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Merda

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Por:   •  15/3/2015  •  423 Palavras (2 Páginas)  •  224 Visualizações

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mos de nós próprios, da nossa imperfeição, das nossas opiniões pouco fundamentadas…

O chefe da tribo procurou resolver os conflitos gerados por uma situação nova, o aparecimento da garrafa de coca-cola, seguindo a sua forma de compreensão da realidade. Face a um estímulo de mudança, ele reagiu de forma talvez exagerada, negando a existência daquele objecto e dizendo «não» à mudança. Mas, também não será isso que fazemos, na nossa cultura, quando nos defrontamos com situações de mudança? Não temos, também nós, dificuldades em lidar com as cada vez mais frequentes mudanças que sucedem na nossa sociedade? Não evidenciamos, nós, atitudes de rejeição perante aquilo que pode pôr em causa as nossas crenças?

Aqui está uma grande proeza deste filme, que nos leva a observar o olhar de Xixo sobre a nossa sociedade, o nosso modo de viver, a nossa cultura. Leva-nos a ponderar e a reflectir sobre o «desenvolvimento» das sociedades que, em vez de simplificar as suas vidas, só as torna mais complexas e infelizes, ao que se contrapõe Xixo, que revela precisamente o que é viver com simplicidade e sinceridade. Afinal, as intrigas e conflitos farão parte de uma sociedade/ civilização onde o desenvolvimento/progresso material também constrói a discórdia?

Temos, assim, o confronto entre duas culturas completamente diferentes que se retratam na personagem principal, Xixo, através das suas interpretações simples, do seu sorriso e da sua ingenuidade, contrapondo-se à civilização ocidental onde estão presentes a malícia, a individualidade, a tristeza, a frieza…

No alto de uma montanha, de onde se pode deliciar com a observação de um imenso manto branco de nuvens a perderem-se no horizonte, encontra-se Xixo, por assim dizer, no local onde vivem os deuses e onde terá a oportunidade de lhes entregar o objecto da discórdia (afinal, aceitar o que é diferente não é fácil…). E, assim acaba o filme, com Xixo a fazer passar uma imagem de paz e de ordem. A garrafa de coca-cola, que caiu na cultura daquele povo, representou como a nossa cultura, a ocidental, vive tão apegada àquilo que é fútil, passageiro, fragmentado…

Um momento lúdico que nos ajuda a reflectir sobre a relatividade cultural, as consequências da aculturação e a enfrentar os inquietantes desafios do futuro!!

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