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A Síndrome de AMOK

Por:   •  15/12/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.874 Palavras (8 Páginas)  •  541 Visualizações

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                   AMOK

                                                          Brasília

                                                                  2017.

CONCEITO.

Proveniente da palavra amok, denota "louco de raiva". Está associado a uma sociopatia peculiar da cultura Malaia. Em um caso típico de amok, um homem que não evidenciou antecipadamente qualquer sinal de raiva ou afeição à violência adquire uma arma e num súbito delírio tenta matar ou ferir seriamente pessoas que se depara. Casos de amok geralmente findam com o atacante morto, seja por expectadores ou por suicídio.

Amok é determinada pela psiquiatria como uma explosão inesperada e espontânea de raiva intensa, que leva o individuo a agredir indiscriminadamente outros seres vivos (pessoas ou animais) que surgem no seu caminho. Essa síndrome foi apresentada pela primeira vez em 1972, pelo psiquiatra norte americano Joseph Westermeyer.

Na tentativa de impedir que o paciente acometido por Amok destrua vidas alheias ou a deste, os profissionais se valem de medicação tranquilizante e até mesmo a força, mas em grande parte dos casos, esse individuo comete suicídio.

Amok é uma expressão de procedência malaia que significa “se engajar furiosamente na batalha”. Os britânicos teriam empregado o termo para indicar um tipo peculiar e muito perigoso que podia ser representado por um elefante apartado de sua manada, que se tornava selvagem arrastando com fúria desmesurada e invencível tudo quanto encontrava pelo seu caminho até ser sacrificado.

Essa condição de surto psicótico, que pode abarcar uma pluralidade de vítimas, parece ser precedida de momentos de grande apreensão sobre um tema fixo, sendo que, após a execução da conduta, a pessoa é investida de um forte sentimento de esgotamento e de uma completa amnésia para o ocorrido.

Este tipo de conduta altamente destrutiva, sem uma causa visível, caracteriza-se pela violência indiscriminada, e seu agente apresenta as características do perfil de uma vitima com Amok:

  • Predominância do sexo masculino;
  • A maioria são adolescentes ou adultos jovens, a margem da sociedade;
  • São adeptos a videogames e a filmes de cunho violento;
  • De alguma forma têm acesso a armas de potencial destrutivo;
  • Atuam como se fossem protagonistas de jogos ou filmes a que assistem;
  • Exibem amnésia após o término do fato ou cometem suicídio.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais pondera a condição Amok no plano de um transtorno dissociativo. O transtorno de transe dissociativo na medida em que atribui as alterações supra, como inerentes a determinado locais e culturas, colocando-o no mesmo exemplificativo do denominado “ataque de nervos”, relatado nos países da América Latina. Entretanto, o transtorno dissociativo ou de transe implica uma condição anômala que foge aos moldes culturais, educacionais, religiosos e jurídicos aceitos pela sociedade.

A Psicologia Jurídica, enquanto disciplina auxiliar do Direito, pode apresentar subsídios importantes sobre a personalidade do sujeito Amok, assim como colaborar na elucidação de patologias psicológicas agregadas e aclarar aspectos que produzem efeitos jurídicos, ordinariamente pautadas na temática do direito criminal, especialmente com questões acerca da imputabilidade ou não do agente e da amnésia posterior, do grau de dissociação e do nível de lesão ou integridade de outras funções psicológicas (consciência, memória, identidade).

Estudos realizados tem mostrado que a grande parte desses assassinos apresentam perfis similares, sendo que quase todos são originários de famílias financeiramente estáveis, vivem em pequenas cidades e não demonstram nenhum tipo de agressividade em sua personalidade.

        Conforme o Tratado de Psiquiatria, escrito pelo Dr. Alfred M. Freedman e outros Westermeyer registrou uma média de dez vítimas nesta circunstância, e este agressão selvagem é geralmente sucedido por um período de preocupação, tristeza e depressão moderado. Em seguida ao ataque, a pessoa está esgotada com sintomas de amnésia completa e eventualmente pode cometer suicídio, uma situação que até agora não foi dada em Raitf.

Apesar da doença ser quase exclusivamente limitado aos homens malaios, ela também foi vista na África e outras culturas tropicais, dizem especialistas em psiquiatria.

CARACTERÍSTICAS.

Os sintomas clássicos que caracterizam amok, parte inicialmente, de um período de isolamento que duram horas a dias; assim como ataques violentes, súbitos e imotivados dirigidos a pessoas que estejam próximas sejam parentes, amigos ou desconhecidos, o ataque podendo durar de minutos a dias, até que o individuo seja contido ou morto. Após despertar, geralmente o individuo permanece isolado ou em mutismo e é incapaz de recordar o que aconteceu.

Cabe ressaltar, que o sujeito por apresentar incapacidade de atender a demanda de seu ambiente, passa a imaginar um mundo ficcional. Além dos vários distúrbios depressivos psicóticos, ou distúrbios de humor. A grande maioria dos indivíduos que lidam com esse transtorno apresenta ampla afinidade com o teatro, buscando de forma desesperada por uma definição de si mesmo, o seu próprio papel.

Por fim, os indivíduos que apresentam sintomas desta síndrome costumam se comportar imitando alguém, uma de suas características é o uso de roupas militares, visando disseminar pânico, além de cobiçarem alcançar o máximo de cobertura da mídia, por serem pessoas altamente inseguras.

CAUSAS DE AMOK.

        O Tratado de Psiquiatria, Freedman diz que nos épicos Malay do século XV, entendiam Amok como ataques de reações naturais à frustração, humilhação ou provocação.

        Outro fator cultural que pode contribuir para o desenvolvimento da Amok entre malaios é a crença em uma possessão demoníaca, sendo uma mesma crença Raitf pacientes.

        Com a chegada da civilização e governos ocidentais, a síndrome apareceu mais repetidamente em pessoas que sofrem de uma doença física crônica, úlcera péptica e distúrbios gástricos. O sujeito afetado muita das vezes passa por momentos nostálgicos alguns dias antes do ataque, e posterior ao ato constrói um pensamento maligno e acaba por dizer que o demônio o possuiu e, por esse motivo não há recordações de nada.

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