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O Mal Estar na Civilização

Por:   •  2/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  524 Palavras (3 Páginas)  •  36 Visualizações

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                                   Síntese Mal Estar na Civilização

    Aluna: Marcella Fontoura do Valle       RA: 0449/21-1

  Uma das principais ideias apresentadas por Freud em “O Mal-estar na Civilização” é a de que a civilização impõe restrições e limitações às pulsões humanas, o que leva a um conflito interno entre os desejos individuais e as demandas da sociedade. Freud argumenta que essa restrição das pulsões leva ao surgimento do que ele chama de "mal-estar", um sentimento de insatisfação e frustração inerente à vida em sociedade.

   Ao examinarmos os tempos atuais, podemos identificar diversas maneiras pelas quais essa noção de "mal-estar" na civilização ainda se manifesta. Por exemplo, a pressão social, as expectativas culturais e as normas são fontes comuns de conflito interno para os indivíduos. A necessidade de se enquadrar em padrões de comportamento e aparência estabelecidos pela sociedade pode gerar ansiedade, baixa autoestima e até mesmo transtornos mentais.

   Freud percebeu que o mal como um contrato social, é o fato de o sujeito nunca estar satisfeito com o que é possível dele ter. Como exemplo, se o sujeito ama uma pessoa, quando ele a tem já não é a mesma coisa, sempre estará faltando algo. Porque a sua estrutura psíquica e o marco social estão construídos em cima da repressão daquilo que ele não pode ter na sua infância primitiva, que era a sua mãe. Então podemos resumir que, este mal estar pode ser a insatisfação difusa (continua; que se transforma; muda de lugar muitas vezes), um sentimento de que o que fizemos de nossa vida não era exatamente o que queríamos, a sensação que se fizéssemos outra coisa seria muito melhor, mas que provavelmente se fosse feito algo diferente também não seria tão bom.

   Então, Freud fala que aparentemente a felicidade não faz parte dos planos da criação, assim dizendo, o desejo humano que começa com um desejo perdido lá pela mãe permanece continuamente funcionando em interdição o tempo todo, porque senão, não haveria civilização, todo mundo se destruiria. Desta forma é necessário reprimir o sujeito deixando entender que, ele não vai poder nunca ter tudo que quer, e pior, se ele tiver não ficará satisfeito.

   Na vida contemporânea, podemos observar esse mal-estar na crescente ansiedade e depressão, bem como, na polarização política e na intolerância. A pressão para se adequar às normas sociais pode levar à negação de partes integrais de nós mesmos, como nossa sexualidade ou nossas emoções mais profundas. Além disso, a cultura do consumo nos leva a valorizar a quantidade de bens materiais que possuímos, em vez de nossa própria experiência subjetiva.

   Uma análise crítica e atual da obra de Freud sugere que ele não considerou adequadamente os efeitos da opressão sistêmica em grupos marginalizados. As desigualdades sociais, raciais e econômicas podem limitar a liberdade de certos indivíduos, o que pode levar a neuroses devido a fatores externos além do controle pessoal. Além do mais, Freud subestimou a importância do eu coletivo e nossa necessidade de conexão e comunidade, visto que a falta de conexão social pode levar à solidão e ao desespero.

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