidade e armazenamento. No segundo, elas participam da oficina culinária, onde realizam aulas práticas, executando e introduzindo novas receitas ao cardápio. "É uma maneira de identificarmos os principais erros considerados inaceitáveis no preparo das refeições, desde o armazenamento até a distribuição dos alimentos, e corrigi-los na hora", explica.

Por fim, no último dia da oficina, as merendeiras apresentam os pratos que cada uma delas preparou, explicando como foram feitos, quais as normas de higiene utilizadas e como elas fariam a distribuição nas escolas. Para incentivar que as merendeiras colocassem em prática o que aprenderam, a nutricionista de Aiuaba criou o projeto Na cantina há uma estrela que brilha. Por meio dele, o Conselho de Alimentação Escolar passa mensalmente nas unidades de ensino fiscalizando o cumprimento das normas de higiene sanitária dos alimentos. "São analisadas a higiene dos utensílios, dos alimentos, do ambiente, do armazenamento, além da higiene pessoal das merendeiras, como unhas cortadas, cabelo preso, entre outros itens", explica Mariana. Assim, o programa destaca duas profissionais: uma responsável pela merenda escolar na primeira infância e outra no ensino fundamental. Cada uma delas recebe um prêmio e tem uma foto colocada em destaque na cantina da escola. "As ações buscam fazer com que as merendeiras se sintam reconhecidas, já que são a peça fundamental para a boa alimentação dos alunos", ressalta o secretário municipal de Educação, Alércio Arraes.

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