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O MATRICIAMENTO

Por:   •  5/11/2017  •  Resenha  •  1.364 Palavras (6 Páginas)  •  631 Visualizações

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MATRICIAMENTO

Este trabalho tem como objetivo o entendimento e a articulação do assunto: “Responsabilidade e importância do psicólogo na política e atividades psicossociais dos indivíduos portadores de transtornos na saúde mental no contexto de Saúde Básica no Brasil”.

De acordo com o histórico em Saúde Mental no Brasil em 1890 é inaugurado o 1º hospício no RJ: São Bento (RJ). De 1956 até 1964, onde predominava-se o Modelo Hospitalocêntrico, composto por hospitais particulares, SUS e ambulatórios de saúde mental.

Em novembro de 1990, na Declaração de Caracas, surgem os primeiros movimentos antimanicomiais e redirecionamento da Atenção à Saúde Mental no Mundo e no Brasil. Neste mesmo ano surge também a Estratégia de Saúde da Família.

Já em 2001, é promulgada a Lei nº 10.216 de 06/04/01 e Diretriz do M.S. que fala a respeito do direcionamento da Atenção à Saúde Mental na Atenção Básica, a criação das Duplas de Apoio Matricial centradas nos CAPS e  Instituição de Equipes Matriciais , NASFs.

Escolhemos abordar o seguinte tema: Matriciamento.  O que é matriciamento?

Podemos entender por matriciamento, o suporte realizado por profissionais e diversas áreas especializadas dado a uma equipe interdisciplinar com o intuito de ampliar o campo de atuação e qualificar suas ações. (FIGUEIREDO apud SILVA; LIMA; ROBERTO; BARFKNECHT; VARGAS; KRANEN e NOVELLI, 2010).  

Segundo Chiaverini (2011, p.13),o matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.

Criado por Gastão Wagner Campos (1999) este apoio matricial tem estruturado em nosso país um tipo de cuidado colaborativo entre a saúde mental e a atenção primária.

Responsabilidade e importância do psicólogo na política e atividades psicossociais dos indivíduos portadores de transtornos na saúde mental no contexto de saúde básica no Brasil.

O papel do psicólogo e o apoio matricial em saúde mental na atenção básica.

Desenvolvimento

O psicólogo inserido na atenção básica atua no apoio matricial, de modo a compartilhar saberes e práticas ligadas diretamente a saúde mental, principalmente no que se refere ao acolhimento e escuta qualificada.

De acordo com o ministério da saúde, existe o componente de sofrimento subjetivo associado a toda e qualquer situação de adoecimento, o que significa dizer que todo problema de saúde é também de saúde mental (Brasil,2005)

Isso não leva a perda da especificidade do profissional psicólogo, ele atuaria compondo um campo de atuação com conhecimentos indispensáveis juntamente com os outros saberes disponibilizados pelas demais categorias de profissionais, investindo assim na efetividade concreta da integralidade do cuidado. Neste sentido o psicólogo contribui compartilhando a abordagem clínica psicossocial que considera o usuário um sujeito social levando em conta a sua subjetividade. E as ações de saúde passam a ser sustentadas em relações dialógicas entre profissionais e usuários que construídas dessa maneira passam a fazer sentido para vida do sujeito ampliando sua efetividade (CFP, 2009).

O psicólogo que compõe a equipe de matriciamento terá como papel, oferecer apoio à equipe  de referência; trabalhar a educação continuada para que os profissionais estejam sempre capacitados, usar instrumentos: interconsulta, visita domiciliar, genograma, traçar junto à equipe planos terapêuticos e etc. Tais ações são fundamentais na relação matriciador e matriciados, já que o mesmo é um especialista em saúde mental.( Fagundes e Júnior,2016)

De acordo com um dos aspectos ressaltados por Diemenstein e Macedo (2012) esse psicólogo também deverá ser capaz de observar o contexto e de conhecer o território da área de abrangência da unidade de saúde, considerando a história do lugar, os aspectos geofísicos, situando fatores ambientais de risco ou vulnerabilidade, os aspectos estruturais em termos da rede de esgoto, energia, água e esgoto, coleta de lixo, tipos de moradia, transporte, população, escolas, demais equipamentos de saúde e de assistência social, equipamentos de lazer e igrejas.

Sendo assim não cabe uma atuação inspirada no modelo médico curativa-assistencial. A lógica do apoio matricial requer do psicólogo uma disponibilidade em compor uma equipe interdisciplinar, e permitir que seu saber possa ser discutido a partir da necessidade e desejo do usuário.  (Avellar e Iglesias, 2014 Apud Spink,2007)  

Os sistemas de saúde, tradicionalmente, se organizam de uma forma vertical (hierárquica), com uma diferença de autoridade entre quem encaminha um caso e quem o recebe, havendo uma transferência de responsabilidade ao encaminhar. A nova proposta integradora visa transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde: encaminhamentos, referências e contrarreferências, protocolos e centros de regulação em um sistema de horizontal decorrente do processo de matriciamento, em que o sistema de saúde se reestrutura em dois tipos de equipes: equipe de referência e equipe de apoio matricial. (CHIAVERINI et al, 2011).

Na situação do Sistema ùnico de Saúde (SUS) no Brasil, as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) funcionam como equipes de referência interdisciplinares atuando com uma responsabilidade sanitária  que inclui o cuidado longitudinal, além do atendimento especializado que realizam concomitamente. E a equipe de apoio matricial é a equipe de saúde mental (CHIAVERINI et al, 2011).

A ESF se sustenta na construção das ações de prevenção e promoção de saúde focando-se na família em seu ambiente. (CASTRO,   )

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