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O Maquinista

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Por:   •  9/1/2015  •  529 Palavras (3 Páginas)  •  328 Visualizações

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O presente trabalho tem como principal objectivo a análise de um filme de modo a demonstrar qual é a patologia evidenciada na personagem principal, Trevor Reznik, tendo como modelo explicativo o modelo cognitivo. Com base na consulta bibliográfica essencialmente presente na utilização de fontes científicas que estão em manuais escritos. Deste modo irei abordar temas fundamentais e extremamente necessários para a compreensão deste estudo e começarei por explicitar o que é a Psicopatologia.

Seja qual for a época histórica e seja qual for o contexto social e cultural considerado é uma realidade o facto de terem existido e ainda existem alguns indivíduos que, num momento ou outro das suas existências, apresentam perturbações do funcionamento psicológico, quer de forma transitória quer de forma permanente. Perturbar-se é uma possibilidade humana universal podendo afectar qualquer um de nós. Essas perturbações são sentidas como indesejáveis e vividas com sofrimento.

As perturbações são sentidas como indesejáveis porque limitam a liberdade, a autonomia individual e a auto-realização, e podem por sua vez alterar a consciência do próprio individuo e a percepção da realidade. As perturbações alteram a maneira de estar no mundo, de vivenciar, de comportar-se e de relacionarmo-nos com os outros sendo estas vividas com sofrimento psicológico na tripla relação do indivíduo consigo próprio, com os outros e com o mundo.

Das perturbações mentais podem resultar alterações do equilíbrio psicológico e integração das forças psíquicas , do estilo relacional , das competências para realizações concretas e, ainda, da capacidade para promover o seu próprio enriquecimento existencial, entendido como liberdade de vir a ser. Ou seja, de construir um projecto existencial, simultaneamente afirmando-se como pessoa e interrogando-se como ser no mundo.

A psicopatologia é a ciência geral que estuda as perturbações do funcionamento psicológico em todas as suas dimensões , incluindo as suas causas e consequências, procurando delimitar conceitos dotados de validade universal.

Centrando-se no indivíduo que se perturba mentalmente, constitui-se com uma visão, a visão patológica e determinados fenómenos vividos por ele que resulta de uma interpretação do que acontece a partir de uma determinada perspectiva em que o observador se coloca, influenciado pela cultura, pela concepção do Homem e por factores do contexto social.

A Psicopatologia relaciona-se estreitamente com a Medicina e com a Psicologia. Na sua relação com a Medicina, através da Psiquiatria, estuda as doenças mentais e é dominada pelo paradigma biológico. Na sua relação com a Psicologia, através da Psicologia Clínica, estuda a psicologia do patológico e é dominada pelos paradigmas psicológicos e ecológico-social.

A perspectiva psicológica em Psicopatologia implica a centração no indivíduo e não na perturbação, ou seja, implica o que é experimentado (as vivências), o que faz (comportamento) e como está com os outros (a relação). Portanto, as dimensões fundamentais são as experiências, o discurso, o comportamento e a interacção.

O objecto de estudo é o acto de conduta perturbado enquanto observável, simultaneamente comportamento directamente observável e acção mental. Do ponto de vista da Psicologia não há uma resposta única

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