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Paranoia

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Por:   •  3/6/2014  •  Tese  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  317 Visualizações

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Paranoia

A paranoia, também denominada pensamento paranoico, é uma psicose que se caracteriza pelo desenvolvimento de desconfiança ou suspeita altamente exagerada e injustificada, a qual chega a se tornar um delírio crônico, lúcido e sistemático, dotado de uma lógica interna própria, sem apresentar alucinações. Os temas mais frequentes desses delírios são grandeza, perseguição e ciúmes. A paranoia não acarreta deterioração das demais funções psíquicas além do juízo de realidade, fazendo o indivíduo acreditar que está sendo perseguido e que algo ruim está para acontecer ou que o perseguidor deseja lhe causar mal.

A paranoia pode ser discreta, com o indivíduo afetado ajustando-se socialmente, ou pode ser tão severa que o indivíduo torna-se incapacitado. As paranóias podem ser divididas em três categorias principais: distúrbio paranóide de personalidade, distúrbio delirante paranóide e esquizofrenia paranóide.

Distúrbio Paranoide de Personalidade: Indivíduos com este tipo de paranoia tornam-se desconfiadas sem motivo, em tal intensidade que seus pensamentos paranoicos podem destruir sua vida profissional e pessoal. Dentre as características presentes nestes indivíduos estão a desconfiança e a hipersensibilidade, tornando-se pessoas frias e distantes.

Distúrbio Delirante Paranoide: O fator que caracteriza este tipo de paranoia é a presença de um tipo de delírio persistente e não bizarro, com ausência de qualquer outro tipo de sintomatologia de distúrbio mental. Cinco tipos distintos de delírio podem ser observados neste distúrbio paranoico: Delírio da grandeza ou megalomania; Delírio persecutório (perseguição); Delírio do ciúme; Delírio erótico; Delírio hipocondríaco.

Esquizofrenia Paranoide: A esquizofrenia é uma psicose grave na qual a perturbação principal se reflete numa alteração do juízo e dos processos de pensamento. Pessoas afetadas por este tipo de paranoia comumente são acometidas por delírios altamente bizarros ou alucinações, quase sempre sobre um determinado assunto. Costumam ouvir vozes que os outros não ouvem ou acham que seus pensamentos estão sendo controlados ou propagados em voz alta. Além disso, a relação com a família e no ambiente de trabalho vai se deteriorando, e em muitos casos, sem expressão emocional.

Etiologia

Não há uma causa única para a paranoia que possa ser especificada, acredita-se que a etiologia dos pensamentos paranoicos resida em certos fatores, como: Fatores genéticos; Fatores bioquímicos; Stress.

Fatores genéticos: Pesquisadores observaram que famílias de pacientes paranóides não apresentam incidência de esquizofrenia ou depressão acima do normal. Entretanto, há evidências de que sintomas paranóides na esquizofrenia podem ter influência genética. Alguns estudos em gêmeos idênticos com esquizofrenia mostraram que, quando um dos gêmeos apresenta sintomas paranóides, geralmente o outro também os manifesta. Além disso, pesquisas recentes têm indicado que distúrbios paranóides são significativamente mais comuns em parentes de pessoas com esquizofrenia do que na população em geral, mas ainda não se sabe com certeza se os distúrbios paranóides (ou a predisposição para apresentá-los) são hereditários ou não.

Fatores bioquímicos: A descoberta de que a psicose (estado no qual o indivíduo perde o contato com a realidade) é tratável com drogas antipsicóticas tem levado os pesquisadores a procurar as origens de distúrbios mentais graves em anomalias químicas no cérebro. A pesquisa tem se tornado muito complexa à medida que se descobrem mais e mais substâncias químicas que transmitem mensagens de uma célula nervosa para outra (os neurotransmissores). Até agora, não se encontraram respostas definidas. Como nos estudos genéticos, também não houve estudos bioquímicos específicos em paranoia, a não ser como um subtipo de esquizofrenia. Há, no entanto, algumas evidências de que a esquizofrenia paranoide é bioquimicamente distinta das formas não-paranoides deste distúrbio. O abuso de drogas como anfetaminas, cocaína, maryuana, PCP, LSD ou outros estimulantes ou compostos “psicodélicos” pode produzir pensamentos ou comportamentos paranoides, ou agravar os sintomas já existentes em pacientes com doença mental grave, como esquizofrenia. Pesquisadores estão estudando a ação bioquímica de tais drogas, a fim de compreender como elas produzem mudanças no comportamento.

Stress: Há evidência de que a paranoia incide mais entre imigrantes, prisioneiros de guerra e outras pessoas submetidas a altos níveis de stress. Há pessoas que apresentam uma forma aguda de paranoia, quando submetidas a uma situação nova e altamente estressante, com delírios que se desenvolvem em um curto espaço de tempo e duram apenas alguns meses. Alguns estudos demonstram que a paranoia tem ocorrido com maior frequência no século XX. A relação entre o stress e a paranoia não exclui, é claro, outros fatores causais. Um defeito genético, uma anomalia cerebral, um distúrbio no processamento de informações, poderiam predispor uma pessoa á paranoia, e o stress poderia simplesmente atuar como fator desencadeante.

Sintomas

O principal sintoma da paranoia é um desenvolvimento delirante interpretativo e sistematizado. Geralmente não há sinais de alterações patológicas das principais funções mentais, como a percepção, memória e raciocínio. Trata-se de indivíduos com alto grau de desconfiança, suspeição e hipersensibilidade, que acentuam aos poucos essas características ou as têm acentuadas por determinadas lesões cerebrais, abuso de substâncias anfetamínicas, álcool ou outras, tornando-se cada vez mais excêntricos e se afastando progressivamente mais e mais do convívio social.

As ilusões de perseguição e grandeza são mais duradouras e mais sistematizadas do que as da esquizofrenia paranoide. Os ressentimentos são profundos e o paranoico procura agredir aqueles que estiverem presentes em seus conflitos. É um tipo perigoso para a sociedade: egocêntrico e destruidor, conhece seus inimigos e julga que sua grandeza depende da eliminação de pessoas que o prejudicam. A verdadeira paranoia é relativamente rara, sendo responsável por apenas cerca de 2% de casos em hospitais de doenças mentais.

O paranoico é agressivo, mas não se dá conta de sua agressividade, está sempre se defendendo e atribui motivos malévolos a quem não lhe aprecia, acreditando que o fim justifica os meios. É incapaz de solicitar carinho, preocupado em defender seus direitos, não confiando em ninguém.

Desconfiança:

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