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Domas De Cavalos

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Por:   •  19/3/2014  •  841 Palavras (4 Páginas)  •  456 Visualizações

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DOMA e HISTÓRIA

Inicialmente, foram os charruas que começaram a doma no Rio Grande do Sul. Foram eles o povo indígena que mais se destacou no uso do cavalo, aprendendo a montar com os espanhóis e virando exímios cavaleiros. Como eram um povo que sempre teve disputas territoriais no estado (assim como no Uruguai e Argentina), também utilizavam o cavalo para a guerra. (Gostavam tanto de cavalos que também costumavam inclusive se alimentar deles, um hábito que foi abandonado pelos gaúchos).

O trato com os cavalos era feito pelas mulheres das tribos. Os homens apenas montavam-nos, para a caça e para a guerra, mas eram inclusive as mulheres que amansavam e ensinavam os animais. A doma dos charruas era baseada na espanhola, pois o cavalo não era conhecido deles inicialmente. Mas a agressividade da doma europeia foi amenizada: primeiro, porque as mulheres eram mais fracas que os homens; segundo, pois os índios tinham respeito pelos animais, e no caso do cavalo, medo, pois era muito maior do que os animais que eles estavam acostumados a ver.

Ao longo do tempo, cavalos que escaparam dos primeiros grupos trazidos pelos espanhóis no séc. XVI começaram a se reproduzir livremente na natureza das planícies argentinas, uruguaias e gaúchas. Essa nova raça selvagem acabou se formando como uma mistura das raças europeias e árabes, especialmente evoluída com a resistência ao clima típico da geografia local. Assim nasceu a raça crioula, animal símbolo do Rio Grande do Sul reconhecido por lei. Esse era o cavalo utilizado pelos habitantes dos pampas gaúchos, que, por ser uma raça nova e selvagem, precisava ser re-domesticada. Devido ao frequente contato com uruguaios e argentinos, a doma utilizada aqui voltou a ter a agressividade espanhola. Com o tempo, começaram a chegar outras culturas para colonizar o estado, e com elas, outras raças. Também a doma diversificou-se com isso.

Foi quando estourou a Revolução Farroupilha. Os cavalos precisavam ser treinados e estar prontos para a guerra no menor tempo possível. Para isso, utilizava-se de métodos mais agressivos, que submetiam o cavalo à vontade do treinador rapidamente. É a técnica hoje conhecida por doma tradicional. Amarrando as patas do animal (o maneio), derrubando-o no chão ou quebrando-lhe o queixo (doma de bocal), essa técnica faz com que o cavalo, por medo e para evitar a dor, siga as ordens e aceite a presença do cavaleiro em seu lombo forçadamente. É um método que machuca o cavalo, mas para a época da Revolução Farroupilha era útil, pois deixava o cavalo pronto para ser montado em vinte dias. Um ensinamento através de dor e medo não resulta em uma boa relação do animal com o domador, o que não pode ser positivo quando se depende desse animal. Muito embora se deixe ser montado, o cavalo não se sentirá calmo ou seguro com o cavaleiro, atingindo resultados bem inferiores que todo o seu potencial.

DOMA RACIONAL

Hoje em dia, ainda é utilizada a doma tradicional, mas foram desenvolvidas outras técnicas de doma. Uma delas é a doma racional.

Essa técnica consiste em domar o cavalo com comandos lógicos e claros. Leonardo Oliveira da Silva explica que cada vez que o cavalo executa determinado comando deve-se recompensá-lo; caso contrário, deve ser corrigido, e não punido.

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