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Mãe Suficientemente Boa

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Por:   •  15/4/2014  •  5.271 Palavras (22 Páginas)  •  415 Visualizações

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ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DA MÃE SUFICIENTEMENTE BOA E O PAPEL DO PAI NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Marcia Regina de Araujo Okada

Renata Santarelli

RESUMO

Este artigo tem como objetivo identificar a função da mãe suficientemente boa no desenvolvimento infantil e demonstrar a importância do papel do pai neste desenvolvimento segundo Donald Winnicott. O artigo aborda a importância da mãe suficientemente boa, as fases do desenvolvimento nos primeiros meses de vida da criança, a influência do ambiente e do pai, no do desenvolvimento infantil. No sentido de buscar uma compreensão para as funções de uma mãe suficientemente boa e para identificar o papel do pai, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o amadurecimento inicial do bebê, a importância do ambiente, a relação da mãe com o bebê e a indispensável presença do pai nesta relação.

A pesquisa buscou a visão de Winnicott no que tange a relação inicial da mãe e do bebê, o momento de amamentação, a presença do pai e os demais aspectos que envolvem a maternidade.

PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento infantil, mãe suficientemente boa, o papel do pai

ABSTRACT

This article aims to identify the role of the good-enough mother in child development and demonstrate the importance of the father's role in this development in accordance with Donald Winnicott. The article discusses the importance of good-enough mother, the stages of development in the first months of a child's life, the influence of the environment and of the father from the child development. In order to get an understanding for the roles of a mother and good enough to identify the role of the father, we conducted a literature review on the initial maturity of the baby, the importance of the environment, the relationship between mother and baby and the indispensable presence of parent in this relationship.

The research sought to Winnicott's view regarding the initial relationship of the mother and baby, the moment of breastfeeding and the presence of the father and other aspects involving motherhood.

KEYWORDS: child development, good enough mother, the father's role

INTRODUÇÃO

No decorrer de sua obra Winnicott dedicou-se a orientar as mães com os cuidados que devem ter com os filhos. Para este autor as bases da saúde mental são desenvolvidas nas primeiras relações do indivíduo, e quando a mãe é suficientemente boa é formado o self verdadeiro. Esta relação afetiva entre a mãe e o bebê tem grande influência, proporcionando o crescimento e a base para o um desenvolvimento psicológico saudável do bebê, além desta relação, o ambiente e o objeto transicional também influenciam no desenvolvimento da personalidade. É fundamental que a mãe possa entender o desenvolvimento biológico e psicológico do seu bebê, Winnicott (2000) usa o conceito de Preocupação Materna Primária que é uma fusão entre a mãe e o bebê e o bebê e a mãe, a mãe está mais sensível em relação às necessidades do bebê, podendo assim atendê-las sem causar frustrações a ele.

Nesta pesquisa vamos estudar o desenvolvimento infantil e as relações afetivas da mãe ou cuidadora com o bebê, assim como destacar o papel do pai neste desenvolvimento. Para descrever esses conceitos vamos utilizar a visão do teórico Winnicott que tem formação em psicanálise e utilizou de seu trabalho como pediatra para começar a observar o comportamento humano estudando a construção da identidade e a relação mãe e bebê. (NASIO, 1995).

Com base na teoria de Winicott sobre o desenvolvimento, o objetivo deste trabalho é identificar a função da mãe suficientemente boa no desenvolvimento infantil e demonstrar a importância do papel do pai neste desenvolvimento.

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Segundo Winnicott (1975), o meio ambiente desempenha um papel vital nas primeiras fases do desenvolvimento emocional do bebê que gradativamente se separa da mãe, até então sentida pelo bebê como parte dele. Neste primeiro momento a função ambiental envolve: o segurar, o manejar a e apresentação do objeto.

Winnicott (1975) relata que a preocupação materna primária é o ambiente especializado inicial. A mãe é considerada “suficientemente boa” se for capaz de oferecer um meio ambiente facilitador onde o bebê seja capaz de ser e crescer e se desenvolver. Neste momento da vida, devido a dependência total da mãe ou do cuidador para sobreviver, todas as experiências são vividas de maneira muito intensa que podem causar dor, angústia e ansiedade, tudo que um adulto já sabe lidar por experiência própria, mas que no bebê está sendo construída, querendo assim que essas sensações e desejos sejam satisfeitos, ele vai buscá-los em objetos, brincadeiras e afeto daqueles que estão ao seu redor.

Nos primeiros meses de vida o bebê sente-se onipotente e quando ele é manejado satisfatoriamente este sentimento de onipotência não é violado. Nesta fase o bebê acredita que o objeto é criado por ele. (WINNICOTT, 1975)

A mãe suficientemente boa é aquela que sabe o que fazer em relação ao seu bebê e conforme o bebê vai se desenvolvendo no primeiro ano de vida ele vai tornando-se independente. (WINNICOTT, 2001)

O autor afirma que uma falha na construção do ambiente pode acarretar sérios problemas para a criança, que será manifestada mais tarde, quando ela estiver passando de uma fase para outra, prejudicando o seu desenvolvimento como pessoa. Conforme seu desenvolvimento físico, o bebê começa a descobrir o mundo ao seu redor. Nesta fase o cuidado excessivo da mãe ou cuidador pode afetar negativamente o desenvolvimento da criança, já que todos nascem com este instinto de desenvolvimento.

Winnicott (2001) afirma que existe uma relação entre a mãe e seu bebê que a torna capaz de desempenhar seu papel e de proteger seu filho nas suas primeiras fases de vida, atendendo as necessidades da criança. No início da vida da criança existe uma simbiose entre a mãe e seu bebê, onde a criança é completamente dependente emocionalmente desta mãe, e devido a essa relação mãe-bebê não se pode estudar o desenvolvimento separado. A este estado de fusão emocional o autor chama de Preocupação Materna Primária.

Para Winnicott (2000) a Preocupação Materna Primária capacita a mãe a se identificar com o bebê e se adaptar às necessidades iniciais do mesmo. O bebê não tem condições de se desenvolver sozinho e necessita

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