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A Origem Da Pessonalidade

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Por:   •  20/5/2014  •  9.591 Palavras (39 Páginas)  •  266 Visualizações

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s Origens da Personalidade

Este trabalho visa apresentar indícios de multiplicidade na personalidade, nas emoções, nos comportamentos, e nas atitudes que caracterizam cada indivíduo, distinguindo-os uns dos outros.

Serão examinados diferentes aspectos que fazem com que a personalidade de uma criança seja diferente de outra, além dos aspectos que estimulam e criam as peculiaridades e os hábitos sociais que compõem a formação da personalidade. Na primeira metade do século XX, a visão que predominava entre os psicólogos era de que a personalidade é permanentemente moldada pelos atos dos pais, mas especialmente da mãe, nos primeiros anos da infância. Ao pesquisar sobre personalidade verificamos que há duas grandes perspectivas teóricas sobre como isso ocorre (WATSON apud, 1928).

Teoria da aprendizagem

Na perspectiva da teoria da aprendizagem, a personalidade é modelada à medida que os pais aprovam ou punem as atitudes espontâneas dos filhos. Os behavioristas propunham, por exemplo, que se os pais sorrissem e pegassem o bebê com vislumbre de sorriso, o bebê se tornaria uma criança e um adulto, mais feliz, de maneira analógica, se os pais aborrecem o bebê, tirando, por exemplo, o bico quando o bebê está mamando feliz, ou puxe de brincadeira um brinquedo favorito que uma criança maior está agarrando, essa criança desenvolverá uma natureza desconfiada e possesiva. Esta afirmação é a mais forte dessa visão inicial e proveio de John Watson, o principal behaviorista da época, é que a criação de uma criança feliz e bem ajustada, recai inteiramente sobre os pais (WATSON apud, 1928).

A partir dos três anos os pais já determinaram se acriança crescerá como uma pessoa feliz, saudável e bondosa, se será lamurienta, queixosa, neurótica, raivosa, vingativa, dominadora, ou uma pessoa cujos movimentos na vida serão guiados pelo medo. Os behavioristas mais recentes incorporaram a aprendizagem social à formação da personalidade, eles descobriram que as crianças são observadoras e imitam características da personalidade dos pais, mesmo não sento incentivadas. A criança pode desenvolver temperamentos impacientes se um dos genitores demonstra regulamente zangar-se. Neste caso é comum como reposta que o mesmo receba respeito ou obediência (WATSON apud, 1928).

Segundo Miller apud (1993), mesmo para os casos em que os traços de personalidade não sejam incentivados na fase inicial da vida do indivíduo, enquanto ainda bebê, pode-se afirmar que crianças norteadas pelas teorias da aprendizagem social, podem ter a personalidade inserida, programada ou ainda aprendida.

Segundo Calkins apud (1994), a aprendizagem pela observação é reforçada pelas referências sociais. De modo geral, recebem mais sinais de interesse e estimulo do que de medo e proibição à medida que fazem explorações. Tornam-se crianças mais propensas a serem amistosas e menos agressivas do que se recebessem mensagens opostas.

Uma vez que uma criança vê poucos sinais de qualquer natureza, caso seu principal responsável seja um indivíduo deprimido ou negligente, essa criança pode se tornar um indivíduo com emoções inexpressivas e de perfil notoriamente passivo na visão do autor (FIELD apud, 1995).

A teoria Psicanalítica

Os teóricos psicanalíticos, com base em diferentes conjuntos de princípios sobre a natureza humana, concluíram de maneira analógica que a personalidade é formada e permanentemente fixa na primeira infância. Para Sigmund Freud, que estabeleceu os fundamentos desta visão, as experiências dos quatro primeiros anos desempenham uma parte decisiva na determinação de até que ponto o indivíduo irá fracassar no controle dos problemas reais da vida (Freud apud, 1918/1963). Ele considerava que a mãe é única, sem paralelo, estabelecida inalteravelmente por toda vida como o primeiro e mais forte objeto de amor e como protótipo de todas as relações amorosas subsequentes. Os outros teóricos da psicanálise concordam. No relacionamento entre mãe e filho, os primeiros meses e anos são primordiais (FREUD apud, 1940/1964).

Fases Oral E Anal

Demostrando analogamente o desenvolvimento inicial em termos de fase psicossexuais, ocorrem em idades especificas.

• No primeiro ano de vida o desenvolvimento psicológico se inicia com a fase oral, assim denominada porque a boca é a principal fonte de satisfação da criança.

• No segundo ano o principal foco de satisfação é transferido para o ânus, obtendo o prazer sexual dos movimentos intestinais e, eventualmente, o prazer psicológicos de controlá-los, fase anal (FREUD apud, 1935).

Segundo Freud apud (1935), as fases oral e anal são repletas de conflitos potencias que podem ter consequências em longo prazo, por exemplo, se uma mãe frustrar a vontade de mamar do bebê, digamos que muito cedo ou impedindo que a criança chupe os dedos da mão e dos pés, pode tornar esta criança angustiada e ansiosa, eventualmente transformando-se em um adulto com fixação oral, onde ira buscar excessivamente prazeres orais, como falar, comer, bebê, mastigar e morder, prazeres esses negados na infância. De forma analógica, se o treino no urinol for excessivamente estrito ou se for realizado antes que a criança tenha maturidade suficiente para participar (antes dos 18 aos 24 meses), a interação entre os pais e a criança pode resultar em um conflito relativo à resistência ou incapacidade da criança em concordar. Esse conflito também pode ter consequências importantes para a futura personalidade da criança. A criança torna-se fixada e desenvolve uma personalidade anal; já adulto, pode procurar controlar a si mesmo e às outras pessoas e demostrar uma necessidade de regularidade fora do comum em todos os aspectos da vida.

A ideia de Freud de que as mulheres devem ser mães que ficam em casa para os filhos pequenos é produto direto da teoria da personalidade desenvolvida por ele. Mas não obstante esse pensamento, as pesquisas não conseguiram vincular o conflito específico, oral e anal, com as características interiores de personalidade (FREUD apud, 1935).

Em vez disso, a sensibilidade de frieza e dominação paternas, afeta muito mais o desenvolvimento emocional da criança do que as peculiaridades da alimentação ou treinamento no urinol. Mas esta perspectiva é refletida de forma mais abrangente na teoria de (ERIKSON apud, 1963).

Segundo Erikson apud (1963), o desenvolvimento procede segundo uma série de crises, ou desafios de desenvolvimento, que ocorrem durante o decorrer da vida. A primeira crise da infância é a da confiança versus desconfiança, onde a criança aprende que o mundo é basicamente um

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