Visão geral escritores da literatura brasileira

RESUMO

João Guimarães Rosa (1908-1967) - Retratava a vida sofrida do sertão, Manuelzão e Zito relembram os principais personagens do escritor. Formou-se em medicina, escritor e diplomata. Uma de suas ultimas obras foi: Às pessoas não morrem, ficam encantadas. Após dois dias faleceu.

Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990) - Afonso Arinos foi político, ministro, escritor, diplomata e professor de direito. Foram uns dos primeiros á se preocuparem com o racismo, realizando a 1° lei anti-racismo. Depois de velho Afonso passou a reparar tudo, do sol até os barulhos dos pássaros.

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) - Obra principal: O curso do Poeta. Ele relatava sobre a fauna nordestina, do rio Capibaribe em Pernambuco, mostrava o trabalho infantil que em Pernambuco era comum. Relata também a fauna e o canavial.

José Américo de Almeida (1887-1980) - Obra Principal: A bagaceira. Foi governador e ministro. Mostrava além das obras como era a seca. Existia uma grande mágoa entre Getúlio Vargas e José Américo, pois Getúlio Vargas havia prometido á presidência, mas Getúlio desistiu. Muito ligado com a vida pública e a religião.

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Nascido em Minas Gerais, morava no Rio de Janeiro. Principal obra: O fazendeiro do ar. O mineiro fazia suas obras relembrando sua terra natal, já que sentia muitas saudades. De tanto ler ás críticas francesas que criticavam a religião Carlos Drummond passou a não acreditar em Deus.

Vinicius de Moraes (1913-1980) - Obra Principal: A arca de Noé. Falava sobre a literatura envolvida com a música. Realizava sonetos e era multicultural, cantava, fazia novelas, teatro e outros. Gostava de fazer poesias sobre as mulheres com a Garota de Ipanema.

Jorge Amado (1912-2001) - Umas das Principais obras: Gabriela. Ligado à arte e pintura, fazia novelas, teatros, valorizando a Bahia. Candomblé, que é uma religião que Jorge Amado valorizava. Dorival que era um grande amigo de Jorge.

Pedro Nava (1903-1984) - Mineiro ligado à área de medicina levava a literatura nas questões da medicina. Ele criou a primeira cadeia de reumatologia, além de tudo orgulha-se de conhecer profundamente o Rio.

Érico Verissimo (1905-1975) - Gaúcho, o contador de histórias. Ligado à família, gostava de brincar com os netos e fazer mágicas, amava a sua mulher Mafalda e vivia do lado dela. Tinha várias obras, e livros.

RESENHA DO FILME ENCONTRO MARCADO COM O CINEMA

Que Fernando Sabino (1923-2004) é um dos maiores cronistas da Literatura Brasileira – e seu livro Encontro Marcado tornou-se nos últimos 50 anos um clássico contemporâneo da língua portuguesa – é informação que qualquer cidadão com gosto pela vida cultural brasileira tem em conta.

Mas o Sabino homem de cinema, que realizou películas em curta-metragem ao lado do diretor David Neves - a partir de 1972, quando a dupla criou a produtora Bem-te-vi Filmes - é tesouro que constituía privilégio de pesquisadores e amigos. O DVD "Encontro Marcado com o cinema de Fernando Sabino e David Neves" reúne 10 curtas, realizados em 35 mm, com dez minutos de duração cada, retratando alguns dos maiores escritores brasileiros de qualquer tempo.

São instantâneos pessoais de rara intimidade flagrados em momentos tão preciosos quanto banais, por sua ambiência doméstica – com Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Vinicius de Moraes, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Érico Verissimo, José Américo de Almeida, Afonso Arinos, Pedro Nava, além do curta de Joaquim Pedro de Andrade com Manuel Bandeira.

O Fazendeiro do ar apresenta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) mais carioca que itabirano, falando das raízes mineiras (da fixação sentimental pelas origens), admirando a vista da Pedra do Arpoador e brincando de esconder entre as pilastras do Ministério da Educação - onde foi chefe de gabinete do ministro Gustavo Capanema. O poeta aparece como prosaico passageiro do coletivo que o conduzia de sua casa, no Posto 6, ao centro da cidade para trabalhar como funcionário público.

Poesia, música e amor flagra Vinicius de Moraes (1913-1980) em sua fase baiana, ao lado de Toquinho, Maria Creuza, Aloysio de Oliveira, a mulher Gesse e do inseparável copo de uísque, sob o disque-disque dos coqueirais de sua idílica Itapuã. Fala de suas características poéticas (O pronome da primeira pessoa vem sendo, pouco a pouco, substituído pela terceira) e assume as influências de Rimbaud, Baudelaire, Verlaine e Manuel Bandeira. O filme mostra Vinicius acompanhando-se sozinho ao violão em sambas de sua lavra, como Quando tu passas por mim.

A casa do Rio Vermelho mostra o cotidiano tropical de Jorge Amado (1912-2001) na residência de Salvador em que viveu ao lado de Zélia Gattai, cercado dos filhos, netos e amigos - Mario Cravo, Scliar, Mirabeau, Calazans Neto, Caribé, Dorival Caymmi, Mãe Menininha do Gantois. Jorge visita o Mercado Modelo, onde se encontra com Camafeu de Oxóssi. Entre pinturas, esculturas e romances, o ambiente de Amado parece ser a própria Pasárgada de Bandeira.

O habitante de Pasárgada – instantâneo do Cinema Novo sob as lentes de Joaquim Pedro - apresenta um Manuel Bandeira (1886-1968) solitário, de hábitos frugais: sopra a boca do fogão em busca de um café fresco, de pijama, escreve à máquina; compra jornais e leite nas redondezas, caminha pela Avenida Rio Branco; e recita seus próprios versos, que saltam de sua imensa generosidade como os pães da torradeira no apartamento na Lapa.

Veredas de Minas mostra os homens do sertão que se tornaram personagens de Guimarães Rosa (1908-1967). Manuelzão e Zito relembram passagens ao lado do criador de Grande Sertão Veredas, outra obra há completar 50 anos em 2006. O documentário inclui trechos de filmes inspirados no escritor – de Paulo Thiago, Maurice Capovilla e Roberto Santos

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