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Análise comportamental: Behaviorismo Radical, Análise Experimental

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Por:   •  20/8/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.138 Palavras (5 Páginas)  •  523 Visualizações

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Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental

do comportamento e análise aplicada do comportamento

Resumo

Há diversas práticas culturais envolvidas no que se convencionou chamar de “Psicologia

Comportamental” ou simplesmente de “Behaviorismo”. O presente trabalho desenvolve o argumento

de Tourinho (1999), em favor de uma classificação onde a Análise do Comportamento seria a área

mais ampla da prática behaviorista, contendo três subáreas interligadas: o Behaviorismo Radical (uma

filosofia), a Análise Experimental do Comportamento (uma ciência básica) e a Análise Aplicada do

Comportamento (uma ciência aplicada e uma tecnologia). Descreve-se o que definiria cada uma das

subáreas e como elas estariam irremediavelmente relacionadas.

Palavras-chave: behaviorismo; análise do comportamento; psicologia comportamental.

Abstract

Behavior analysis: radical behaviorism, experimental analysis of behavior and applied behavior

analysis

There are many cultural practices related to generic terms such as “behavioral psychology” or simply

“behaviorism”. This paper develops Tourinho’s (1999) argument towards a classification where

behavior analysis is the large area of behaviorist practice, that comprises three linked sub-areas:

radical behaviorism (a philosophy), experimental analysis of behavior (a basic science) and applied

behavior analysis (an applied science and a technology). This paper describes these sub-areas and how

they are irremediably related.

Keywords: behaviorism; behavior analysis; behavioral psychology.

Parte I: A Fundação Oficial do Behaviorismo

A Psicologia tradicionalmente tem sido descrita

como uma ciência da mente, especialmente do que se

convencionou chamar de “mente humana”. No final

do século 19 e início do século 20, a Psicologia

Acadêmica predominante era a Introspectiva, na qual

os métodos e instrumentos da Fisiologia foram

adaptados a alguns dos problemas tradicionais da

Filosofia, especialmente em relação à origem do

conhecimento humano e à gênese e composição das

sensações e percepções sobre o mundo. Wundt e

posteriormente Titchener eram seus principais

expoentes. Em uma situação controlada de

laboratório, os pesquisadores examinavam, através do

relato verbal dos sujeitos humanos, qual a estrutura e

o modo de interação dos processos conscientes,

legítimos objetos de estudo de uma ciência

psicológica na época.

Em 1913, J. B. Watson (Watson, 1913/1965)2

publica um artigo agora clássico “Psychology As The

Behaviorist Views It” (“A Psicologia Como o

Behaviorista a Vê”), conhecido hoje como uma

espécie de “manifesto behaviorista”, no qual

explicitamente anuncia o rompimento com a forma de

fazer Psicologia até então estabelecida. Divergia em

relação ao objeto a ser adotado (substituindo a

“consciência” pelo “comportamento dos

organismos”), ao método adequado para levar o

empreendimento adiante (abandonava a

“introspecção” e adotava a experimentação com

processos interativos diretamente observáveis entre

um organismo e seu ambiente, especialmente os

envolvidos na aprendizagem), aos objetivos dessa

ciência (que ganhava, então, fortes contornos

pragmáticos e partia em busca de um “conhecimento

útil”, uma tecnologia psicológica, voltada para a

previsão e o controle do comportamento), e,

obviamente, dos pressupostos sobre o que seria

ciência e qual a natureza dos eventos psicológicos (o

dualismo, o imaterialismo, mesmo que implícito, da

mente era substituído por uma concepção naturalista,

monista materialista/fisicalista, objetivista e

evolucionista dos eventos psicológicos legítimos, os

comportamentais). Watson chamou essa nova

Psicologia de “Behaviorismo” (Para maiores detalhes,

ver Marx e Hillix, 1963/1993; Broadbent, 1960/1972;

Heidbreder, 1933/1975).

Sob o rótulo de “Behaviorismo”, Watson

empreendeu atividades muito diversas. Estabeleceu

uma justificativa filosófica para sua nova Psicologia

(como o próprio manifesto de 1913), adotou

estratégias de pesquisa empírica, especialmente emAnálise do Comportamento

Interação em Psicologia, jan./jun. 2002, (6)1, p. 13-18

2

laboratório,

...

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